quinta-feira, 30 de abril de 2015
Frases do Sampaio (o da Nóvoa)
FRASES (especial Sampaio da Nóvoa)
(retirado do Expresso Online)
“Não foi fácil a decisão de me candidatar” (para a família)
“Não venho para deixar tudo na mesma” (para outros descontentes)
“Não serei um espetador impávido da degradação da nossa vida pública” (para Cavaco Silva)
“Um Presidente pode fazer a diferença” (idem)
“Não me resignarei perante a destruição do Estado Social” (aspas aspas)
“Chegou o tempo de acordar e despertar” (para os adormecidos)
“O que falta a Portugal? Um projeto de mudança” (para os aborrecidos)
“Unir os portugueses e criar pactos para o futuro” (para os desunidos)
“(Portugal) tem tudo para ser um país de referência no século XXI” (para o diretor da Monocle. E para o secretário de Estado do Turismo)
“Não podemos perder o país que conseguimos levantar nas últimas décadas, nem por silêncio, nem renúncia” (para a comunidade de fãs dos Silence 4)
“(Darei) especial atenção às Forças Armadas, militares e antigos combatentes” (para a comunidade castrense)
“(A minha campanha terá) uma grande contenção de custos e enorme transparência de contas” (para a comunidade de fãs de Vítor Gaspar)
“Nas últimas décadas, os portugueses criaram condições como nunca tiveram nas suas vidas em tantos domínios. Não deixemos que tudo isto voe para trás. Podemos preparar-nos” (para a comunidade académica e científica, aprés Mariano Gago)
“Que não se feche na Europa, que se abra ao mundo e em particular à língua portuguesa" (para a comunidade da Lusofonia. Inclui Guiné-Equatorial?)
“Não podemos continuar à espera que nos salvem” (para chatear a comunidade católica, mais a messiânica e sebastianista)
“Peço a todos que se elevem acima da mediocridade e não esmoreçam perante as dificuldades” (para todos os estrangeiros
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
3 poemas a propósito do 25 de Abril
1-
Pranto pelo Dia de
Hoje
(Sophia de Mello
Breyner Andersen)
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que nem podem sequer ser bem
descritas.
2-
Letra para um
hino
(Manuel Alegre)
É possível falar sem um nó na
garganta
É possível amar sem que venham
proibir
É possível correr sem que seja a
fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo:
canta.
É possível andar sem olhar para o
chão
É possível viver sem que seja de
rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os
astros.
Se te apetecer dizer não grita comigo:
Não.
É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua
mão.
É possível o amor. É possível o
pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te
domem.
É possível viver sem fingir que se
vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre
livre.
3-
Cantiga de
Abril
(Jorge de Sena)
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Quase, quase cinquenta anos
reinaram neste país,
a conta de tantos danos,
de tantos crimes e enganos,
chegava até à raiz.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Tantos morreram sem ver
o dia do despertar!
Tantos sem poder saber
com que letras escrever
com que palavras gritar!
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Essa paz do cemitério
toda prisão ou censura,
e o poder feito galdério,
sem limite e sem cautério,
todo embófia e sinecura.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando o ar puro.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Essas guerras de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por política demente.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Esse perder-se no mundo
o nome de Portugal,
essa amargura sem fundo,
só miséria sem segundo,
só desespero fatal.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios de ciganos,
entre mentira e maldade.
Qual a cor da
liberdade?
É verde, verde e
vermelha.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
quarta-feira, 22 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
domingo, 19 de abril de 2015
História social da "cunha"
OPINIÃO
A origem das “cunhas” cobre todas as classes sociais e todas as áreas da
sociedade.
Nos espólios que tenho
organizado relativos ao século XX português há uma constante que os atravessa a
todos, sejam de que natureza for, que é a presença maciça de “cunhas”. Literalmente milhares de “cunhas”, que aumentam
quanto mais poderosas forem as funções daquele a quem se pede um favor.
