sábado, 20 de novembro de 2010
É tão chato haver coisas complicadas
O mundo era mais simples se tudo fosse mais simples não é? Se a simplicidade fosse a regra e a complexidade abolida.
Na página 28 do Expresso dá-se conta de um estudo que demonstra como os alunos portugueses falham bastante quando as palavras são acentuadas e quando os grafemas se afastam dos fonemas, como resultado da evolução da linguagem escrita e do seu afastamento da mera oralidade.
E isto é lamentado por um especialista, que fez o estudo e que denuncia os “caprichos” linguísticos que “dificultam a vida aos alunos”.
Realmente é uma chatice… Isto deveria evoluir tudo mas as msgs de sms e pco +. Pk s pcebe na mm e n da tanta xatice ao ppl.
E que tal se em História suprimíssemos todas partes mais complicadas, como aquela dos séculos minguarem até Cristo e crescerem depois? E se deixássemos de nos aborrecer com as tricas que levaram à independência de Portugal (contava-se que um dia tinha aparecido um rei formado ao domingo e que tinha criado o país, mandando a mãe às compras), limitavam-se os descobrimentos ao Brasil e aos PALOP para não ter de complicar as coisas, aboliam-se as guerras liberais por serem confusas e, por proposta do Rui Ramos e do Nogueira Pinto, fazia-se ligação directa entre a Monarquia e o Estado Novo. Certamente complicaria menos a vida aos alunos.
E em Matemática? Para quê complicar se a vida se a maioria vive com as quatro operações aritméticas básicas e umas quantas formas geométricas? Os sólidos ainda vá… mas equações? E, vai de retro, inequações? E probabilidades?
E em Ciências? Vamo-nos aborrecer com a classificação dos minerais e vegetais porquê? Porque não ficamos nos tempos pré-Lineu? Porque não chamamos pedras e metais a todos os minerais? Não é verdade? E a Geologia (ou a Geomorfologia, já agora), a quem interessa(m), se nem a(s) estudam para fazer o metro chegar ao Terreiro do Paço?
E muito se poderia fazer neste campo, aligeirando programas e currículos, no sentido de promover o Sucesso?
Quem nos manda querer que as crianças e jovens aprendam o que se foi descobrindo e sabendo ao longo dos últimos milhares de anos?
Não poderíamos ficar ali pelo Aristóteles, com a terra no centro do Mundo? E não é o Criacionismo uma teoria bem mais fácil de entender do que as darwinices? E até ficava tudo mais fácil em matéria de manual, porque existiria um único com tiragem comprovada e certamente poupança por existirem exemplares a passar entre gerações?
É que realmente esta coisa estranha de se ter de perceber que sucessão se escreve de uma forma e açucena de outra tem muito que se lhe diga (são os exemplos que aparecem no texto) e o especialista de serviço – Óscar Sousa, da Universidade Lusófona – tem toda a razão: isto é uma enorme complicação… e não é justo…
(Paulo Guinote)
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