sábado, 30 de julho de 2011

A corrida para o vídeo famoso



(DN)

Há limites para anedotas?

Alguém, lúcido, disse: "Eu conto anedotas sobre tudo mas não conto é certas anedotas a toda a gente."

Não nos rimos de anedotas racistas (e há-as, boas) com racistas.

E vídeos?

Aí, o critério é mais relaxado. Há dias que Portugal se ri com o Hélio, titubeante ao skate ("sai da frente Guedes!"), descendo uma estrada, lançando uma frase épica ("o medo é uma cena que a mim não me assiste"), cruzando um automóvel e espalhando-se na berma. O vídeo foi visto no YouTube em quantidades maiores que as enchentes do Estádio da Luz num ano, as televisões entrevistaram os pais do Hélio, rimo-nos todos. E, no entanto, o vídeo do Hélio é uma estupidez criminosa que acabou bem.

Exemplo de uma estupidez criminosa que acabou mal: António, de 17 anos, foi de madrugada para uma auto-estrada tourear carros. Deveria haver também um Guedes com um vídeo a filmar, mas fugiu, sem coragem de mostrar o atropelamento e a morte do António. Sem coragem, e daí não sei... Talvez ainda apareça no YouTube - e nos online dos jornais - a morte do António. A estupidez das pessoas (e não estou a falar só do grupo do António) é infinita.

Aqueles que têm a arma de propagação da estupidez nas mãos - dos grupos de popularização dos Hélios até ao YouTube, passando pelos jornais e televisões - deveriam pensar nos limites.

O próximo passo é pôr o vídeo de um garoto a atirar um pedregulho, de uma ponte, para a auto-estrada?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Agrupamentos de Escolas.

Vários tipos de Agrupamentos de Escolas:

Ver aqui.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Creme NIVEA



Vejam um pouco da sua história


100 anos de  CREME NIVEA 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

É preciso não confundir liberdade com libertinagem


(Visão)

Quando se fala de liberdade, há sempre um patusco que se sente incumbido da missão de prevenir os outros para um perigo que só ele não ignora: "É preciso não confundir liberdade com libertinagem." Pessoalmente, nunca fiz essa confusão.

A liberdade é um conceito admirável e puro, e a libertinagem ainda é melhor. A minha lápide dirá: "Nasci para te conhecer, para te nomear: libertinagem." Ou então: "Espero que isto seja provisório." Ainda não decidi.

Mas, quando se fala de economia, nenhum moralista nos avisa que é bom não confundir liberalismo com libertinagem. De facto, são duas ideias difíceis de distinguir uma vez que, aparentemente, não há liberalismo sem libertinagem económica. O liberalismo implica a existência de pouca-vergonha financeira. Ora, ninguém gosta mais de pouca-vergonha do que eu, mas a pouca-vergonha financeira não me entusiasma como a outra.


terça-feira, 26 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não temos dinheiro vamos ter de pensar

(ANDRÉ MACEDO - DN)

Há exactamente 46 anos, um visionário chamado Robert Plinskin decretou a morte dos ovos.
Disse ele: "As mais recentes análises de mercado estabelecem, sem sombra de dúvida, que o ovo é um produto triste e lamentável. Os ovos não vão, obviamente, continuar a vender-se: não se seguram sozinhos, rolam facilmente, partem-se depressa, exigem pacotes especiais, são todos parecidos uns com os outros, são difíceis de abrir e não se empilham nas prateleiras." A lista de argumentos deste guru do marketing era arrasadora: os ovos estavam fritos.

Ler um relatório da Moody's ou de outra agência de rating sobre Portugal tem mais ou menos o mesmo efeito: o País passou o prazo de validade, está a viver com dinheiro emprestado, sobrevive com tempo que já não lhe pertence. Morre a crédito. Fatias de grandes empresas estão a ser vendidas à pressa para gerar receitas imediatas para abater na impressionante dívida pública. A lista de desgraças continua, pressiona e esmaga. O desemprego deixou de ser um número frio e distante que só interessa aos economistas. Agora morde os calcanhares a todos. Respira sobre cada um de nós. Há sempre um amigo, um irmão, um departamento da empresa onde trabalhamos, um concorrente, um restaurante onde íamos, alguém, seja ele quem for, que já foi apanhado na tenaz que avança. Ou alguém que sente, pressente ou adivinha que pode ser atingido a qualquer momento. A lista de horrores e defeitos e problemas e lamúrias e tristezas não acaba - cresce de dia para dia. Os mais novos, os mais pobres e os mais velhos são os que mais sofrem.

domingo, 24 de julho de 2011

Paraíso...

sábado, 23 de julho de 2011

O escudo que nos defendia

(Manuel Serrão - JN)


Para quem já está no pleno gozo das suas férias, mas também para quem está no pleno gozo do seu direito ao trabalho, tenho um pequeno exercício a propor: tentar recordar o valor que custava determinado bem, produto ou serviço antes da nossa adesão ao euro e comparar esse montante com o que custaria hoje, se convertêssemos o seu custo actual em euros para escudos.