Mas esta regra não é assim tão evidente,
visto que há também muitas centenas de “cunhas” para pessoas que não tendo
altas funções na burocracia do Estado estão colocados numa situação estratégica
para concederem favores pessoais de emprego e de carreira. Dada a natureza dos
espólios em que tenho trabalhado, a maioria das “cunhas” exerce-se em relação
ao Estado e aos seus corpos e, depois do 25 de Abril, aos partidos políticos ou
por via dos partidos políticos tendo também como destinatário o Estado. Os
partidos políticos tornaram-se com o tempo e a democracia o lugar da “cunha”,
com maior ênfase para os que acedem ao poder político central, mas também com
grande dimensão ao nível autárquico.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Na Alemanha, não há corte nas pensões.
Na Alemanha, não há corte
nas pensões.
(recebido e reenviado como tal: não foi verificada
a autenticidade, mas… )
O Sr. Passos —
discípulo submisso da D. Merkel — isto não vê, nem refere. Está sempre a fazer
comparações com a Europa e em especial a Alemanha e desrespeita tanto o nosso Tribunal
Constitucional.
O Tribunal Constitucional alemão
equiparou as pensões à propriedade, pelos que os governos não podem alterá-las
retroactivamente.
A Constituição alemã, aprovada em 1949, não tem qualquer
referência aos direitos sociais, pelo que os juízes acabaram por integrá-los na
figura jurídica do direito à propriedade.
A tese alemã considera que o direito
à pensão e ao seu montante são idênticos a uma propriedade privada que foi
construída ao longo dos anos pela entrega ao Estado de valores que depois têm
direito a receber quando se reformam.
Como tal, não se trata de um subsídio nem
de uma benesse, e se o Estado quiser reduzir ou eliminar este direito está a
restringir o direito à propriedade. Este entendimento acabou por ser acolhido
pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
maior formação escolar = maior participação democrática ?
Às duas
da tarde, a sala de seminários enche-se com 20 jovens investigadores,
estudantes de mestrado e professores da Nova
School of Business and Economics, sentados à volta de uma mesa em
Campolide, em Lisboa. Horacio Larreguy,
hispano-argentino, professor assistente do departamento de governo da
Universidade de Harvard, nos EUA, liga o seu computador ao projetor e começa a
falar do seu mais recente trabalho: “Se a
educação aumenta as capacidades de pensamento crítico, a consciência política e
o apoio à democracia, os cidadãos mais instruídos, com maior nível de formação
escolar, podem ser levados a pensar, em certos casos, que a sua participação é
fútil ou legitima regimes autocráticos.”
Toda a
literatura apontava para o efeito contrário, explica Larreguy ao PÚBLICO, já
depois de ter passado pelo crivo da arguição, céptica, dos seus pares
portugueses, no seminário organizado pelo centro Novafrica. “Julgamos que nas transições democráticas as coisas são complementares: o
bem-estar económico e a educação levam à participação política. Que com algum
desenvolvimento, as coisas chegam. O que este trabalho demonstra é que há
alguma complexidade nisso. Não digo que isso não seja assim, de todo, mas há
casos em que não se passa assim.”
[…]
Mas
responde com Espanha. “O meu feeling diz-me
que é de esperar que haja um nível elevado de desilusão entre os jovens mais
qualificados. É o que se passa em Espanha, com o Podemos. São pessoas educadas,
académicos, e estão a acarinhar esse preciso descontentamento. É natural, e
isso vê-se, que a juventude esteja desencantada e com uma participação política
menor em muitos países europeus. O que aconteceria àqueles eleitores espanhóis
se não existisse o Podemos? Talvez se abstivessem. Mas estou a falar fora da
minha zona de conforto…”
[…]
“quanto menos meios de
comunicação tivermos a denunciar escândalos de corrupção antes das eleições,
menor será a probabilidade de os políticos corruptos serem penalizados nas
urnas”.
A
pergunta seguinte é óbvia: os meios de comunicação social ajudam a prevenir a
corrupção? Larreguy não dá logo uma resposta directa, mas assume, ao fim de
alguns segundos, que “sim”. “Se os
políticos antecipam que existe uma possibilidade de os cidadãos virem a
conhecer pelos media um escândalo de corrupção, têm mais probabilidade de não
se envolver nesses esquemas. Ou seja, há estudos que o demonstram, a mera
hipótese de virem a ser revelados os escândalos faz com que os políticos temam
aceitar subornos.”
