quinta-feira, 31 de março de 2011

Confias em quem te roubou?


O que está em causa nas próximas eleições legislativas é a resposta a uma questão muito simples:


Vais voltar a confiar a chave a quem te roubou a casa?

(in ProfBlog)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Já chegou ao Brasil!...

Fonte: Estadão (colhida no blogue do Octávio Gonçalves)

Um Passos Coelho e duas cajadadas


(Manuel Serrão)


Adaptando o trocadilho engraçado do Ricardo Araújo Pereira, como nem em tempo de recenseamento há bom senso em Portugal, lá vamos nós cantando e rindo, a caminho de mais umas eleições.


Para este desenlace, o que se diz de Sócrates é que foi a forma que o tramou. Lendo e ouvindo algumas declarações dos seus adversários fica a pairar no ar a sensação de que não terá sido o conteúdo das medidas que levou ao chumbo do último PEC, mas sim a falta de aviso considerada como uma arrogância indesculpável.

Para quem ainda não sabia, fica agora claro que a democracia formal é tão ou mais importante que a democracia substancial.

Via verde para roubar

(JN)



A lei de financiamento de campanhas já favorecia - e de que maneira! - a promiscuidade entre os negócios e a política. Mas a recente decisão do Governo de aumentar os montantes dos ajustes directos permitidos a governantes e autarcas constitui um verdadeiro convite à roubalheira.


A legislação que regulamenta o financiamento partidário, promulgada há escassos meses, veio autorizar donativos em espécie. Os amigalhaços do partido poderão doravante pagar cartazes, umas jantaradas e até financiar umas viagens. Os valores considerados são impossíveis de quantificar e abrem a porta a todo o tipo de troca de favores e tráfico de influências. Porque os financiadores querem obviamente contrapartidas, é até legítimo que assim seja. Mas como os partidos não dispõem de meios próprios, só podem garantir essas contrapartidas com vantagens concedidas à custa de recursos públicos, que assim são desbaratados. No fundo, quem paga esta orgia somos todos nós.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O homem errado no momento que podia ter sido certo


Helena Matos - "Público" - tratamento do texto: Zé da Silva
José Sócrates teve condições únicas para reformar Portugal: uma maioria absoluta e um povo disposto a fazer sacrifícios.

E nenhum partido como o PS tem ou tinha em Portugal condições para reformar o sistema com menor turbulência social e política. Mas a verdade é que Sócrates e o PS falharam porque Sócrates foi o homem errado no momento que podia ter sido certo.Afastou do Governo homens que, como Luís Campos e Cunha, não abdicavam da sua opinião, rodeou-se de apparatchiks, yes minister’s e, a partir de 2009, sentou no conselho de ministros a mais completa colecção de jarrões de sala que alguma vez se viu em Portugal em volta de uma mesa.

Decapitou a administração pública tornando-a um bando de zombies que sonha com a reforma enquanto cumpre os procedimentos ditados pelos boys.

domingo, 27 de março de 2011

Desafio

Depois de 6ª feira apareceram muitas carpideiras a lamentar a revogação da lei da avaliação de professores.
Que isto, que aquilo, que os professores tinham que ser avaliados, era o que faltava se não fossem, etc. etc.
A própria ministra das aventuras veio, com um grande descaramento, trazer um chorrilho de mentiras para a televisão. Ei-las:



Mas é isto que interessa ao charlatão: aproveitar os que ainda se extasiam (apetecia-me dizer outra coisa!...) com a defenestração dos professores para esconder aquilo que realmente acontece: este governo quer a destruição da Escola Pública, a submissão dos professores pensantes, o monopólio da consciência de cada um.

Desafio quem queira argumentar comigo!

sábado, 26 de março de 2011

As crianças estão amuadas...






O PS e o esquisito do PSD que dá pelo nome de PP acham que o actual modelo de avaliação não deveria ter sido revogado.

Acólitos mais ou menos rosados e ilustres comentadores que não fazem qualquer ideia do que falam esgrimem argumentos desesperados.

A ministra segunda parece que ainda está a tentar perceber como é que os deputados não aprenderam com ela que o dia tem 24 horas, mas, no fundo, estará ansiosa por voltar às aventuras.

No entanto, ninguém consegue demonstrar que o kafkiano processo de avaliação, no fundo reduzido a duas aulas observadas, mas que tem 72 (setenta e dois!) itens para preencher na ficha final contribui para a melhoria do ensino e da aprendizagem.

