segunda-feira, 2 de maio de 2011

Há uma escolha fazer




A ideia perigosa de que nas próximas eleições não há escolhas a fazer vai-se instalando. Ou porque se fala tanto da necessidade de ter um governo alargado, onde se podem sentar PSD, PS e CDS, ou porque muita gente se convenceu de que as decisões da troika deixarão o próximo governo sem espaço para fazer opções.

O país vive a maior crise económica e financeira em muitas décadas, mas a crise portuguesa não se prende apenas com dinheiro. Há uma crise na Justiça, um sistema de Saúde insustentável, uma crise de solidariedade geracional e muitas outras coisas para resolver, mas há, acima de tudo, uma crise de confiança dos eleitores nos políticos. O povo não pode viver na convicção de que os políticos são todos iguais, porque não são.

No dia 5 de Junho, os portugueses devem mobilizar-se para votar, para dizerem que sociedade querem construir. Haverá muitos partidos no boletim de voto, ideias para validar da Esquerda à Direita, políticos competentes em todas as áreas.

O que os portugueses não podem fazer é demitir-se das suas responsabilidades. Como bem disse Jorge Sampaio, no 25 de Abril, não se pode criticar o Estado e querer viver na sua sombra. O nosso destino, como Nação, será o resultado do que fizermos daqui para a frente.

Votar não é o princípio e o fim da participação cívica que cada um de nós pode e deve ter, mas nas eleições há uma escolha a fazer. Deixar que os outros escolham por nós é uma má opção.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este blogue é gerido por Zé da Silva.
A partilha de ideias é bem vinda, mesmo que sejam muito diferentes das minhas. Má educação é que não.