sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mortos: quantidade e qualidade

Fausto Wolff (1940-2008)


(excerto)

Logo após a queda das Torres, pediu-se um minuto de silêncio pelos mortos por terroristas, que ainda não se sabe quem são. Na ocasião, pedi 13 minutos de silêncio pelos 130 mil iraquianos assassinados em 1991, por ordem de Bush pai; 20 minutos para 200 mil iranianos mortos pelos iraquianos, com armas e dinheiro americano; 15 minutos pelos 150 mil do Afeganistão mortos pelos talibãs, com dinheiro americano; 12 minutos pelos 120 mil japoneses mortos pelos americanos em Hiroshima e Nagasaki. Você já está em silêncio há uma hora. Faça mais uma hora de silêncio pelos vietnamitas mortos pelos americanos. Finalmente, chore pelas mortes que os Estados Unidos causam todos os dias nos países atingidos por sua política expansionista.



O protesto da profecia e a tolerância do dissenso - Marcelo Barros *



Quarta-feira, 1 de Novembro de 2006

(excerto)

Durante este mês de outubro, a humanidade foi profundamente ferida pela aprovação de novas leis norte-americanas que autorizam torturas e prisões clandestinas, de há muito postas em prática pelo governo Bush. A política norte-americana no Iraque continua matando soldados e civis em nome dos seus interesses económicos e políticos. Enquanto o governo Bush declara que, do início da guerra do Iraque em Março de 2003 até hoje, foram mortas mais ou menos 30 mil pessoas, um estudo da "Blomberg School of Public Health", coordenado por médicos da Universidade de Baltimore e publicado pela revista The Lancet, denuncia que, de fato, do início da invasão até agora foram mortos pelos americanos e seus aliados 655 mil iraquianos (Cf. Internazionale, 20 a 26/10/2006, p. 5). Somente de Junho ao final de Agosto deste ano, o Instituto Médico Legal de Bagdad registou a entrada de 4881 cadáveres de civis, vítimas de ataques na capital (Cf. Le Monde Diplomatique, octobre 2006, p. 5).

* Monge beneditino (n. 1944) e autor de 26 livros, entre eles O espírito vem pelas águas

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