As mais altas figuras do Estado não vão participar nas cerimónias fúnebres de hoje.
Porque se não o admiravam em vida, não é depois de morto que devem aparecer no retrato.
Pode haver quem ache que é mesquinho, mas eu acho que é coerente. Afinal, na inversa, duvido que Saramago fosse a algum dos funerais destas personagens/personalidades.
Isto disse o Paulo Guinote, de que sou fiel seguidor sem rede social.
Descobri Saramago com o “Memorial do Convento”, absorto com o frasco das vontades de Blimunda e, talvez, porque o meu livro da 4ª classe tinha um desenho da “passarola”; eu, católico convicto, gostei de ler “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” e senti e vivi o ambiente do “Ensaio sobre a cegueira”. Depois cansei-me. Do escritor e do homem. Sem deixar de reconhecer as suas qualidades. Mais daquele do que deste.
Abominei o Sousa Lara quando o impediu de se candidatar a um prémio literário, mas não acuso (de quê?) Cavaco Silva de não ir ao funeral. Nisto estou com o Paulo Guinote.
Morreu José Saramago. E depois?
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