Ninguém consegue!

Nem os apaniguados socratinos que metem a cabeça na areia da constitucionalidade, ignoram a realidade e fazem birra, porque tiraram o brinquedo ao chefe…

quinta-feira, 24 de março de 2011

Zé Sócras - Xau!...

Ainda lá está...




Arrancá-lo ao poder foi apenas a primeira fase e foi demorada, dolorosa e parecia que não aconteceria.


Mas…


A verdade é que, em gestão, ainda lá está e com muitos cordelinhos nas mãos.


Há agora toda uma segunda fase que vem depois da passagem da maioria absoluta para maioria relativa em 2009 e que deve continuar até o reduzir, juntamente com a camarilha que se foi sucedendo na luz (vitalinos, silvaspereiras, lacões, vitais, júdices, marinhos, não esquecendo os abrantinos blogosféricos e todos aqueles que adesivaram rosa e agora irão adesivar laranja) ou na sombra (coelhos, vitorinos, soares) uma evidente minoria.


Essa é uma fase complicada a vários níveis. Quer porque a criatura já mostrou que tem os fôlegos de um valeazevedo, quer porque há cuidadosas propostas a escrutinar e opções a fazer.


Hoje foi só o princípio de uma nova etapa da nossa vida colectiva. Resta saber usá-la.

Paulo Guinote

quarta-feira, 23 de março de 2011

Outra vez a história do João Ratão

(JN de hoje)


O Governo parece estar por um fio. Pode não passar de hoje. E daí? Para nós pagadores impostos, que vamos ao supermercado, que abastecemos o carro, enfim, que sentimos a crise todos os dias, o que vai mudar? Talvez nada, ou quase nada.

Conhecemos bem a alternância à portuguesa. Graças a ela, à alternância do costume, chegamos onde chegamos. Com um país imerso na crise - crise múltipla, diga-se - seria uma boa oportunidade para os políticos do arco da alternância olharem pelos interesse dos cidadãos. Os seus próprios interesses, enfim, ficariam para depois.

A meio de Fevereiro, Pedro Passos Coelho, numa metáfora infeliz - mas que não deverá andar longe da verdade dizia: o PSD não estava com "pressa de ir ao pote". Bem, o pote agora surge mais perto do que podia parecer. A metáfora do líder do maior partido da oposição é elucidativa. O homem que se perfila como possível primeiro-ministro vê o poder, o exercício do cargo, como o João Ratão: um pote.

(imagem retirada de http://crianiolndia-analuz.blogspot.com/ )

terça-feira, 22 de março de 2011

O mexilhão

Alberto Castro - JN





"Les jeux sont faits". Os partidos fizeram as suas apostas, reduzindo o presidente da República à função de "croupier". Todos chegaram à conclusão de que seria impossível reunir as condições que poderiam evitar o recurso à ajuda externa. Um acordo patriótico que garantisse o empenho do país, pelo tempo necessário, num rumo de correcção dos desequilíbrios e de relançamento do crescimento está, por agora, fora de questão.


Para a Oposição, Sócrates é o empecilho. Por convicção ou como pretexto. Sócrates deu-lhes razões mais do que suficientes, a última das quais quando decidiu experimentar a receita de Manuela Ferreira Leite de suspender a democracia, ainda que só por um dia ou dois. Como corolário, lógico e pérfido, Passos Coelho ficou sem saída, ou melhor, sem outra saída que não a de recusar qualquer tipo de beneplácito às medidas anunciadas pelo executivo. Sócrates sabia de antemão ser essa a consequência inevitável, como sabia ser este o tempo certo para ainda manter alguma hipótese de sobreviver na lotaria eleitoral que se seguirá. Percebeu a táctica do PSD de o deixar queimar em lume lento e resolveu ser ele a ditar as leis do jogo ou, pelo menos, o seu calendário.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cartoon Elias o sem abrigo

de R. Reimão e Aníbal F (JN)