Será
nesse frágil terreno que várias democracias europeias estarão em jogo, nos
próximos tempos. Com o espectro de uma abstenção significativa, e com a sombra
de uma alta perceção da corrupção, o “alheamento
deliberado” pode
vir a revelar-se uma explicação mais próxima geograficamente do que deixa
antever o caso sul-africano debatido na Universidade
Nova.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
De volta ao faroeste
NOTA PRÉVIA:
Sou fundamentalista - sempre e muito ferozmente contra a aplicação da pena
de morte. E há muito que não me interessa argumentar mais.
Zé da Silva
Zé da Silva
De volta ao faroeste
João Dias Miguel (artigo
publicado na VISÃO 1152, de 2 de abril)
Com as companhias europeias a recusarem-se a fornecer
drogas aos estados executores da pena de morte, o Utah, o Wyoming e a Virgínia
ponderam o regresso dos esquadrões de fuzilamento, da cadeira elétrica e da
câmara de gás.
A
câmara de fuzilamento da prisão de Draper, perto de Salt Lake City, no Utah,
foi utilizada pela última vez em 2010
Foto: Reuters
É irónico que o slogan de uma das maiores companhias
do mundo, símbolo do "sonho" voluntarista e do poder global
norte-americano - o "Just do it",
da Nike - se tenha baseado nas palavras de um condenado à morte.
"Let's do it", disse Garry Gilmore, quando, frente a um quinteto de fuzilamento, em 1978, lhe deram dois minutos para as suas últimas palavras - assim inspirando o publicitário Lan Wieden a criar o famoso mote.
"Let's do it", disse Garry Gilmore, quando, frente a um quinteto de fuzilamento, em 1978, lhe deram dois minutos para as suas últimas palavras - assim inspirando o publicitário Lan Wieden a criar o famoso mote.
Gilmore foi o primeiro condenado à morte depois de uma
moratória de facto ter sido imposta pelos tribunais norte-americanos, durante
dez anos até 1976. Discutiam os doutos senhores das leis exatamente o que
constituía, ou não, um "castigo
cruel e raro" - proibido pela oitava emenda à Constituição dos EUA.
Quando o Supremo Tribunal de Justiça norte-americano se decidiu pela manutenção
do castigo capital, Gilmore foi morto numa antiga fábrica de conservas da
prisão do Estado do Utah, no deserto.
Pouco depois, em 1982, o Texas torna-se o primeiro
estado a executar alguém recorrendo ao mais "humano" método da morte 'medicalizada'
- "limpa", "segura" - através da administração
de três drogas: um anestésico, um paralisante e uma droga que para a pulsação.
E, em 2000, praticamente todos os 32 Estados que ainda
aplicam hoje este castigo tinham banido as execuções a tiro, pelo menos
enquanto primeira opção.
Mas, na semana passada, o Utah aprovou o regresso dos
fuzilamentos, enquanto outros estados ponderam trazer de volta a cadeira
elétrica e a câmara de gás. O motivo?
A escassez:
primeiro foi a Hospira, companhia do
Illinois que produzia o tiopental, uma das drogas usadas, que, sob pressão, anunciou
que a deixaria de fabricar. Muitos estados viram-se assim para a Europa,
adquirindo antes uma droga chamada pentobarbital. Mas a Lundebeck, a companhia dinamarquesa que a fabrica, protestou
contra o seu uso em execuções - e também deixou de a vender para os EUA.
Assim, os executores voltaram-se para outro tipo de
drogas, não verificadas pela FDA (Food
and Drug Administration), ao mesmo tempo que legislavam para que pudessem
esconder a origem - duvidosa - dos fornecedores dos venenos. E, neste processo,
várias das execuções realizadas proporcionaram verdadeiros filmes de terror:
-Dennis McGuire,
que confessou a violação e morte de uma jovem recém-casada, em 1989, demorou 25
minutos a morrer, em janeiro de 2014.
