Vale a pena ver e ouvir
http://adversus-omnes.blogspot.com/2010/05/comunidade.html
domingo, 30 de maio de 2010
Alberto Gonçalves (no DN)
[...]
A impunidade parlamentar
Desde tempos imemoriais que corre por aí a ideia de que a justiça portuguesa só condenaria certas criaturas se estas fossem apanhadas em flagrante e, a título de brinde, confessassem o crime por iniciativa própria e simpatia. Era boato. O caso do deputado Ricardo Rodrigues e dos gravadores da revista Sábado mostra que nem assim.
Recapitulemos.
O entretanto célebre sr. Rodrigues foi filmado a meter literalmente ao bolso os ditos gravadores e a fugir com eles. Não satisfeito, afirmou orgulhosamente à imprensa que, de facto, "tomara posse" dos aparelhos. De então para cá, tudo o que lhe aconteceu resume-se às palmas dos seus colegas da bancada socialista e a única sentença que ouviu saiu da extraordinária boca do líder da bancada Francisco Assis: "Ninguém o pode julgar."
Poder, teoricamente, até há quem possa. Mas, apesar da queixa da Sábado, a mera audição do sr. Rodrigues no DIAP depende pelos vistos do levantamento da imunidade parlamentar.
E no Parlamento, aliás o local do roubo, o julgamento político nem chegou a existir, por recusa de PS, PCP e Bloco.
Quase um mês depois, os gravadores continuam desaparecidos, pelo menos dos legítimos proprietários, e o sr. Rodrigues continua à solta em São Bento, onde apenas o CDS tentou arrancar-lhe, em vão, um pedido de desculpas.
Como o sr. Rodrigues, o episódio é pequenino.
Já a lição que ambos encerram não é.
Infelizmente, não adianta aprendê-la: o nojo adequado a uma classe política que tolera ou até abençoa a prepotência e o puro roubo enquadra-se, parece, na categoria do "populismo", um delito que se não dá cadeia também não dá direito a aplausos entusiasmados dos representantes da nação.
Pobre nação.
[...]
Uma aventura em Portugal
No exacto dia em que se anunciaram "cortes" na educação em nome da austeridade e em que uma comissão de inquérito concluiu que as encomendas do Magalhães foram ilegalmente atribuídas à empresa que o embrulha e vende, a dra. Isabel Alçada tirou as devidas ilações e agiu em conformidade: garantiu a encomenda de mais computadores à JP Sá Couto e prometeu o Magalhães aos alunos dos primeiros anos lectivos em Setembro próximo, no máximo.
No dia seguinte, ainda procurei nos jornais um desmentido ou uma errata. Nada. A errata somos nós.
A impunidade parlamentar
Desde tempos imemoriais que corre por aí a ideia de que a justiça portuguesa só condenaria certas criaturas se estas fossem apanhadas em flagrante e, a título de brinde, confessassem o crime por iniciativa própria e simpatia. Era boato. O caso do deputado Ricardo Rodrigues e dos gravadores da revista Sábado mostra que nem assim.
Recapitulemos.
O entretanto célebre sr. Rodrigues foi filmado a meter literalmente ao bolso os ditos gravadores e a fugir com eles. Não satisfeito, afirmou orgulhosamente à imprensa que, de facto, "tomara posse" dos aparelhos. De então para cá, tudo o que lhe aconteceu resume-se às palmas dos seus colegas da bancada socialista e a única sentença que ouviu saiu da extraordinária boca do líder da bancada Francisco Assis: "Ninguém o pode julgar."
Poder, teoricamente, até há quem possa. Mas, apesar da queixa da Sábado, a mera audição do sr. Rodrigues no DIAP depende pelos vistos do levantamento da imunidade parlamentar.
E no Parlamento, aliás o local do roubo, o julgamento político nem chegou a existir, por recusa de PS, PCP e Bloco.
Quase um mês depois, os gravadores continuam desaparecidos, pelo menos dos legítimos proprietários, e o sr. Rodrigues continua à solta em São Bento, onde apenas o CDS tentou arrancar-lhe, em vão, um pedido de desculpas.
Como o sr. Rodrigues, o episódio é pequenino.
Já a lição que ambos encerram não é.
Infelizmente, não adianta aprendê-la: o nojo adequado a uma classe política que tolera ou até abençoa a prepotência e o puro roubo enquadra-se, parece, na categoria do "populismo", um delito que se não dá cadeia também não dá direito a aplausos entusiasmados dos representantes da nação.
Pobre nação.
[...]
Uma aventura em Portugal
No exacto dia em que se anunciaram "cortes" na educação em nome da austeridade e em que uma comissão de inquérito concluiu que as encomendas do Magalhães foram ilegalmente atribuídas à empresa que o embrulha e vende, a dra. Isabel Alçada tirou as devidas ilações e agiu em conformidade: garantiu a encomenda de mais computadores à JP Sá Couto e prometeu o Magalhães aos alunos dos primeiros anos lectivos em Setembro próximo, no máximo.
No dia seguinte, ainda procurei nos jornais um desmentido ou uma errata. Nada. A errata somos nós.
sábado, 29 de maio de 2010
Eles comem tudo e não deixam nada!
Uma notícia da TVI, falando dos 80 anos que hoje teria o Zeca Afonso, avivou-me:
- a memória de sua prima Maria Fernanda Cerqueira, espero que ainda viva, grande professora de Matemática e grande mulher, autora de manuais, minha mestre sem alguma vez ter sido minha orientadora seja lá do que for. Dela recordo o invariável "Tenho que ir ao talho!..." no fim das sessões de trabalho.
