Excerto de um artigo de Rui Baptista no "De Rerum Natura":
[...] numa altura em que há um sistema de ensino que é tanto para jovens dotados de “massa cinzenta” como para mandriões com cabeças sem nada lá dentro.
Desta forma, sabendo ou não, todos os alunos passam de ano num sistema em que a massificação significa mediocratização, um sistema sem exames ou com exames que são uma fraude para os alunos aplicados ao mesmo tempo que são quebra-cabeças para os cábulas que nada sabem.
Uma passagem de olhos pelos enunciados dos exames de admissão aos liceus no ano de 1943 [...] demonstra que eram bem mais difíceis que os actuais exames do 9.º ano.
Gastar dinheiro e fazer perder tempo a professores e alunos com este simulacro de exames em época de crise, numa época que obriga a desumanos programas de austeridade das classes mais desfavorecidas, é um atentado a uma sociedade justa e democrática.
Com as "Novas Oportunidades" e as "Provas de Acesso ao Ensino Superior para maiores de 23 anos" é tudo um questão de (re)abrir umas tantas desacreditadas universidades privadas de papel pardo e lápis de bico rombo para Portugal apresentar uma percentagem de diplomas com a chancela de superiores mas com a qualidade de inferiores que deixarão boquiabertos os países honestos na formação da sua juventude.
É a esperteza nacional no seu melhor!
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