quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desabafo do Octávio Gonçalves

Como não resisto ao impulso e à atracção das questões, permitam-me que conclua este texto-desabafo com quatro perguntas muito despretensiosas e relativamente às quais nem sequer nutro a expectativa de resposta:


1. Nunca votei ou votaria em Sócrates e, no entanto, fui roubado em 150 euros mensais do rendimento do meu trabalho para suportar as consequências de políticas desastrosas que nunca aprovei ou defendi. Vossas Excelências que, certamente, votaram em Sócrates e andaram anos a fio a pôr as mãos por debaixo do rabo destas políticas (continua a cheirar-vos bem o que escreveram?), podiam dizer-nos qual é o montante do vosso sacrifício e do vosso contributo mensal para pagar os custos desta aventura irresponsável de Sócrates?

2. Sentem-se confortáveis como jornalistas, que são ou foram, no papel de censuradores de quem questiona e de quem procura conhecer as realidades em todas as suas dimensões? O vosso jornalismo é mais de causas e de encomendas?

3. Não consideram que seja obrigação estrita de um Governo fornecer toda a informação às instituições e aos partidos da oposição ou preferem as mentiras e o dito por não dito que tem caracterizado a chegada dos partidos à governação do país, sem o conhecimento prévio da real situação do Estado?

4. Defendem, porventura, para a governação do Estado, a mesma ligeireza e arbitrariedade de actuação como aquela que tem sido a pedra de toque de Vossas Excelências, sempre que se referem, em estado de ignorância absoluta, à avaliação dos professores?



No passado, havia fogueiras e dispositivos de tortura para aqueles que ousavam perguntar. Agora, parece que existem os "jornalistas" Helena Garrido, Nicolau Santos e Costa Pinto para atacar, imbecilmente, quem coloca questões. Apesar de tudo, sempre é um salto civilizacional.

Parece que Kadhafi e Mubarak também não apreciavam/apreciam questões.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este blogue é gerido por Zé da Silva.
A partilha de ideias é bem vinda, mesmo que sejam muito diferentes das minhas. Má educação é que não.