-E houve vários casos semelhantes: no episódio mais
famoso, em 2009, Rommel Broom esteve
duas horas em sofrimento antes do governador do Ohio, Ted Strickland,
interromper a execução (continua, no
entanto, no corredor da morte).
Demasiados erros
Agora, o Texas, o Ohio, o Utah, e outros estão prestes
a esgotar as suas reservas de pentobarbital, levando-os a aprovar legislação
que faz regressar os métodos mais antigos e "bárbaros" de matar: a câmara
de gás pode estar de regresso ao Wyoming, a cadeira elétrica à
Virgínia. O que por sua vez, põe a questão da pena de morte na ordem do dia,
numa altura em que as sondagens mostram que o apoio à pena de morte na América
está no seu ponto mais baixo das últimas décadas: apenas 60% da população,
quando, em 1994, eram 80% (isto segundo a
Gallup, que afere este apoio desde 1972).
Enquanto os americanos repensam o castigo capital,
segundo o relatório anual da Amnistia Internacional sobre a Pena de Morte, ele
caminha a bom ritmo para o desaparecimento - mesmo nos EUA, o número de
execuções efetivas tornou a baixar (de 39 para 35). De resto, o relatório
continua a apontar que o país que, na Europa, se pode comparar à América (enquanto únicos países renitentes no seu
respetivo continente) é a... Bielorrússia, também conhecida como a última ditadura estalinista
da Europa.
As razões para a mudança na opinião que os
norte-americanos têm sobre a pena de morte são essencialmente práticas: nos
últimos anos, os testes de DNA vieram pôr em causa o próprio sistema de
justiça, ilibando quase duas dezenas de pessoas, em 151 casos conhecidos em que se
provou, ainda em vida, que o condenado à morte estava inocente.
Um dos últimos casos foi o de Kwame Ajamu (antes Ronnie Bridge) do seu irmão, Wiley Brigde e de Ricky Jackson, de 17, 20 e 19 anos, respetivamente, negros que
foram falsamente acusados de matarem um homem branco, em 1975, e passaram 39
anos na prisão (um recorde), à espera de serem assassinados a qualquer altura (pelo Estado ou pela população prisional).
Foram todos libertados no final de 2014, depois da única testemunha - Eddie
Vernon, que estava a morrer - se ter arrependido de ter entrado no "jogo
de mentiras" das autoridades de Cleveland, Ohio, e ter feito a confissão
de última hora.
Uma justiça racista
Casos como o de Brigdeman provam que, vista da
perspetiva do seu sistema de justiça, a América, "Land of the free",
é tudo menos livre. De facto, os EUA têm 2,3 milhões de presos, quase tantos
como a Rússia e a China, duas campeãs do desrespeito dos direitos humanos, juntas.
Quando se compara a importância relativa da população prisional per capita verifica-se que os EUA têm
dez vezes mais presos do que as sociedades democráticas europeias da França,
Reino Unido e Alemanha - que juntos têm sensivelmente a mesma população. São
751 detidos por cada cem mil habitantes, que comparados, por exemplo, com os
151 da Espanha ou os 63 do Japão, ficam muito mal na fotografia.
Os negros são parte altamente desproporcionada dos detidos na
América (quase 50% dos presos são negros,
mas eles representam apenas 14% da população). Isto, num sistema em que o
lobby privado que se encarrega da gestão das prisões tem conseguido fazer
passar, a nível estadual, legislação que acaba com as reduções de penas por bom
comportamento, reduz a aplicação das circunstâncias atenuantes e alarga o
espetro dos crimes passíveis de cadeia.
Mais: a
pena capital, nos EUA, é aplicada de forma que, estatisticamente falando, se
prova racista e preconceituosa: as probabilidades de se ser condenado à morte
por se matar um branco são inúmeras vezes superiores às de se receber esse
mesmo castigo por matar um negro. Mas, de certa forma, ainda bem que o
Utah quer de novo o esquadrão de fuzilamento ou o Wyoming a câmara de gás. Como
diz Rene Denfeld, cuja profissão é a de investigar a credibilidade das provas
em casos de pena de morte: "O mito da execução 'humana' começou com as
injeções letais. Agora, o Utah tornou a sacar as armas e as execuções passaram
a ser reais outra vez. Isso significa que podemos voltar a discuti-las."