- ligando ideias, a minha grande orientadora de estágio de Matemática, Maria do Sameiro Quinaz, a quem devo o pragmatismo de: "Saiba sempre o que quer fazer na aula e o que quer que os alunos saibam" e o óbvio "quero lá saber de planos feitos à máquina (estávamos em 1981!...), faça-os onde quiser e como quiser, mas siga o seu próprio modelo" e esta quase obsessão moderna (?!) de tudo reduzir a modelos estereotipados e, desculpem-me a franqueza "estupidificados".
-a, para mim evidente, onda de vampirismo que abunda em Portugal e a incapacidade cada vez mais evidente de lutar contra ela.
-a crescente intoxicação de todos sobre crises e sacrifícios que se pedem aos mais pobres (a classe média está a desaparecer: ou ainda não o notaram?)
-a mistificação de partidos que se dizem, um socialista e outro social-democrata, mas que se estão a marimbar para os pobres: sim! para os pobres!
-a memória dos Vampiros do Zeca Afonso. Hoje todos sabemos o nome deles. Mas acobardamo-nos ao partido, ao politicamente correcto, ao cómodo,...
Deixo-vos:
Eles comem tudo e não deixam nada!
http://www.youtube.com/watch?v=ZUEeBhhuUos
- a memória de sua prima Maria Fernanda Cerqueira, espero que ainda viva, grande professora de Matemática e grande mulher, autora de manuais, minha mestre sem alguma vez ter sido minha orientadora seja lá do que for. Dela recordo o invariável "Tenho que ir ao talho!..." no fim das sessões de trabalho.
- ligando ideias, a minha grande orientadora de estágio de Matemática, Maria do Sameiro Quinaz, a quem devo o pragmatismo de: "Saiba sempre o que quer fazer na aula e o que quer que os alunos saibam" e o óbvio "quero lá saber de planos feitos à máquina (estávamos em 1981!...), faça-os onde quiser e como quiser, mas siga o seu próprio modelo" e esta quase obsessão moderna (?!) de tudo reduzir a modelos estereotipados e, desculpem-me a franqueza "estupidificados".
-a, para mim evidente, onda de vampirismo que abunda em Portugal e a incapacidade cada vez mais evidente de lutar contra ela.
-a crescente intoxicação de todos sobre crises e sacrifícios que se pedem aos mais pobres (a classe média está a desaparecer: ou ainda não o notaram?)
-a mistificação de partidos que se dizem, um socialista e outro social-democrata, mas que se estão a marimbar para os pobres: sim! para os pobres!
-a memória dos Vampiros do Zeca Afonso. Hoje todos sabemos o nome deles. Mas acobardamo-nos ao partido, ao politicamente correcto, ao cómodo,...
Deixo-vos:
Eles comem tudo e não deixam nada!
http://www.youtube.com/watch?v=ZUEeBhhuUos
O fecho de escolas - o exercício do contraditório
(texto publicado por Ramiro Marques no seu blog Profblog)
O secretário de estado da educação, João Mata, confirmou ontem que o Governo vai fechar as escolas do 1º CEB com menos de 20 alunos, dando continuidade a um processo que começou em 2006 e que conduziu, nos últimos quatro anos, ao encerramento de 2300 escolas, quase todas localizadas em concelhos do interior do país.
João Mata justifica o fecho da seguinte forma:
Está em curso a concentração de alunos em centros escolares "dotados de melhores condições", com refeitório, biblioteca, salas de informática, espaços para ensino de inglês, música e prática desportiva. "Espaços que permitam a concretização da escola a tempo inteiro e que promovam uma efectiva igualdade de oportunidades".
O que João Mata não diz é que as DRE estão a pressionar os municípios para aceitarem o fecho de algumas escolas com mais de 20 alunos. É o caso da escola do ensino básico 2,3 de Alvega que já recebeu ordem de fecho tendo os pais dos alunos sido informados da transferência para escolas de Abrantes. A escola de Alvega não só não se enquadra na tipologia de escolas com menos de 20 alunos (tem mais de 100 alunos) como dispõe de instalações, espaços e equipamento de qualidade.
Ficaria melhor a João Mata se divulgasse a verdadeira razão do fecho de mais escolas de pequena dimensão. Essa razão é meramente financeira. Os mega centros escolares são, em alguns casos, grandes armazéns escolares onde coabitam crianças de 10 anos de idade com adultos de 18 anos de idade, sofrendo as primeiras um processo de despersonalização, anonimato e desumanização com consequências desastrosas para o bem-estar e o desenvolvimento pessoal e social.
Também não é verdade que as escolas de pequena dimensão tenham taxas de insucesso superiores às restantes. O que a literatura diz é exactamente o contrário.
A investigação conclui que as escolas de pequena e média dimensão têm menos problemas de indisciplina, oferecem ambientes mais seguros e geram mais satisfação entre professores e alunos.
João Mata faria melhor em ler este relatório de investigação sobre os efeitos positivos das escolas pequenas no aproveitamento escolar dos alunos: The Hobbit Effect.
O secretário de estado da educação, João Mata, confirmou ontem que o Governo vai fechar as escolas do 1º CEB com menos de 20 alunos, dando continuidade a um processo que começou em 2006 e que conduziu, nos últimos quatro anos, ao encerramento de 2300 escolas, quase todas localizadas em concelhos do interior do país.
João Mata justifica o fecho da seguinte forma:
Está em curso a concentração de alunos em centros escolares "dotados de melhores condições", com refeitório, biblioteca, salas de informática, espaços para ensino de inglês, música e prática desportiva. "Espaços que permitam a concretização da escola a tempo inteiro e que promovam uma efectiva igualdade de oportunidades".
O que João Mata não diz é que as DRE estão a pressionar os municípios para aceitarem o fecho de algumas escolas com mais de 20 alunos. É o caso da escola do ensino básico 2,3 de Alvega que já recebeu ordem de fecho tendo os pais dos alunos sido informados da transferência para escolas de Abrantes. A escola de Alvega não só não se enquadra na tipologia de escolas com menos de 20 alunos (tem mais de 100 alunos) como dispõe de instalações, espaços e equipamento de qualidade.