Para os mais generosos proponho ainda um segundo exercício que consiste em recordar como faziam os arredondamentos para as gorjetas nos bons velhos tempos do escudo e como é que procedem hoje na era do euro.

Começando por este segundo desafio, recordo-me do tempo em que o "cimbalino" servido à mesa do café se pagava a quatro escudos e cinquenta centavos e como quase toda a gente o arredondava para os cinco escudos.

Sem mencionar o nome de família de um meu amigo, que hoje é um gestor de reconhecida competência, lembro- me que o Jorge, sempre que o número de convivas o justificava, deixava-se ficar para o fim e atacava as gorjas do empregado, completando apenas o que faltava para pagar os cafés todos.

Este episódio que retenho da minha adolescência já nos traz alguma luz sobre os preços da época (neste caso, do café) mas é mais revelador da relação que tínhamos com a nossa moeda.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tudo mudando "como soía"

 

Se "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" e "muda-se o ser, muda-se a confiança", porque não haveria de mudar a opinião do presidente da República sobre as agências de "rating"? E se "todo o Mundo é composto de mudança", porque não haveria de mudar a pequeníssima, embora irritante, parte do Mundo que é Macário Correia?

Dir-se-á que, se as agências de "rating" eram para Cavaco Silva, ainda há meses, uma espécie de anjo vingador das más políticas do Governo e se tornaram entretanto diabos, não foi Cavaco quem mudou mas a realidade (e o Governo).

O mesmo se diga de Macário Correia. Se, há um ano, portagens na Via do Infante eram uma "perfeita idiotice" e "uma medida tonta, esquisita, anárquica, de quem não tem noção da realidade" e, antes das eleições, uma "imposição pouco democrática" (pois "temos de ser sérios, coerentes, honestos e ter princípios"), e agora são "inevitáveis", não foi porque Macário Correia deixasse de ser "sério, coerente, honesto e ter princípios", mas porque a realidade é que deixou de ser honesta e ter princípios no dia 5 de Junho.

"Continuamente vemos novidades" e quem sabe?, um dia destes veremos Macário Correia convertido ao tabaco (os prejuízos da Tabaqueira pode bem ser uma pedra no sapato do desenvolvimento e, afinal de contas, os pulmões dos fumadores também têm que sacrificar-se pelo défice) proclamando que "beijar um cinzeiro é como lamber uma fumadora".

A via dos juros

 

O presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o alemão Klaus Regling, explicou ontem porque é que portugueses (e gregos, e irlandeses) devem escrever "ajuda" com aspas quando se referem aos planos de resgate da dívida soberana apoiados por países como a Alemanha: "Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos e a diferença reverte a favor do orçamento alemão".

Repetindo o retrato que do colonizado faz o colonizador, Merkel diz que portugueses (e gregos, e demais "pretos" dos países do Sul) não gostam de trabalhar.
Por sua vez, na passada semana, Hans-Werner Sinn, presidente do IFO, afirmou que "os portugueses e os gregos vivem à custa dos alemães".

Dados da OCDE e do EUROSTAT revelam porém que portugueses e gregos trabalham afinal mais que os alemães: os gregos 2119 horas por ano, e os portugueses 1719 (espanhóis 1654, italianos 1773), enquanto os alemães se ficam por 1390. Os mesmos dados mostram que a produtividade individual é semelhante na Alemanha e nos países do Sul, e que, na Grécia, a produtividade horária é até superior à da Alemanha.

Tudo isso mais as afirmações de Regling confirmam o óbvio: que os alemães é que vivem à nossa custa e dos demais PIIGS do "Lebensraum".

Por algum motivo Helmut Kohl acusa a Alemanha de, pela mão da ambição hegemónica de Merkel, estar a fracturar de novo a Europa.

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1914? 1939? digo eu...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vai um beijinho?

Penalti de calcanhar


Acompanhem atentamente os comentários do locutor

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Democracia em perigo

(Visão)


 "A Democracia é uma conquista civilizacional eterna."

