(JN)
José Sócrates mentiu-nos, mais uma vez. É a principal conclusão que se retira desta novela negocial em torno do Orçamento. Uma acusação leviana? Sugiro um esforço de memória. Recordo, em particular, uma das frases lapidares com que o primeiro-ministro justificou o ataque fiscal aos portugueses, a 29 de Setembro passado, no final da reunião do Conselho de Ministros: "São medidas que só se tomam quando não há alternativa". Continuando, Sócrates acabara de anunciar medidas como a taxa de IVA nos 23%; corte de 5% nos salários dos funcionários públicos; congelamento de pensões; fim do abono de família; aumento encapotado do IRS, penalizando as deduções fiscais.
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