O que diz Nóvoa
A decisão sobre a candidatura será tomada depois do 25 de Abril porque, segundo disse à VISÃO, "não quero cavalgar datas que não são minhas". Reunido com 7 a 8 pessoas da sua confiança, o ex-reitor da Universidade de Lisboa continuará a ponderar nos próximos dias. Mas, garante, "se avançarem outros com um projeto de mudança, não vou atrapalhar".
Certo é que os últimos dias têm sido de grande azáfama pública, com António Nóvoa a aparecer em várias cerimónias em que o secretário-geral do PS, António Costa, estava presente. Isto apesar de a posição do partido em relação à possível candidatura de Nóvoa estar longe de ser pacífica. De Mário Soares chegou já apoio, mas são muitas as críticas. As mais ferozes vieram do secretário nacional dos socialistas, Sérgio Sousa Pinto: "Sublime virgindade de, em 60 anos, nunca se ter metido em partidos, de que fugiu como do tifo."
[Apetece-me dizer sobre Sérgio Sousa Pinto: "Sublime estupidez intelectual de quem, tendo 43 anos, pensa que ainda é virgem de ideias e remete a única felicidade política para o interior dos partidos].
Enquanto esperamos para ver se a "virgindade" será virtude, fica uma seleção de dizeres para conhecer o pensamento do quase candidato à presidência.
Política e políticos
"Não quero nada da tralha que vem com os cargos. A política deve ser o lugar da criação de futuros, da confiança. E isso está a correr mal. Vi este Governo com grande expectativa inicial e depois de não acertarem uma única previsão, comecei a ver uma incompetência total."
- Em entrevista à VISÃO, a 23 de Maio de 2013.
"Quando temos disponibilidade para um cargo público, temos de assumir que vamos ter prejuízo, perder dinheiro."
"Não é sério dizermos que somos candidatos em outubro para umas eleições que acontecem dois meses depois."
- Em entrevista ao 'Jornal de Notícias', 4 de Abril de 2015.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Esternocleidomastoideo
Começo a ficar farto dos sacanas que utilizam tudo para denegrir a imagem ou a vontade dos outros.
A possibilidade da candidatura de Sampaio da Nóvoa (de quem eu só conheço a sua ação e ideias na área da educação) originou já uma série de atiradores furtivos.
Agora é a de ter votado contra nas provas de agregação do falecido Saldanha Sanches.
Mas vejamos o que consta na wikipedia sobre Sampaio da Nóvoa:
A possibilidade da candidatura de Sampaio da Nóvoa (de quem eu só conheço a sua ação e ideias na área da educação) originou já uma série de atiradores furtivos.
Agora é a de ter votado contra nas provas de agregação do falecido Saldanha Sanches.
Mas vejamos o que consta na wikipedia sobre Sampaio da Nóvoa:
Doutor em Ciências da Educação (Universidade de Genebra) e em História (Universidade de Paris IV), tem-se dedicado a estudos de história da educação e de educação comparada. Professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, leccionou também em diversas universidades estrangeiras, nomeadamente Genebra, Paris V, Wisconsin,Oxford, Columbia (Nova Iorque) e Brasília. É autor de mais de 150 publicações (livros e artigos), publicados em 12 países. Entre 1996 e 1999 foi consultor para a Educação da Casa Civil do Presidente da República, Jorge Sampaio.
Sampaio da Nóvoa exerceu, entre maio de 2006 e julho de 2013, o cargo de reitor da Universidade de Lisboa. A 15 de Novembro de 2008, quando exercia o seu primeiro mandato, apresentou a demissão do cargo no contexto da reforma estatutária da Universidade de Lisboa, tendo sido reeleito a 12 de março de 2009, conforme os novos requisitos legalmente estabelecidos.