Ficaria melhor a João Mata se divulgasse a verdadeira razão do fecho de mais escolas de pequena dimensão. Essa razão é meramente financeira. Os mega centros escolares são, em alguns casos, grandes armazéns escolares onde coabitam crianças de 10 anos de idade com adultos de 18 anos de idade, sofrendo as primeiras um processo de despersonalização, anonimato e desumanização com consequências desastrosas para o bem-estar e o desenvolvimento pessoal e social.
Também não é verdade que as escolas de pequena dimensão tenham taxas de insucesso superiores às restantes. O que a literatura diz é exactamente o contrário.
A investigação conclui que as escolas de pequena e média dimensão têm menos problemas de indisciplina, oferecem ambientes mais seguros e geram mais satisfação entre professores e alunos.
João Mata faria melhor em ler este relatório de investigação sobre os efeitos positivos das escolas pequenas no aproveitamento escolar dos alunos: The Hobbit Effect.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
"Sacrifícios para todos"
(Manuel António Pina - JN)
Duas notícias de ontem dão conta da revolução semântica sofrida pela palavra "todos" quando usada, como fazem PS e PSD, na expressão "sacrifícios para todos".
A primeira é da Lusa: o presidente da Antrop anunciou que está a negociar com o Governo aumentos de 3 a 4% nos transportes já a partir de 1 de Julho. Com mais 1% do IVA isso significará, para "todos" os portugueses, mais de 4 ou 5% no preço dos bens essenciais.
Entretanto, os portugueses com emprego verão, com as subidas do IRS, diminuir os salários e os 730 mil desempregados e beneficiários do RSI ficarão, com a razia nos subsídios, ainda mais pobres.
A segunda é do "Correio da Manhã": os deputados, a quem, pois os "sacrifícios são para todos", haviam saído pela porta 5% dos vencimentos, verão agora entrar pela janela da AR aumentos de 25% para viagens, transportes e despesas diversas, designadamente "artigos honoríficos e de decoração".
É justo. Se "todos" vamos pagar mais pelo pão e pela água, porque não haveríamos de pagar também mais pelos nossos 230 (o máximo que a Constituição permite) deputados, que são bens não menos essenciais?
Duas notícias de ontem dão conta da revolução semântica sofrida pela palavra "todos" quando usada, como fazem PS e PSD, na expressão "sacrifícios para todos".
A primeira é da Lusa: o presidente da Antrop anunciou que está a negociar com o Governo aumentos de 3 a 4% nos transportes já a partir de 1 de Julho. Com mais 1% do IVA isso significará, para "todos" os portugueses, mais de 4 ou 5% no preço dos bens essenciais.
Entretanto, os portugueses com emprego verão, com as subidas do IRS, diminuir os salários e os 730 mil desempregados e beneficiários do RSI ficarão, com a razia nos subsídios, ainda mais pobres.
A segunda é do "Correio da Manhã": os deputados, a quem, pois os "sacrifícios são para todos", haviam saído pela porta 5% dos vencimentos, verão agora entrar pela janela da AR aumentos de 25% para viagens, transportes e despesas diversas, designadamente "artigos honoríficos e de decoração".
É justo. Se "todos" vamos pagar mais pelo pão e pela água, porque não haveríamos de pagar também mais pelos nossos 230 (o máximo que a Constituição permite) deputados, que são bens não menos essenciais?
Quem pára a besta?
(Frases soltas retiradas de um artigo de De Rerum Natura)
Comentários e realces de Zé da Silva.
“A educação, objecto de tanto palavrório, passa moeda falsa: promete o mundo e não dá saber ou trabalho”
(Vasco Pulido Valente).
Passado um século da implantação da República vigora neste país o reinado do facilitismo na aquisição de diplomas académicos.
Chegou-se ao ponto de criar condições de acesso ao ensino superior sem ter sido feito um percurso académico anterior completo ou satisfeito um exigente exame ad hoc, bastando para tanto um cartão do cidadão com uma data de nascimento que cumpra os 23 ou mais anos de idade.
Ou seja, como escreveu, anos atrás, nestas colunas, o deputado do Partido Socialista, Vital Moreira, “a ideia de democratizar o ensino superior pela banalização do acesso e pela crescente degradação da sua qualidade não é somente um crime contra a própria ideia de ensino superior é também politicamente pouco honesta.” [Aposto que ele já está arrependido de ter escrito isto...]
A própria Universidade, bastião da cultura de um povo, foi tomada de assalto transigindo no seu papel como denunciou corajosamente Aníbal Pinto de Castro, professor jubilado de Letras da Universidade de Coimbra, dirigindo-se ao respectivo reitor Seabra Santos, numa cerimónia oficial: “Não destruam. Não cedam. Não tenham medo porque a Universidade não pode ser uma instituição de caridade. Para isso há os asilos e a Mitra. Não pode ser um hospital de alienados” (“Diário de Coimbra”, 27/11/2005).
Mas, ainda, mesmo num percurso académico “normal” nas camadas mais jovens dos nossos escolares não são criados hábitos de trabalho: passam sempre, e de qualquer forma, até ao 9.º ano de escolaridade.
Em defesa deste oásis pedagógico, num deserto de reprovações, escrevem-se teses académicas que servem quer os desígnios dos ocupantes dos cadeirões da 5 de Outubro, quer os interesses de pais que não gostam de ver os seus filhos sem aproveitamento escolar, eufemismo de “chumbo”.
[Quem se recorda do "Pão com Manteiga"?
-Fizeste o inquérito?
-Fiz.
-E os resultados?