Verdade histórica não será certamente. E mesmo o futuro, lido à luz da História, não parece necessariamente assim. Basta lembrar a facilidade com que, um pouco por todo o mundo, os populismos antidemocráticos dos mais diversos quadrantes sempre medraram em ambientes de descalabro económico.

Ora, juntar uma profunda crise financeira, uma degradação aguda da situação económica, instituições políticas dramaticamente desacreditadas e um ambiente de generalizada falência ética é, convenhamos, "dose para burro".

Imaginar que a Democracia não corre perigo não é um ato de fé. É inconsciência.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O imposto por "prudência"

JN

Os portugueses ouviram ontem da parte do ministro das Finanças tudo o que sempre (ou, pelo menos, de há umas semanas para cá) quiseram saber sobre o novo imposto extraordinário mas tinham medo de perguntar.

Trata-se, como os portugueses devem lembrar-se (se tiverem melhor memória do que o primeiro-ministro), do imposto que Passos Coelho, em campanha, tinha "garantido" que, a ser necessário, incidiria sobre o consumo e não sobre o "rendimento das pessoas" e que, afinal, vai incidir sobre o rendimento de 1, 7 milhões de famílias e de 700 mil reformados.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Penitencie-se o povo!



(mas nem parece ele a falar...)

JN

Fiquei furioso quando ouvi o primeiro-ministro dizer, no Parlamento, que uma parte significativa do meu subsídio de Natal irá ser nacionalizada, na forma de um imposto extraordinário. Estou farto de ser roubado por um Estado voraz, que se apropria da riqueza que criamos, que consome uma parte excessiva do que devia redistribuir, que não presta contas sérias, que é mau pagador e que tem vícios intoleráveis de novo-riquismo.

Mas, ouvidas as explicações, concluí que não nos resta outra alternativa, porque é imperioso que, no final do ano, Portugal possa apresentar um défice dentro dos parâmetros que nos foram impostos, e com os quais nos comprometemos. E, a ser assim, compreendo que é preciso fazer mais um esforço individual, a bem do interesse colectivo que exige que Portugal arrume as suas contas, e que dê provas concludentes de que é capaz de resolver a crise, com todos os sacrifícios que isso implica.

domingo, 17 de julho de 2011

Está tudo grosso!...

Memória...

sábado, 16 de julho de 2011

Não sabia que ela era do privado...

"Temos um país de funcionários públicos. Essa é a verdadeira tragédia portuguesa"



Maria José Morgado

Vamos lá chamar os bois pelos nomes



Nuno Garoupa - Jornal de Negócios

É absolutamente ridículo ver grandes empresários, banqueiros e gestores portugueses falar de injustiça e moralidade neste contexto. Falamos de negócios, mercados financeiros, dinheiro, lucro; desde quando são a injustiça e a moralidade parte do assunto?

O mais triste de toda esta longa saga portuguesa contra a Moody's e as agências de "rating" é que não me lembro de todas estas vozes criticarem igualmente as políticas públicas que nos trouxeram até aqui.

Estes poderes fáticos são os primeiros responsáveis do buraco em que Portugal está metido, vivendo à sombra do Estado durante vinte anos como predadores dos recursos públicos, apoiando as loucuras do optimismo que faz bem a Portugal, defendendo o sobreendividamento do Estado e das famílias como modelo económico de futuro. E agora a culpa é da Moody's. Não, não é. A culpa é deles e só deles.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A cabeça !

quarta-feira, 13 de julho de 2011

“Duvido que Marinho seja capaz de passar”

Diogo Teixeira, Presidente da Associação Académica de Direito da Católica, sobre exames para advogados estagiários



Correio da Manhã – Por que razão contestam os exames de acesso à Ordem dos Advogados?

Diogo Teixeira – O bastonário cometeu muitas ilegalidades. A última foi o exame de acesso aos estágios, que foi julgado inconstitucional. Não compete ao bastonário avaliar as qualificações dos cursos de Direito, mas sim à agência de acreditação.



Correio da Manhã – Quais as formas de luta?

Diogo Teixeira – Aguardamos o resultado da acção que foi interposta em tribunal pelos advogados estagiários contra a alteração dos custos do curso de estágio.



Correio da Manhã – Mas Marinho Pinto não está a defender os advogados?

Diogo Teixeira – O bastonário está a proteger o seu mercado. O exame foi feito para chumbar. Duvido que algum advogado, incluindo o actual bastonário, seja capaz de passar. Desafio-o a submeter-se ao exame e a ser corrigido pelas universidades.



