in Blogue Correntes, de Paulo Prudêncio
Os nossos analistas políticos nunca vacilam quando alguém apresenta uma proposta favorável à condição profissional dos professores: perde votos no país, é a sentença. Chega a ser risível este atestado de inferioridade aos eleitores. Para estes seres exímios a perscrutar cérebros em multidão, político que diga acreditar nos professores do seu país é reprovado pelos cidadãos que, e segundo os estudos sobre a confiança dos portugueses nas classes profissionais, colocam os docentes no lugar cimeiro.
São estranhos estes analistas, mas devem conhecer bem o país de que fazem parte.
O ainda primeiro-ministro fez do desdém pelos professores a sua obstinada arma eleitoral. Começou em 2005 com a maior maioria absoluta do PS e em silêncio em relação aos professores e ao poder democrático da escola. Depois foi a obstinação que se sabe e com resultados eleitorais sempre a descer.
Resiste no seu partido, mas com as juras "secretas" de que o querem ver bem longe. Os analistas continuam a elogiar a sua capacidade para dizer inverdades e para fingir que nunca muda de opinião. Aliás, nesta democracia mediatizada não se pode ser humilde, ter dúvidas ou sequer afirmar que se evoluiu no pensamento ou que se errou.
Talvez se voltem a enganar a propósito do desempenho mental dos votantes
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