-Péssimos.
-Faz outro.]
Teses que embotam o próprio raciocínio de quem as defende por simples convicção ou grande dose de oportunismo, criando a miragem do sucesso escolar para toda a gente mesmo depois de António Guterres, então primeiro ministro de Portugal, ter tido a coragem e a honestidade de numa entrevista televisiva (23.Outubro.96) ter afirmado que “há alunos do 1.ºciclo do ensino básico que saem sem saber fazer contas”.
O reducionismo às técnicas pedagógicas na concepção da formação e da avaliação dos professores foi criticado por Schulman (1986) e secundado pelo sociólogo italiano Francesco Alberoni (2010) : “Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.
[...]
Mas porque a voz do povo é a voz de Deus, em derradeira réstia de esperança que se cumpra, pelo menos, o aforisma de que “água mole em pedra dura…”
Posted by Rui Baptista
Comentários a este artigo, ainda publicados no De Rerum Natura:
Fartinho da Silva disse...
Caro Rui Baptista,A tal réstia de esperança é, infelizmente, algo que eu não tenho, porque os interesses instalados não permitirão tal mudança enquanto não sentirem os seus lugares em causa... e isso só acontecerá quando a grande maioria dos pais exigir uma escola pública exigente, disciplinada e disciplinadora, centrada no seu core business, pragmática e que garanta a segurança física dos seus filhos; e quando esses mesmos pais exigirem exames nacionais exigentes, com consequências e rigorosos.Enquanto isto não se verificar, continuaremos a ter o lobby das "ciências" da educação a reinar e o populismo dos políticos (por razões meramente eleitoralistas) a cimentar este enorme disparate.
.lestat disse...
Concordo em pleno com o que é exposto e debatido...parece-me que somente resta distinguir o real facilitismo do que pode ser funcional (e muitas vezes confundido com facilitismo), realista e objectivamente importante, separando no ensino o que importa do que é acessório. É também triste verificar que muitos (inclusive os profissionais da área) confundam as coisas tornando de repente todo o ensino em facilitismo, colocando tudo e todos no mesmo "saco". Contudo, existe ainda quem reflicta sobre as questões realmente importantes e vá tentando por em prática aquilo em que acredita ser de valor para os indivíduos no futuro, seja do ponto de vista académico, sejam todos os outros aspectos que possam ser opção.Excelente artigo.Cumprimentos
Anónimo disse...
Que besta... virá a seguir?!... JCN
Rui Baptista disse...
Caro João Boaventura:O seu comentário deu ampla voz à Sociologia portuguesa no ataque cerrado ao "eduquês” (quando este tece criticas a teorias pedagógicos intemporais), julgando eu poder encontrar antítese nesta parte de uma entrevista do sociólogo italiano Albert Alberoni (2010) que reproduzo do meu post: “Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.Sem qualquer espécie de chauvinismo, a partir daqui será possível fazer-se a necessária síntese que expurgue possíveis excessos de ambas as partes por se tratar de” oficiais do mesmo ofício”?Cordiais cumprimentos,
joão boaventura disse...
Nada é impossível de mudarDesconfiai do mais trivial, na aparência singelo.E examinai, sobretudo, o que parece habitual.Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.Bertold Brecht
Anónimo disse...
Permitam-me, caros senhores, que lhes recorde que, já por alturas de 1970, numa reunião de directores e reitores do ensino secundário (técnico e liceal), ocorrida em Pinhel, no distrito da Guarda, o então Ministro da Educação, Prof. Veiga Simão, advertia para o risco de não tardar muito para estarmos a ensinar asneiras... pedagogicamente bem. Sou testemunha presencial. Parece que, de então para cá, vem ganhando foros de profecia... a sua clarividente advertência! Será questão apenas de substituir o termo "asneiras" por "vacuidade", suponho. JCN
Comentários e realces de Zé da Silva.
“A educação, objecto de tanto palavrório, passa moeda falsa: promete o mundo e não dá saber ou trabalho”
(Vasco Pulido Valente).
Passado um século da implantação da República vigora neste país o reinado do facilitismo na aquisição de diplomas académicos.
Chegou-se ao ponto de criar condições de acesso ao ensino superior sem ter sido feito um percurso académico anterior completo ou satisfeito um exigente exame ad hoc, bastando para tanto um cartão do cidadão com uma data de nascimento que cumpra os 23 ou mais anos de idade.
Ou seja, como escreveu, anos atrás, nestas colunas, o deputado do Partido Socialista, Vital Moreira, “a ideia de democratizar o ensino superior pela banalização do acesso e pela crescente degradação da sua qualidade não é somente um crime contra a própria ideia de ensino superior é também politicamente pouco honesta.” [Aposto que ele já está arrependido de ter escrito isto...]
A própria Universidade, bastião da cultura de um povo, foi tomada de assalto transigindo no seu papel como denunciou corajosamente Aníbal Pinto de Castro, professor jubilado de Letras da Universidade de Coimbra, dirigindo-se ao respectivo reitor Seabra Santos, numa cerimónia oficial: “Não destruam. Não cedam. Não tenham medo porque a Universidade não pode ser uma instituição de caridade. Para isso há os asilos e a Mitra. Não pode ser um hospital de alienados” (“Diário de Coimbra”, 27/11/2005).
Mas, ainda, mesmo num percurso académico “normal” nas camadas mais jovens dos nossos escolares não são criados hábitos de trabalho: passam sempre, e de qualquer forma, até ao 9.º ano de escolaridade.
Em defesa deste oásis pedagógico, num deserto de reprovações, escrevem-se teses académicas que servem quer os desígnios dos ocupantes dos cadeirões da 5 de Outubro, quer os interesses de pais que não gostam de ver os seus filhos sem aproveitamento escolar, eufemismo de “chumbo”.