Lobos e cordeiros


1 - Anuncia-se mais um pacote de austeridade. Cada um dos anteriores deveria ter sido o último; nenhum foi, somamos quatro no espaço de um ano. Cada um deveria ter travado a subida dos juros da dívida; nenhum travou, estamos a pagar uma taxa que se aproxima dos 8 %. Sendo assim, o que resulta destes quatro planos [segundo contas feitas pelo semanário "Expresso"] é que cada funcionário público contribuirá, até 2013, em média, com mais de sete mil euros para o que José Sócrates apelidou de "esforço patriótico"; cada contribuinte, por via dos agravamentos fiscais no IRS e no IVA, terá de entregar, em média, ao Estado, quase 1200 euros a mais, seja pobre ou rico, trabalhador com contrato, precário a recibo verde, gestor ou desempregado, velho ou novo; cada pensionista terá uma factura extra de mais de 500 euros, em média, e também até 2013. Extraordinário, depois disto, ouvir um primeiro-ministro ou um ministro das Finanças festejarem a diminuição do défice público como se tratasse de um feito. Como não haveria ele de diminuir com o assalto que está em curso ao bolso dos portugueses?




domingo, 20 de março de 2011

Congresso do CDS - Pontos salientes das propostas sobre Educação





  • Os pais ou encarregados de educação deverão ser especialmente responsáveis pelo cumprimento dos deveres gerais do aluno.

  • A violação reiterada destes deveres, com respectiva aplicação de medidas correctivas ou disciplinares poderá implicar redução no direito ao apoio social escolar.

  • Ao invés, o mérito evidenciado pelos alunos permitirá a majoração do apoio social escolar, a atribuir.

Sem comentários

Onde é que anda o Zé?

(Maria de Lurdes Vale - DN)


Ao olhar para o triste espectáculo político e económico a que vem assistindo nos últimos tempos, o cidadão pergunta: mas voto em quem?



Ao olhar para o exemplo de desorientação do Governo face à adopção de medidas que têm repercussão na vida e no futuro de todo um país, o cidadão pergunta: mas será que "eles" sabem o que andam a fazer?


Ao olhar para a forma como algumas dessas medidas foram ocultadas aos portugueses, em geral, e ao Presidente da República, em particular, o cidadão pergunta: mas voltámos ao tempo da outra senhora?


Ao olhar para a forma como o primeiro-ministro pintava ainda há pouco tempo o País como o reino das maravilhas e agora avisa que ou é ele ou o caos, o cidadão pergunta: mas será que a Alice se foi embora e não avisou o Sócrates?

sábado, 19 de março de 2011

A frase do dia

O actual governo português é composto por dois grupos:

um formado por gente totalmente incapaz
e outro por gente capaz de tudo.

Já não suporto este gajo!...

(texto adaptado de um outro do Paulo Guinote)



Em tempos idos, seria capaz de desafiar este cromo para um duelo. A murro, por exemplo. Tal é o asco que este gajo me provoca! Porquê? Porque é um mentiroso! Porque deve ter tido um trauma qualquer com um professor ou uma professora na sua vida de estudante. Ou alguma tampa de um professor ou professora por amores não correspondidos. Não sei. Apenas sei que o gajo é parvo!!! E mente sem pudor, com um descaramento invulgar. E como já são bastas as vezes, começo a duvidar se, para além da ignorância, também não será má fé!...

Escreve ele, no Expresso de hoje:

Um tiranete da Beira

Vasco Pulido Valente - Público de ontem


O eng. Sócrates comprometeu Portugal em Bruxelas com o PEC IV, sem comunicar coisa alguma ao Parlamento, ao Presidente da República, aos partidos da oposição e aos parceiros sociais. Quando umas tantas pessoas protestaram, o eng. Sócrates respondeu, indignadamente, que o que lhe importava não era a “forma”, era o “conteúdo” do que fizera.

Só em Portugal esta explicação poderia ter passado sem um escândalo maior ou mesmo sem a demissão imediata do primeiro-ministro.

Uma crise com nome próprio




Está o país mergulhado numa séria crise política. Na origem desta situação está a decisão inédita do Governo de anunciar aos parceiros europeus um pacote de medidas que não foi previamente revelado ao presidente da República, ao Parlamento e aos parceiros sociais, nem sequer negociado com o maior partido da Oposição, que tem viabilizado os anteriores "pacotes". Ora, uma decisão unilateral desta natureza, tomada por um primeiro-ministro que não dispõe de um apoio maioritário no Parlamento, só podia dar início ao processo que se conhece e cujo fim já se adivinha.

Admite-se que, nas últimas semanas, tenha havido uma auditoria do Banco Central Europeu às nossas contas públicas que terá forçado o Governo a introduzir novas medidas que não estavam previstas. Admite-se, numa versão mais optimista, que o Governo possa ter conseguido promessas dos parceiros europeus de que, a troco dessas medidas adicionais, Portugal receberia ajuda, nomeadamente na colocação de dívida soberana a taxas mais baixas do que as que têm sido pagas. Qualquer desses cenários poderia justificar sacrifícios adicionais, e não há razão para acreditar que o Governo não conseguisse apoios para essas medidas, quer por parte do PSD quer por parte da opinião pública, se esta percebesse que eram transitórias e que teriam uma contrapartida importante para o país.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A angústia antes do penalti...