Em 2012 promoveu com o reitor da Universidade Técnica de Lisboa, António da Cruz Serra, a fusão de ambas as universidades, com o intuito assumido de obter a dimensão crítica para competir no mercado globalizado do ensino superior e da ciência. É reitor honorário da Universidade de Lisboa, desde fevereiro de 2014.
Organizou o Dia de Portugal em 10 de junho de 2012, tendo proferido um discurso em que expõe a sua visão sobre o país e as vias que se abrem.
Foi agraciado com a grã-cruz da Ordem da Instrução Pública a 4 de Outubro de 2005. É membro do Conselho das Ordens Honoríficas de Mérito Civil e académico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, na classe de Letras. Recebeu o Prémio Universidade de Coimbra 2014, no dia 1 de março de 2014, durante a sessão solene do 724.º aniversário da Universidade de Coimbra.
Entre 2013 e 2014 esteve em Brasília, numa missão internacional da UNESCO junto do Governo brasileiro e como Professor Visitante na Universidade de Brasília. É diretor da iniciativa Politicas Públicas ULisboa, desde setembro de 2014.
Aparece como potencial candidato a Presidente da República em 2016, agregando vários apoios à esquerda e, nomeadamente, do Partido Socialista.
Um pobre coitado como se leu
Convirá também ler o que o jornal "Público" publicou em 2007:
O fiscalista Saldanha Sanches resumiu a sua reprovação, anteontem, nas provas públicas a professor agregado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa a "um típico ajuste de contas" e faz um retrato ácido dos arguentes que o examinaram.
"Um deles, que tem teses bastante pitorescas em matéria fiscal, teve o cuidado de não discutir o meu currículo para tornar difícil o debate", referindo-se a Diogo Leite de Campos. Sobre Braga de Macedo, "o inventor do oásis" quando foi ministro das Finanças do Governo de Cavaco Silva, Saldanha Sanches considera que "o seu equilíbrio mental é bem conhecido pelo país". E quanto a Menezes Cordeiro, coloca-o na galeria de "um célebre civilista que publica alguns milhares de páginas por ano, embora não seja fácil encontrar ideias naquele volume de papel".
Confessando que foi com "meia surpresa" que recebeu o chumbo (seis votos contra e três a favor por escrutínio secreto de bolas pretas e bolas brancas), o professor não tenciona voltar a repetir as provas, apesar de o reitor o ter incitado a fazê-lo.
"Continuarei a dar aulas e a escrever sobre Direito Fiscal. Em vez de acabar como general, termino a carreira como coronel, o que não é grave", declarou.
"Um deles, que tem teses bastante pitorescas em matéria fiscal, teve o cuidado de não discutir o meu currículo para tornar difícil o debate", referindo-se a Diogo Leite de Campos. Sobre Braga de Macedo, "o inventor do oásis" quando foi ministro das Finanças do Governo de Cavaco Silva, Saldanha Sanches considera que "o seu equilíbrio mental é bem conhecido pelo país". E quanto a Menezes Cordeiro, coloca-o na galeria de "um célebre civilista que publica alguns milhares de páginas por ano, embora não seja fácil encontrar ideias naquele volume de papel".
Confessando que foi com "meia surpresa" que recebeu o chumbo (seis votos contra e três a favor por escrutínio secreto de bolas pretas e bolas brancas), o professor não tenciona voltar a repetir as provas, apesar de o reitor o ter incitado a fazê-lo.
"Continuarei a dar aulas e a escrever sobre Direito Fiscal. Em vez de acabar como general, termino a carreira como coronel, o que não é grave", declarou.
Saldanha Sanches não foi sequer avaliado por Sampaio da Nóvoa (eles até eram de áreas científicas diferentes!) e este só interviria se houvesse um empate (na situação era impossível, porque havia nove votantes). Aliás, a parte final do artigo do "Público" diz mesmo que o reitor (Sampaio da Nóvoa) tinha incitado Saldanha Sanches a repetir as provas.
Resumindo: é preciso eliminar da vida política os aldrabões e os intelectualmente desonestos que atuam no ideal de que em política vale tudo!.
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