do Editorial do DN de hoje:
[...]
Para a classe média portuguesa multiplicam-se os movimentos que lhe vão minando o seu nível de vida. Quando a Grande Recessão de 2008/2009 nos caiu em cima, ela incidiu sobretudo no meio fabril e comércio: despedimentos, deslocalizações, fecho de lojas. Quem mais sofreu foram operários e pequenos empregados (na sua maioria, mulheres). Quem manteve o emprego viu o nível dos preços descer (coisa nunca vista...) e sentiu o alívio nas prestações da casa e em custos com o carro. A classe média passou, nessa fase, ao lado da grande crise com relativo alívio.Agora a roda virou-se contra ela: recuam as deduções fiscais, recuam os vencimentos nos sectores públicos - administrativo e empresarial -, sobem as prestações da casa e os combustíveis. Agora diminui ao mesmo tempo o rendimento que entra no bolso e o poder de compra que ele contém.
Não se estranhe, pois, o clima de pessimismo agravado que se espalha da classe média para o conjunto da população.
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