[Quem se recorda do "Pão com Manteiga"?
-Fizeste o inquérito?
-Fiz.
-E os resultados?
-Péssimos.
-Faz outro.]
Teses que embotam o próprio raciocínio de quem as defende por simples convicção ou grande dose de oportunismo, criando a miragem do sucesso escolar para toda a gente mesmo depois de António Guterres, então primeiro ministro de Portugal, ter tido a coragem e a honestidade de numa entrevista televisiva (23.Outubro.96) ter afirmado que “há alunos do 1.ºciclo do ensino básico que saem sem saber fazer contas”.
O reducionismo às técnicas pedagógicas na concepção da formação e da avaliação dos professores foi criticado por Schulman (1986) e secundado pelo sociólogo italiano Francesco Alberoni (2010) : “Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.
[...]
Mas porque a voz do povo é a voz de Deus, em derradeira réstia de esperança que se cumpra, pelo menos, o aforisma de que “água mole em pedra dura…”
Posted by Rui Baptista
Comentários a este artigo, ainda publicados no De Rerum Natura:
Fartinho da Silva disse...
Caro Rui Baptista,A tal réstia de esperança é, infelizmente, algo que eu não tenho, porque os interesses instalados não permitirão tal mudança enquanto não sentirem os seus lugares em causa... e isso só acontecerá quando a grande maioria dos pais exigir uma escola pública exigente, disciplinada e disciplinadora, centrada no seu core business, pragmática e que garanta a segurança física dos seus filhos; e quando esses mesmos pais exigirem exames nacionais exigentes, com consequências e rigorosos.Enquanto isto não se verificar, continuaremos a ter o lobby das "ciências" da educação a reinar e o populismo dos políticos (por razões meramente eleitoralistas) a cimentar este enorme disparate.
.lestat disse...
Concordo em pleno com o que é exposto e debatido...parece-me que somente resta distinguir o real facilitismo do que pode ser funcional (e muitas vezes confundido com facilitismo), realista e objectivamente importante, separando no ensino o que importa do que é acessório. É também triste verificar que muitos (inclusive os profissionais da área) confundam as coisas tornando de repente todo o ensino em facilitismo, colocando tudo e todos no mesmo "saco". Contudo, existe ainda quem reflicta sobre as questões realmente importantes e vá tentando por em prática aquilo em que acredita ser de valor para os indivíduos no futuro, seja do ponto de vista académico, sejam todos os outros aspectos que possam ser opção.Excelente artigo.Cumprimentos
Anónimo disse...
Que besta... virá a seguir?!... JCN
Rui Baptista disse...
Caro João Boaventura:O seu comentário deu ampla voz à Sociologia portuguesa no ataque cerrado ao "eduquês” (quando este tece criticas a teorias pedagógicos intemporais), julgando eu poder encontrar antítese nesta parte de uma entrevista do sociólogo italiano Albert Alberoni (2010) que reproduzo do meu post: “Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.Sem qualquer espécie de chauvinismo, a partir daqui será possível fazer-se a necessária síntese que expurgue possíveis excessos de ambas as partes por se tratar de” oficiais do mesmo ofício”?Cordiais cumprimentos,
joão boaventura disse...
Nada é impossível de mudarDesconfiai do mais trivial, na aparência singelo.E examinai, sobretudo, o que parece habitual.Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.Bertold Brecht
Anónimo disse...
Permitam-me, caros senhores, que lhes recorde que, já por alturas de 1970, numa reunião de directores e reitores do ensino secundário (técnico e liceal), ocorrida em Pinhel, no distrito da Guarda, o então Ministro da Educação, Prof. Veiga Simão, advertia para o risco de não tardar muito para estarmos a ensinar asneiras... pedagogicamente bem. Sou testemunha presencial. Parece que, de então para cá, vem ganhando foros de profecia... a sua clarividente advertência! Será questão apenas de substituir o termo "asneiras" por "vacuidade", suponho. JCN
domingo, 23 de maio de 2010
O PRINCÍPIO DO FIM DO EDUQUÊS?
[Texto de Guilherme Valente publicado no "Público" de hoje (versão ligeiramente ampliada)]:
Demoraram, mas são boas notícias! Afinal o doutor Daniel Sampaio (tem nome e respeito-o) também é um crítico do eduquês (ver Pública, 16/5/10). Apesar de se tratar, como escreve DS, de um grupo de intelectuais, cujo nome não refere, que «´sabem`tudo sobre a escola», da «pressa crítica» que diz terem, do seu «discurso pessimista», do «narcisismo solitário e redutor das suas opiniões», «de se considerarem os únicos que têm razão», DS partilha, afinal, críticas que fazem ao eduquês.
E isso é que importante!
E vão aparecer mais.
Não é novo na História. Pressinto que no final irá restar apenas a doutora Ana Benavente. Um mérito dela, talvez. «Sê tu próprio», exortava-se na Grécia Clássica.O resto do que DS escreve, sem conseguir iludir quem conheça o pensamento e a acção do tal grupo de intelectuais cujos nomes DS omite, é irrelevante e será, porventura, do foro das afecções que os psicólogos costumam resolver. Os médicos não estão imunes à doença.
Apenas umas breves notas sobre contradições e erros mais gritantes:
DS afirma estar com os professores, mas umas linhas antes atribuíra a responsabilidade da indisciplina às «hesitações dos docentes» (com amigos assim…).
Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês.
É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato. Uma táctica que também não é nova na História. Esta é, digamos, a «causa formal». A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo, enfim.
Como pode haver disciplina se defendem e impõem que se aprenda a brincar?
Se vêem a indisciplina e, por isso, a suscitam, como revelação desejável de traumas e ressentimentos sociais?