Correio da Manhã – Porque é que o bastonário toma esta atitude?

Diogo Teixeira –  O bastonário diz que lutou contra a ditadura. Mas tem provado ser o maior ditador com medidas corporativistas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O pobre Porfírio ou a história de um carro mandão

Porfírio Maria, 52 anos, ex-cortador de carnes, não tem carta nem soube escolher o carro. Uma manhã, estava o neto atrasado para ir para a creche e não resistiu...

Porfírio Maria. Não é por este nome que está sentado na sala de audiências, mas di-lo tão baixo que é como se pedisse desculpa pelo incómodo de se chamar assim: Porfírio Maria. Também não são as socas Crocs, de cor azul-bebé - bebé de mais para um homenzarrão destes - que o trazem aqui. A culpa é toda de um carro. Tivessem os homens tantas exigências a escolher um carro como a seleccionar uma mulher e nada disto teria acontecido. Um homem nunca devia ter estacionado à porta de casa um carro com características que não quer na esposa: possessivo, autoritário, mandão. Ou, visto de outro ponto de vista, um carro demasiado sexy. Como as mulheres sensuais, podem ser perigosos: piscam o olho e o caldo entorna-se.

(imagem colhida no blogdoprofessorhugo.com)


 Porfírio Maria, solteiro, 52 anos, cortador de carnes em tempos, porque agora já não lhe dão carne para cortar, deixou-se cair na armadilha num dia de Julho, às nove e picos da manhã. Foi apanhado ao volante do seu veículo ligeiro irresistível, sem habilitação legal para o conduzir.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Moody´s

Sorte!

domingo, 10 de julho de 2011

Nabos...

(JN)

sábado, 9 de julho de 2011

Lixo ou lixar?

Moody's

http://31daarmada.blogs.sapo.pt/5184468.html


(visto em 31 da Armada)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Orquestra Tesla



Esta orquestra, formada por cientistas da Case Western Reserve University, nos Estados Unidos,m utiliza um par de bobinas de Tesla. Uma corrente alternada é usada para gerar relâmpagos de cada bobina. Cada relâmpago tem uma certa frequência, que corresponde a uma nota musical tocada num teclado.

Texto de Carlos Fiolhais

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cortar sempre no Norte


(Manuel Serrão - JN)

 

Todos gostamos de um Governo que seja de "cortar a direito". Passos Coelho e o seu Governo recolheram a maioria dos votos populares seguramente pela intenção anunciada de "cortar a direito" na governação, sem olhar a quê ou a quem. Desde que a troika pôs os seus pés (apetece dizer garras...) em Portugal, sobraram poucas dúvidas do que iria acontecer. Do que precisávamos de fazer, fosse o Governo este ou outro: cortar a direito.

Cortar a direito, directamente nos bolsos dos cidadãos, é o que já nos anunciaram. Cortar a direito nos gastos do Estado, sempre à procura do prometido menos Estado, melhor Estado, é o que todos continuamos com esperança de ver acontecer, mais dia, menos dia.

Como já aqui referi, para esta intrincada missão de "cortar a direito", Passos Coelho (e Paulo Portas...) escolheram muita gente nova, supostamente sem vícios nem preconceitos, prontos para executar a tarefa apenas com os critérios de competência e rigor.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sei de um ninho...

Elias, o sem-abrigo (JN)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pénalti !!!!



Mas a senhora árbitra não marcou...

domingo, 3 de julho de 2011

Olha para o que escrevo e não para o que eu faço

Mário Nogueira disse, [ainda] na RTPN, que uma coisa é uma pessoa opinar sobre Educação em escritos, outra ser ME e colocar em prática as ideias contidas nos livros escritos.

Pois…

Eu também acho que uma coisa é uma pessoa opinar sobre os anseios dos professores em comunicados, outra ser professor com horário completo e testar na prática os conselhos contidos em tomadas de posição de gabinete.

(retirado de "A Educação do Meu Umbigo")

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pelo andar da carruagem

(JN-hoje)


Há um provérbio popular que, devidamente adaptado, se pode aplicar com proveito a governos: "Pelo andar da política fiscal se vê quem vai lá dentro". Porque, sendo a política fiscal um instrumento de redistribuição da riqueza e do rendimento, ela espelha, mais do que nenhuma outra, o rosto de uma governação.

Como se propõe um governo obter recursos?; como se propõe redistribui-los?, são questões cujas respostas dizem quase tudo o que quisermos saber sobre esse governo mas tivermos vergonha de perguntar.