(Carlos Abreu Amorim - JN)
Quando Portugal passar a ser governado de facto por entidades estrangeiras - última esperança de não nos tornarmos num lugar com carências de Terceiro Mundo -, ou seja, após a entrada do Fundo Europeu de Estabilidade (FEE) e do FMI, seria bom que não desconversássemos, arte em que somos peritos, e que assumíssemos de uma vez que se trata de um resultado que a nossa ineptidão como país prenuncia e apronta há muito tempo. E que os culpados têm rostos e têm nomes: são todos os presidentes da República, todos os primeiros-ministros, os ministros e os demais titulares de cargos políticos que tiveram altas responsabilidades de decisão nos últimos 25 anos e que tão mal agiram por acção ou por omissão. Quem nos condenou aos tempos difíceis que estão iminentes foram os políticos que nos desgovernaram. E nós, que os escolhemos e que reincidimos nessas trágicas opções por diversas vezes, mesmo depois de a incompetência de quem nos tem dirigido ter sido comprovada até ao ponto de não retorno.
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