Mas no nosso jogo caseiro, quanta falta para isto?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Acupunctura...


(imagem colhida em "A Educação do Meu Umbigo")

segunda-feira, 14 de março de 2011

Golfe a 6 %



Os campos de golfe deverão voltar a ser tributados à taxa reduzida de IVA, de seis por cento, em vez dos 23 por cento que estavam a ser aplicados desde o início do ano, no quadro do Orçamento do Estado (OE) para 2011,

domingo, 13 de março de 2011

Que não falte o viagra!...

(in Sol)

Olha o gajo!...



O presidente da Gulbenkian, Rui Vilar, em entrevista à revista “Única” do jornal “Expresso” de 12 de Março, diz, entre outras coisas e citando: “Temos de trabalhar mais e ter menos férias”.


Está visto qu’isto de preparar o terreno para boas novas não é fácil, que o diga o (des)governo da Nação! Acontece que este senhor, além da responsabilidade de dirigir a Gulbenkian, é também o marido de Isabel Vilar, actual ministra da (des)Educação da Nação, e não lhe ficaria nada mal, antes pelo contrário, explicar (até porque a coisa ficaria em família) que, de facto, às vezes até é preciso mesmo trabalhar mais. Nem que seja para evitar justificações de índole pedagógica como cortar no número de docentes para poupar uns trocos. E já agora, do género “matar dois coelhos sem gastar mais tiros”, Rui Vilar poderia também explicar a quem tem responsabilidades por juros e números de desemprego, a baterem sucessivamente recordes, o significado destas palavras, nomeadamente da palavra trabalhar! A Nação bem que agradecia!

Manuel Salgueiro

sábado, 12 de março de 2011

Uma questão de pormenor

(JN)


Todos sabemos como as vozes ficam distorcidas através de altifalantes. Mas que as palavras se pudessem transformar noutras, isso nunca me tinha acontecido.
Estava eu na sala de espera de um hospital, aguardando que, do altifalante, uma voz dissesse o meu nome. Li o jornal, fiz as palavras cruzadas, tirei da mala uma edição de bolso de um livro do Machado de Assis, ao mesmo tempo que ia ouvindo os nomes que desfilavam.


Até que a espera me pareceu longa de mais. Tenho frequentado com regularidade aquele hospital, e nunca me acontecera esperar tanto.


Cheia de sorrisos e de "se faz favor" e de "desculpe"- lá fui ao balcão das informações saber o que se passava.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Algum Humor no meio da Adversidade

Do Inimigo Público...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sem comentários

Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.

Cavaco Silva, 9 de Março de 2011


Há mais vida além do orçamento

Jorge Sampaio, 25 de Abril de 2003

À rasca,estamos todos



Com excepção de certos privilegiados, à rasca estamos todos.

Estão jovens sem emprego, com estudos ou sem estudos.

Estão jovens com pais desempregados.

Estão pais que até então, embora com ordenados baixos, faziam das tripas coração para garantir aos filhos algum futuro.

Hoje é 24 de Abril




Os condomínios fechados só isolam do exterior até que alguém demonstra que afinal são mais abertos do que se pensava.

A crise não é de agora, mas agora é que os efeitos chegam a nós, a doer.

É novidade que o Mundo está cheio de problemas de insustentabilidade global?

É surpresa que há gente em enormes dificuldades, até há pouco demasiado longe para verdadeiramente nos incomodar?

Porreiro, pá !!!

A lei obriga os restaurantes que queiram doar refeições a quem precise a pagar IVA.

As espinhas do pénis




Como o pénis perdeu as espinhas...

Ou finalmente percebi a rapidinha do chimpanzé!

Ver em:



quarta-feira, 9 de março de 2011

MST+demagogia+interesse nacional

(texto a partir de http://eanossaescolinha.blogspot.com/2011/03/frase-da-semana-vai-para.html)



Gosto suficientemente da Sophia para perceber que o seu filho Miguel é parvo e que ela nada tem a ver com ele a não ser tê-lo dado à luz!!!...