A verdade é que o sentido do bem e do mal, a inteligência, o sentimento e o juízo de justiça, não são qualidades sociais ou de riqueza, são qualidades humanas, que os pobres também têm.
As crianças e os jovens não são insectos, como o eduquês as trata.
Estar ao lado dos professores é promover as condições para o ensino de qualidade que os realiza e dignifica. Pergunte-se aos professores.
E mais: não se percebe se DS reprova ou não a tolice ou o expediente das «competências»; se acha bem a «escola exigente, organizada e geradora de conhecimento e de progresso» (transmissora de conhecimento, precise-se).
Fala ainda na «exigente burocracia ministerial» - está a louvar ou a criticar a burocracia? -- que «fez com que predominasse o pessimismo». Não se percebe aonde quer chegar.
E -- fantástico, mesmo que seja tão tarde -- afirma que a «a escola deve garantir um mínimo de conhecimentos que possibilite aos jovens que não pretendem continuar a estudar a aprendizagem de um ofício que lhes permita um percurso de autonomia digna».
Ora, os tais intelectuais «narcisistas» não se têm cansado de propor isso desde há muitos anos (DS esteve ausente no estrangeiro?), mas de modo muito claro e coerente: uma via técnica-profissional, com dignidade, qualidade e exigência iguais às da via de acesso ao ensino superior, oferecida aos jovens por iniciativa e com o apoio criterioso das escolas, a tempo de evitar o abandono, as retenções, ou os diplomas mentirosos que não correspondem a qualificação nenhuma.
Uma via como existe, por exemplo, na Finlândia, sendo ali frequentada, aliás, pela maioria dos estudantes. A Finlândia, que gostam tanto de citar, mas citam quase sempre erradamente.
DS acusa esses intelectuais «redutores» de não apresentarem soluções. Não têm feito outra coisa se não sugerir soluções, desde logo mostrando o que é o eduquês . DS escreve como se fosse ele a ter proposto os exames sérios e universais e as vias técnico-profissionais, que agora diz defender.E que soluções avança DS? Repare-se na solução que dá para a indisciplina: «A disciplina só será alcançada com um esforço conjunto dos professores, alunos, e pais».
E o Ministério?
Pensei que acrescentaria: colocando os alunos e os pais no mesmo plano dos professores… Como se os alunos fossem iguais aos professores, mas não.
Um ensino «que inclui», diz DS? Com 40% de abandono escolar? Ouvi o Senhor Primeiro Ministro falar em 30% (deve continuar a ser, portanto, mais de 40%), como se isso, tanto quanto percebi, fosse um êxito. E com que qualificações reais sai do sistema a maioria dos que não o abandonam? Não conheço hoje na Europa sistema de ensino que produza mais exclusão do que este do eduquês.Atente-se na irresponsabilidade mais gritante: a aprendizagem da leitura e da escrita, os níveis de «iliteracia», palavra importada para evitar o termo português que toda a gente perceberia: analfabetismo funcional. Segundo o estudo comparativo mais recente, um estudo oficial, muito eduquês, aliás, na trapalhada nada inocente do seu conteúdo e da sua escrita iletrada, a percentagem de iliteracia (na verdade puro e simples analfabetismo, perguntem aos docentes) é em Portugal de 60%!!! Num País em que o analfabetismo é desde sempre a grande chaga, não seria a alfabetização real do País o grande desafio a empreender e a estar há muito vencido?
Continuo a pensar que o Primeiro-Ministro quis enfrentar o problema, como indica o facto de terem sido anunciadas algumas medidas acertadas, que há muito vínhamos propondo. Mas foram logo neutralizadas na sua concretização.
Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com a avaliação: inventou-se um modelo absurdo, impraticável.
Provavelmente para distrair o País do essencial.
Fez-se muito, diz o doutor DS. Não fez. Fez-se apenas o que a mudança dos tempos impôs.
Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo.
Ou melhor, aproveita-se apenas a resistência de grandes professores, as suas práticas, o seu exemplo.Grandes professores que resistem e continuam a salvar muitos alunos. Estive com Professores assim, recentemente, numa escola pública da Caparica, com professores e alunos que todos os dias enfrentam e vencem o delírio ou a insensatez do eduquês imposto pelo Ministério.
Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País.
Quando acabará o delírio ou a insensatez?
Quem pára a besta?
Pessimista é quem desiste de lutar, quem se cala perante o mal, acabando, assim, por servi-lo. «Pessimistas», «redutores», «narcisistas», hoje os adjectivos são outros, mas o método velhíssimo. Argumentos, venham os argumentos e os factos.
Guilherme Valente
Demoraram, mas são boas notícias! Afinal o doutor Daniel Sampaio (tem nome e respeito-o) também é um crítico do eduquês (ver Pública, 16/5/10). Apesar de se tratar, como escreve DS, de um grupo de intelectuais, cujo nome não refere, que «´sabem`tudo sobre a escola», da «pressa crítica» que diz terem, do seu «discurso pessimista», do «narcisismo solitário e redutor das suas opiniões», «de se considerarem os únicos que têm razão», DS partilha, afinal, críticas que fazem ao eduquês.
E isso é que importante!
E vão aparecer mais.
Não é novo na História. Pressinto que no final irá restar apenas a doutora Ana Benavente. Um mérito dela, talvez. «Sê tu próprio», exortava-se na Grécia Clássica.O resto do que DS escreve, sem conseguir iludir quem conheça o pensamento e a acção do tal grupo de intelectuais cujos nomes DS omite, é irrelevante e será, porventura, do foro das afecções que os psicólogos costumam resolver. Os médicos não estão imunes à doença.
Apenas umas breves notas sobre contradições e erros mais gritantes:
DS afirma estar com os professores, mas umas linhas antes atribuíra a responsabilidade da indisciplina às «hesitações dos docentes» (com amigos assim…).
Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês.
É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato. Uma táctica que também não é nova na História. Esta é, digamos, a «causa formal». A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo, enfim.
Como pode haver disciplina se defendem e impõem que se aprenda a brincar?
Se vêem a indisciplina e, por isso, a suscitam, como revelação desejável de traumas e ressentimentos sociais?
A verdade é que o sentido do bem e do mal, a inteligência, o sentimento e o juízo de justiça, não são qualidades sociais ou de riqueza, são qualidades humanas, que os pobres também têm.
As crianças e os jovens não são insectos, como o eduquês as trata.
Estar ao lado dos professores é promover as condições para o ensino de qualidade que os realiza e dignifica. Pergunte-se aos professores.
E mais: não se percebe se DS reprova ou não a tolice ou o expediente das «competências»; se acha bem a «escola exigente, organizada e geradora de conhecimento e de progresso» (transmissora de conhecimento, precise-se).
Fala ainda na «exigente burocracia ministerial» - está a louvar ou a criticar a burocracia? -- que «fez com que predominasse o pessimismo». Não se percebe aonde quer chegar.
E -- fantástico, mesmo que seja tão tarde -- afirma que a «a escola deve garantir um mínimo de conhecimentos que possibilite aos jovens que não pretendem continuar a estudar a aprendizagem de um ofício que lhes permita um percurso de autonomia digna».
Ora, os tais intelectuais «narcisistas» não se têm cansado de propor isso desde há muitos anos (DS esteve ausente no estrangeiro?), mas de modo muito claro e coerente: uma via técnica-profissional, com dignidade, qualidade e exigência iguais às da via de acesso ao ensino superior, oferecida aos jovens por iniciativa e com o apoio criterioso das escolas, a tempo de evitar o abandono, as retenções, ou os diplomas mentirosos que não correspondem a qualificação nenhuma.
Uma via como existe, por exemplo, na Finlândia, sendo ali frequentada, aliás, pela maioria dos estudantes. A Finlândia, que gostam tanto de citar, mas citam quase sempre erradamente.
DS acusa esses intelectuais «redutores» de não apresentarem soluções. Não têm feito outra coisa se não sugerir soluções, desde logo mostrando o que é o eduquês . DS escreve como se fosse ele a ter proposto os exames sérios e universais e as vias técnico-profissionais, que agora diz defender.E que soluções avança DS? Repare-se na solução que dá para a indisciplina: «A disciplina só será alcançada com um esforço conjunto dos professores, alunos, e pais».
E o Ministério?
Pensei que acrescentaria: colocando os alunos e os pais no mesmo plano dos professores… Como se os alunos fossem iguais aos professores, mas não.
Um ensino «que inclui», diz DS? Com 40% de abandono escolar? Ouvi o Senhor Primeiro Ministro falar em 30% (deve continuar a ser, portanto, mais de 40%), como se isso, tanto quanto percebi, fosse um êxito. E com que qualificações reais sai do sistema a maioria dos que não o abandonam? Não conheço hoje na Europa sistema de ensino que produza mais exclusão do que este do eduquês.Atente-se na irresponsabilidade mais gritante: a aprendizagem da leitura e da escrita, os níveis de «iliteracia», palavra importada para evitar o termo português que toda a gente perceberia: analfabetismo funcional. Segundo o estudo comparativo mais recente, um estudo oficial, muito eduquês, aliás, na trapalhada nada inocente do seu conteúdo e da sua escrita iletrada, a percentagem de iliteracia (na verdade puro e simples analfabetismo, perguntem aos docentes) é em Portugal de 60%!!! Num País em que o analfabetismo é desde sempre a grande chaga, não seria a alfabetização real do País o grande desafio a empreender e a estar há muito vencido?
Continuo a pensar que o Primeiro-Ministro quis enfrentar o problema, como indica o facto de terem sido anunciadas algumas medidas acertadas, que há muito vínhamos propondo. Mas foram logo neutralizadas na sua concretização.
Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com a avaliação: inventou-se um modelo absurdo, impraticável.
Provavelmente para distrair o País do essencial.
Fez-se muito, diz o doutor DS. Não fez. Fez-se apenas o que a mudança dos tempos impôs.
Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo.
Ou melhor, aproveita-se apenas a resistência de grandes professores, as suas práticas, o seu exemplo.Grandes professores que resistem e continuam a salvar muitos alunos. Estive com Professores assim, recentemente, numa escola pública da Caparica, com professores e alunos que todos os dias enfrentam e vencem o delírio ou a insensatez do eduquês imposto pelo Ministério.
Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País.
Quando acabará o delírio ou a insensatez?
Quem pára a besta?
Pessimista é quem desiste de lutar, quem se cala perante o mal, acabando, assim, por servi-lo. «Pessimistas», «redutores», «narcisistas», hoje os adjectivos são outros, mas o método velhíssimo. Argumentos, venham os argumentos e os factos.
Guilherme Valente
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Miguel Sousa Tavares
Acho que não me é preciso justificar por que acho que o Miguel Sousa Tavares é uma besta ou um daqueles a quem Alberto Pimenta chamou fdap e fez um discurso. O homem não aguenta uma argumentaçao séria por mais de 30 segundos.
O texto seguinte recolhi-o de [Isabel Maria de Sousa Costa Machado, professora de Geografia na Escola Secundária Camilo Castelo Branco em Vila Real, no intuito de esclarecer Miguel Sousa Tavares e todos que, de alguma forma, foram influenciados pelas suas palavras] ,
Caro Miguel Sousa Tavares
No passado dia 26 de Abril, em Sinais de Fogo, ouvi-o afirmar, como se fosse “dono da verdade”, que os professores não querem ser avaliados… e que se juntaram aos milhares nas ruas simplesmente para contestarem a avaliação.
