(André Macedo - DN)
Portas esmagou Passos. Disse-lhe de tudo. Programa eleitoral inconsistente. Está errado na redução da taxa social única. Pior: está próximo do PS (quer reduzi-la às pinguinhas) e vai penalizar as famílias com o aumento do IVA. Pior ainda: apoiou Sócrates ao longo da legislatura. E mais: a política de agricultura do PSD é um deserto. São palavras duríssimas. Foram precisos 34 minutos para que Passos se zangasse (moderadamente) com o adversário: levantou a voz e exigiu a Portas que o olhasse enquanto falava. Qualquer político com pretensões a primeiro-ministro, teria fugido depois desta tragédia. E, no entanto, Passos sobreviveu. Perdeu o debate, até viu Portas citar e apropriar--se de Cavaco Silva - mas sobreviveu. A fraqueza de Passos (também) é franqueza, normalidade, simplicidade. O contrário de Sócrates. Não é coisa pouca
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