E o parvo é Miguel Sousa Tavares, na SIC. Ele aí está:



A frase da semana vai para…

"A manifestação de dia 12 é um monumento à demagogia e à irresponsabilidade."

Só para lembrar Cavaco...

À maior mobilização de sempre de uma classe profissional, o presidente Cavaco Silva respondeu inaugurando obras do governo, qual secretário de Estado, com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues pelo braço.

(disse Paulo Guinote, no seu blogue "A Educação do Meu Umbigo")

Frases soltas do discurso de tomada de posse do Presidente da República



[…]

De todos serei Presidente. […]

Assumo perante vós, Senhores Deputados, o firme e sincero propósito de colaborar com a Assembleia da República, […]

Ao Governo e ao Senhor Primeiro-Ministro reitero o compromisso de cooperação que há cinco anos […]

serei rigorosamente imparcial no tratamento das diversas forças políticas, mantendo neutralidade e equidistância relativamente ao Governo e à oposição. […]

Puxões de orelhas "made in USA"




Bem sei que a Providência colocou sobre os ombros dos Estados Unidos a pesada e extenuante tarefa de serem os polícias do Mundo; o que ignorava é que também lhes tinha atribuído a tarefa de serem verificadores de contas, fiscais de gestão ou coisa que o valha. Mas só assim se explicam os despachos do anterior embaixador para Washington, apontando um inflexível dedo acusador a certas coisas criticáveis do Governo português.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher - 8 de Março



A 'manif' da geração à rasca


(João Marcelino - DN)

1. Não sei se a manifestação "Geração à rasca", marcada para o próximo dia 12 em várias cidades do País, tem por detrás alguma organização partidária.


Leio que Jerónimo de Sousa vai marcar presença e Alberto João Jardim também apoia os objectivos e fico sem dúvidas quanto ao facto de muita gente desejar enquadrar politicamente o protesto destes jovens. Ele tem, efectivamente, uma virtude: representa a denúncia de uma situação de facto.

Em Portugal, como um pouco por toda a Europa, de onde o movimento descende, há uma geração marcada pela precariedade laboral e mal paga, quando não sujeita ao desemprego, sem horizontes laborais que permitam equacionar o cenário de independência a que qualquer indivíduo se habituou no mundo ocidental nas últimas décadas.

Como expressão de um sentimento colectivo e, sobretudo, como protesto político dirigido a quem governou o País nas últimas décadas, esta manifestação faz sentido.

É, ainda, um grito de cidadania e um alerta social que deve ser ouvido no Estado e na economia.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Homens da luta


Os "Homens da Luta" ganharam o Festival da Canção. Tanto quanto sei, foi respeitado o regulamento do concurso e a votação não foi melhor nem pior que qualquer outra para expulsar grandes irmãos ou os amigos dos segredos.

Metem-me algum nojo os pseudo puritanos, quais virgens ofendidas, que esperneiam que vai ser uma vergonha, que não há qualidade, etc. etc.

Desenganem-se. Se não estivéssemos na fossa em que estamos e por culpa de quem sabemos, os "Homens da Luta" não teriam razão de existir. Mas estamos na fossa. Na merda, para quem não percebeu...

Manifesto Anti-Socras





Texto de Luís Costa - imitação do Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros



Basta!
Fora o Socras! Zás-trás-pás!
Abaixo a arrogância, a prepotência!
Abaixo a jactância e a impostura
Escondida na textura
Fashion e macia
Desta falsa democracia!
Basta!
Fora o Socras! Zás-trás-pás!
O Socras é um tirano,
Um “inginheiro porreiro-pá”
Eleito por engano
Em domingo de nevoeiro!
O Socras tem um canudo
De cortiça,
Um canudo de Entrudo,
Com fitas e tudo,
Carimbado depois da missa!
Basta!
Fora o Socras! Zás-trás-pás!

Para animar em tempo de Carnaval

sábado, 5 de março de 2011

Ministra de quê?!

(foto do semanário SOL)



sexta-feira, 4 de março de 2011

Ainda a senhora Merkel

Tragicamente, não nos bastam as declarações de entusiasmo de Angela Merkel.

Tragicamente, não nos chegava se a chanceler alemã decidisse mudar-se para o Terreiro do Paço e emitisse juízos diários favoráveis às finanças de Portugal.

Enquanto a Europa não esvaziar o poder das agências de notação financeira e criar uma estrutura comunitária de regulação dos mercados, andaremos entretidos a discutir semântica.

Seja em português ou em alemão.

