Sócrates parece estar obcecado com aquilo que, por facilidade de linguagem, se costuma chamar “Avaliação de Professores”, e tem feito disso finca-pé mesmo que tecnicamente alguém lhe deva ter explicado, inúmeras vezes, o enorme embuste que isso é.
Mas também as “Novas Oportunidades” são um enorme embuste e “isso agora não interessa nada”, pois sabe (e estou a ser benevolente, ele talvez não saiba, quem o aconselha talvez sim – de qualquer modo são práticas do “senso comum” a que se chega por “intuição”) que desde a Sofística, que o seu antigo e só nisso, homónimo, morreu por combater, a Maquiavel e a Goebbels, passando por Salazar, que “em política o que parece é”.
Está, aliás, nesta “missão” bem acolitado por toda a turbamulta dos “opinion makers” – da laicidade etílica ao incensório de sacristia. Esta gente já, também, entendeu que o “busílis” da questão, mais do que essencialmente financeiro, é de Poder, é de “pôr essa gentalha (os profs – servindo de “boi de piranha”) – de vez na ordem”, é vexar, apoucar, amedrontar, para esvaziar toda e qualquer réstea de autonomia e encenar a “guerra às corporações”.
Por isso, nunca deixarão de agradecer a Sócrates e a Lurdes Rodrigues terem aberto o caminho e nunca desperdiçarão o “trabalho”, entretanto, feito.
Sócrates acusa a oposição, sobretudo o PSD, de “eleitoralismo”, por ter votado a suspensão do actual modelo de (Pseudo) “Avaliação de Professores” – mas mesmo dando de barato, que essa deliberação foi tomada de boa-fé, o que, neste jogo de sombras, não é líquido tantos os alçapões legislativos deixados em aberto, não sei de quem será a maior colheita eleitoral, se de quem apostou na suspensão, ou na sua miragem, ou de quem se obstina em continuar com o absurdo desse faz que faz, que com o diz que disse, é parelha timbre desta “democracia para lamentar”.
Enfim, Sócrates mesmo com o “mundo a cair” e à beira da total rotura financeira para que contribuiu activamente, faz “cavalo de batalha” da chamada “Avaliação de Professores”, faz disso o seu “ponto de honra”.
Só noto uma ligeira incongruência:
É que para fazer pontos de honra é preciso ter honra!!!
António José Carvalho Ferreira
(texto retirado do blogue "A Educação do Meu Umbigo")
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