sábado, 11 de abril de 2015

O que diz Nóvoa





O que diz Nóvoa
Foto: Marcos Borga
A decisão sobre a candidatura será tomada depois do 25 de Abril porque, segundo disse à VISÃO, "não quero cavalgar datas que não são minhas". Reunido com 7 a 8 pessoas da sua confiança, o ex-reitor da Universidade de Lisboa continuará a ponderar nos próximos dias. Mas, garante, "se avançarem outros com um projeto de mudança, não vou atrapalhar".
Certo é que os últimos dias têm sido de grande azáfama pública, com António Nóvoa a aparecer em várias cerimónias em que o secretário-geral do PS, António Costa, estava presente. Isto apesar de a posição do partido em relação à possível candidatura de Nóvoa estar longe de ser pacífica. De Mário Soares chegou já apoio, mas são muitas as críticas. As mais ferozes vieram do secretário nacional dos socialistas, Sérgio Sousa Pinto: "Sublime virgindade de, em 60 anos, nunca se ter metido em partidos, de que fugiu como do tifo."
[Apetece-me dizer sobre Sérgio Sousa Pinto: "Sublime estupidez intelectual de quem, tendo 43 anos, pensa que ainda é virgem de ideias e remete a única felicidade política para o interior dos partidos].
Enquanto esperamos para ver se a "virgindade" será virtude, fica uma seleção de dizeres para conhecer o pensamento do quase candidato à presidência.
Política e políticos
"Não quero nada da tralha que vem com os cargos. A política deve ser o lugar da criação de futuros, da confiança. E isso está a correr mal. Vi este Governo com grande expectativa inicial e depois de não acertarem uma única previsão, comecei a ver uma incompetência total."
      • Em entrevista à VISÃO, a 23 de Maio de 2013.

"Quando temos disponibilidade para um cargo público, temos de assumir que vamos ter prejuízo, perder dinheiro."
"Não é sério dizermos que somos candidatos em outubro para umas eleições que acontecem dois meses depois."
      • Em entrevista ao 'Jornal de Notícias', 4 de Abril de 2015.


Esquerda, Direita e compromissos políticos
"Não quero perder Portugal, nem por silêncio nem por renúncia. Venho dizer-vos presente. Precisamos de coragem de reunir, de reagrupar todas as energias da mudança, dentro e fora dos partidos. Sempre a partir ?da liberdade de Abril, que não é vazia, ?que é compromisso, justiça social."
      • No discurso no XX Congresso do PS, a 29 de Novembro de 2014.
"Qualquer gesto da minha parte tem de unir."
"Vamos precisar que todas as pessoas, ?na social-democracia, no socialismo, ?nos movimentos sociais, se unam."
      • Em entrevista ao 'Jornal de Notícias', 4 de Abril de 2015.
Constituição
"Nestes últimos anos, a Constituição revelou--se decisiva na defesa dos portugueses e do Estado Social. Não é esta a melhor altura para a rever."
      •   Em entrevista ao 'Jornal de Notícias', a 4 de Abril de 2015.

Crise e Estado Social
"A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos. Penso nos outros, logo existo (José Gomes Ferreira). É o compromisso com os outros, com o bem de todos, que nos torna humanos. Começa a haver demasiados 'portugais' dentro de Portugal. Começa a haver demasiadas desigualdades. E uma sociedade fragmentada é facilmente vencida pelo medo e pela radicalização. Gostaria de recordar o célebre discurso de Franklin D. Roosevelt, proferido num tempo ainda mais difícil do que o nosso, em 1941. A democracia funda-se em coisas básicas e simples: igualdade de oportunidades; emprego para os que podem trabalhar; segurança para os que dela necessitam; fim dos privilégios para poucos; preservação das liberdades para todos."
      • No discurso como Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, ?no dia 10 de Junho de 2012.
"Vivemos durante muito tempo o tempo da gestão, da tecnocracia. Agora vamos viver um tempo de política, que nos permita encontrar soluções para controlar o financismo que continua à solta."
      • Em. entrevista ao 'Jornal de Notícias', a 4 de Abril de 2015
Educação
"É tempo de dizer não! Não à degradação da escola pública. Não à menorização dos professores. Não a um país sem futuro. Reforçar a escola pública é criar capacidade para produzir cultura, para produzir investigação científica e tecnológica própria, para diminuir a nossa dependência. Num país com tão grandes fragilidades, o nosso principal cimento é a escola, a escola pública, a escola pública para todos."
      • Na sessão de abertura do 11.º Congresso Nacional dos Professores (Fenprof), a 3 de Maio de 2013.
Ciência
"O pior discurso que houve em Portugal foi o de que não éramos feitos para o conhecimento, nem para a ciência, nem para a escola. Não há futuro sem ciência. Abdicar disto é abdicar da soberania. Vivemos hoje a terceira grande revolução da História da Humanidade (depois do livro e da imprensa), uma revolução a transformar profundamente as universidades, que não estão a ser capazes de encontrar as soluções. Estamos ainda no início desta revolução. A universidade mudará mais nos próximos 30 anos do que nos anteriores 300."
      • Sobre o tema 'A Unidade da Ciências', nas Novas Conferências do Casino, em 31 de janeiro de 2015.
"Em Lisboa, na célebre Conferência do Casino (1871), Antero disse o essencial: ?A Europa culta engrandeceu-se, nobilitou-se, subiu sobretudo pela ciência: foi sobretudo pela falta de ciência que nós descemos, que nos degradámos, que nos anulámos."
      • No discurso como Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no dia 10 de junho de 2012


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