Jorge Fiel - (DN)
A minha expectativa sobre o contributo para a nossa felicidade das presidenciais de domingo é absolutamente idêntica à que tenho relativamente ao relatório da Comissão Stiglitz. É zero!
A base da criação Stiglitz até é inteligente. O exemplo do engarrafamento, que faz crescer o produto ao aumentar o consumo de gasolina, chega para demonstrar aos mais distraídos que o PIB não é mais o indicador adequado para medir o progresso de uma sociedade, pois na sua cega avaliação numérica não contabiliza os perniciosos efeitos secundários do trânsito entupido: os atentados ao ambiente (poluição do ar) e ao bem-estar do automobilista, bem como o desperdício de tempo, recursos e paciência.
Há dois anos, por sugestão de Sarkozy, foi cometida a dois laureados com o Prémio Nobel (Joseph Stiglitz e Amartya Sen) a tarefa de elaborarem uma ciência de felicidade.
A felicidade tem sido bastante estudada pelos académicos, muitos deles norte-americanos, o que se compreende depois de Thomas Jefferson ter escrito na declaração de Independência dos EUA que a busca de felicidade é um dos direitos inalienáveis dos cidadãos.
Fujo a sete pés das pessoas avinagradas, de rosto amargo e ar de terem crescido no interior de um frasco de pickles, pois acredito que a felicidade é contagiosa, como defende Nicholas Christakis, investigador de Harvard.
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