sábado, 18 de setembro de 2010

Politicamente incorrecto?

De uma vez por todas: continuamos a assobiar para o lado e a fazer de conta que estes gajos do governo e do PS é que são bons?




Tolhe-se de medo nas escolas. Os directores, cheios de poder oferecido em troca de status e de beija-mão, são ou uns mais burros que se travestiram de pequenos directores, quais reitores de antigamente (os reitores que passaram por mim eram muito melhores que estes ditadoreszecos!...) ou uns que experimentaram o sabor do poder e gostaram ou, ainda, outros que, cheios de boa vontade, pensam poder educar nas suas escolas e mudar o mundo.



Só o medo é que não nos deixa falar. Foi montada uma teia diabólica nas escolas: não há democracia! Os directores são omnipoderosos! Os elementos intermédios, tipo coordenadores de departamento e de directores de turma, são escolhidos pelos directores e respondem apenas perante eles. Já não são representantes dos seus colegas professores, mas apenas representantes do director, melhor dizendo, agentes do director. O grau de liberdade do professor tende para zero. Quando uma ministra (sem qualquer qualificação para o ser, a não ser, porventura, o cartão partidário e o sorriso aventureiro) aponta, sem saber, coitada, por mal informada por qualquer das eventuais víboras que poluem o ministério da educação, para metas de sucesso estatístico estamos conversados.



Quando a ministra e o primeiro-ministro falam de sucesso, por má-fé, aldrabice política ou ignorância, falam apenas em passar de ano ou atingir o fim de um ciclo, não falam do SABER REALMENTE.



Não se iludam pais e sociedade em geral: os meninos podem passar de ano, mas são na sua maioria uns ignorantes. E os culpados não são os professores, nem sequer os ditadores, desculpem: os directores, yesmen das ordens ministeriais: são mesmo os políticos que, sem dúvida, quais salazares em miniatura, preferem o povo inculto e insubmisso ( e escusam as virgens habituais de chorar que este escriba devia ser queimado no cadafalso da Inquisição do largo do Rato ).



Aproveitemos a democracia, enquanto nos deixam tê-la, para dizer o que nos vai na alma.



Zé da Silva.

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