domingo, 14 de novembro de 2010

Um homem de convicções alheias

(Alberto Gonçalves - DN)

Se perguntam a Manuel Alegre pelo Orçamento, ele responde que o grave é que Cavaco Silva não se pronuncie a respeito.

Se perguntam a Manuel Alegre pelos juros da dívida pública, ele responde que o grave é que Cavaco Silva não tome uma posição.

Se perguntam a Manuel Alegre pelas horas, ele responde que o grave é Cavaco Silva não usar relógio a pilhas.




O grave, digo eu, é semelhante deserto opinativo ser candidato à presidência da República. É verdade que, numa rara aceitação dos seus limites, ele já avisou que um mandato basta para fazer o que quer. Acho que bastaria um dia.



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