O alvoroço dos barões


(Baptista Bastos - DN)

"Barões do PS contra Sócrates por suspender regionalização." A grave notícia, publicada no DN de anteontem, deixou muitos corações perplexos. Entre os quais, o meu, pobre, e constantemente sobressaltado. Não sei quem são, não os conheço nem estou arquejante de curiosidade para conhecer esses pouco assinalados barões. A perplexidade advém da mera circunstância de as sucessivas direcções do PS terem suspendido tanta coisa, que mais esta suspensão não deveria suscitar alvoroço. Mário Soares suspendeu o próprio PS ao colocar o "socialismo na gaveta", a fim de o resguardar de tentações libidinosas. O PS, cuja origem "socialista" sempre deu que pensar, estava fragmentado à nascença, quando um destemido grupo de advogados e afins, o "fundou", numa recôndita cidade alemã. Era preciso, segundo o siso de alguns estadistas europeus, criar uma organização política, estruturada e com apoios financeiros, que se opusesse à hegemonia do PCP.

Classe média


do Editorial do DN de hoje:

[...]
Para a classe média portuguesa multiplicam-se os movimentos que lhe vão minando o seu nível de vida. Quando a Grande Recessão de 2008/2009 nos caiu em cima, ela incidiu sobretudo no meio fabril e comércio: despedimentos, deslocalizações, fecho de lojas. Quem mais sofreu foram operários e pequenos empregados (na sua maioria, mulheres). Quem manteve o emprego viu o nível dos preços descer (coisa nunca vista...) e sentiu o alívio nas prestações da casa e em custos com o carro. A classe média passou, nessa fase, ao lado da grande crise com relativo alívio.

Agora a roda virou-se contra ela: recuam as deduções fiscais, recuam os vencimentos nos sectores públicos - administrativo e empresarial -, sobem as prestações da casa e os combustíveis. Agora diminui ao mesmo tempo o rendimento que entra no bolso e o poder de compra que ele contém.

Não se estranhe, pois, o clima de pessimismo agravado que se espalha da classe média para o conjunto da população.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Excluídos, sim, mas com canudo



(JN)
O que se exige à "geração à rasca" não é mais nem menos do que brilhantismo. Quem é "proactivo", criativo, flexível, arrojado, talvez singre. Quem não foi ungido com tais qualidades, perde o comboio.

Aforrar, sabe-se lá com que sacrifícios, para dar uma boa formação aos filhos, no pressuposto de que seria salvo-conduto para um futuro melhor. A mensagem, que passou de geração em geração, insuflou os pais de esperanças e as universidades de estudantes, impelidas a subirem notas de acesso até ao absurdo, para conter a pressão.

Os meninos foram ao confesso







Perdoem-me os muitos amigos católicos que tenho, mas é a imagem que melhor consigo ter:


O Zezinho e o Teixeirinha foram confessar-se à sacerdotisa Angela. Cordeirinhos, de mãos dadas.


-Ó grande sacerdotisa! Ó grande chefe que não gosta dos beijos em bicos de pés do francês Sarqualquercoisa! Ó futuro! Ó Virgem das Virgens (caramba! esta não sei se é…)! Ó!... Ó! Ó coisa! Olha que nós portamo-nos bem! Comemos a papinha toda, aquela com professores e outros funcionários públicos, passada a passvit! A classe média já era!... Aqui estamos, de joelhos ( e de rabo para o ar) perante ti, ó suprema! Vê lá se a gente aguenta mais uns tempos! Pode ser que saia o Euromilhões ao governo! Já demos ordens ao Gago para tratar disso!...


[…]

quarta-feira, 2 de março de 2011

Quase boas ideias


(João César das Neves)




Com o Governo em cuidados paliativos, há que preparar a autópsia. As gerações futuras não podem desperdiçar as lições preciosas de tantas experiências desastradas. Tolices foram muitas e variadas; a mais paradoxal é a "quase boa ideia". O Governo de José Sócrates apresentou múltiplos projectos, programas e sugestões que pareciam mesmo excelentes. Não eram.


Todos sabemos que foi feita uma quase reforma da administração pública, reestruturações hesitantes na saúde e educação, mudanças parciais na Segurança Social. Em todos os casos faltou sempre um bocadinho.

terça-feira, 1 de março de 2011

"Ministro alemão demite-se após descoberta de plágio"

E o nosso primeiro que foi chico-esperto, com cadeiras feitas ao Domingo e tudo?!...