Afinal, não percebeu nada!… Acha mesmo que os professores se deram a tanto trabalho para contestar uma simples avaliação que, nos moldes em que estava desenhada, garantia o Muito Bom a todos quantos a requeressem?
Admira-me muito que ainda não tenha “enxergado” que, neste país, ninguém quer avaliar ninguém. Verdade! Recordo-lhe a máxima popular “Quem tem telhados de vidro não pode atirar pedras aos dos vizinhos”.
E julgar que durante algum tempo lhe dei o benefício da dúvida: Coitado, está a ser alienado!
Mas que desilusão! Considera mesmo que os professores são uns “baldas” e têm receio duma avaliação por mérito… Bem! Desculpo-o porque, fazendo jus à cor do seu cabelo… tem andado distraído… Mas está a ficar grisalho… e com idade para pensar pela própria cabeça e, ainda, de pensar antes de falar… A minha avó dizia-me muitas vezes: – “Filha! Devemos pensar antes de falar!” Mas hoje em dia toda a gente desatou a falar sem pensar. Não devem ter tido avós sensatas como a minha…
De facto, em relação aos professores está redondamente enganado! Nós não receamos a avaliação, mas sim que, à boa maneira portuguesa, o mérito como algo profundamente subjectivo é para os amigos, para os “lambe botas”, para os que representam votos, etc…etc… vale tudo em função da reeleição e para manter o “lugar ao Sol” … e isto também se aplica às escolas. Sabia que neste modelo de avaliação por pares, avaliados e avaliadores, competem pela mesma vaga? Acha mesmo que em Portugal alguém está preparado para reconhecer o mérito do “outro”? Para conviver com o facto do “outro” ser melhor? A minha experiência diz-me que o português quando vê uma “sombra” não descansa enquanto não a afasta … e como sair da sombra dá muito mais trabalho, o mais fácil é aniquilá-la.
E se em Portugal as pessoas fossem escolhidas por mérito e não por “compadrio”, com certeza nunca mais teríamos que ouvir falar de si. É que eu ainda não percebi qual é o seu mérito em Sinais de Fogo. Dominar a técnica da entrevista? Não me parece! Afinal é a sua opinião que prevalece. Se a opinião dos entrevistados for contrária à sua, atropela-os para se tornar mais audível. Para quem criticava a Manuela Moura Guedes, até que aprendeu bem a lição. Para não falar da leviandade com que faz afirmações sem estar devidamente fundamentado, contrariando por completo o código deontológico dos jornalistas…
Este comportamento até é admissível num saloio que vai à bola e encarna a personagem de treinador de bancada, agora numa pessoa com formação académica e suposta formação moral, não é admissível que faça juízos de valor sem o mínimo pudor.
Mas para que não continue a falar sem fundamentação, pois é eticamente incorrecto principalmente para um jornalista, convido-o a fazer uma visita à minha escola. E como já percebi que se preocupa com a educação dos alunos deste país, porque não aceitar fazer uma palestra sobre um tema que domine realmente. Uma prelecção sobre a influência dos livros de Ernest Hemingway – “Fiesta” e “Por Quem os Sinos Dobram” – no seu livro Rio das Flores seria de toda a pertinência. A sério! Sem ressentimentos! Garanto-lhe que os professores, ao contrário do que pensa, são pessoas de uma enorme generosidade, ou não estivessem eles habituados a lidar com os filhos de uma sociedade “enlouquecida”…
Isabel Machado
O texto seguinte recolhi-o de [Isabel Maria de Sousa Costa Machado, professora de Geografia na Escola Secundária Camilo Castelo Branco em Vila Real, no intuito de esclarecer Miguel Sousa Tavares e todos que, de alguma forma, foram influenciados pelas suas palavras] ,
Caro Miguel Sousa Tavares
No passado dia 26 de Abril, em Sinais de Fogo, ouvi-o afirmar, como se fosse “dono da verdade”, que os professores não querem ser avaliados… e que se juntaram aos milhares nas ruas simplesmente para contestarem a avaliação.
Afinal, não percebeu nada!… Acha mesmo que os professores se deram a tanto trabalho para contestar uma simples avaliação que, nos moldes em que estava desenhada, garantia o Muito Bom a todos quantos a requeressem?
Admira-me muito que ainda não tenha “enxergado” que, neste país, ninguém quer avaliar ninguém. Verdade! Recordo-lhe a máxima popular “Quem tem telhados de vidro não pode atirar pedras aos dos vizinhos”.
E julgar que durante algum tempo lhe dei o benefício da dúvida: Coitado, está a ser alienado!
Mas que desilusão! Considera mesmo que os professores são uns “baldas” e têm receio duma avaliação por mérito… Bem! Desculpo-o porque, fazendo jus à cor do seu cabelo… tem andado distraído… Mas está a ficar grisalho… e com idade para pensar pela própria cabeça e, ainda, de pensar antes de falar… A minha avó dizia-me muitas vezes: – “Filha! Devemos pensar antes de falar!” Mas hoje em dia toda a gente desatou a falar sem pensar. Não devem ter tido avós sensatas como a minha…
De facto, em relação aos professores está redondamente enganado! Nós não receamos a avaliação, mas sim que, à boa maneira portuguesa, o mérito como algo profundamente subjectivo é para os amigos, para os “lambe botas”, para os que representam votos, etc…etc… vale tudo em função da reeleição e para manter o “lugar ao Sol” … e isto também se aplica às escolas. Sabia que neste modelo de avaliação por pares, avaliados e avaliadores, competem pela mesma vaga? Acha mesmo que em Portugal alguém está preparado para reconhecer o mérito do “outro”? Para conviver com o facto do “outro” ser melhor? A minha experiência diz-me que o português quando vê uma “sombra” não descansa enquanto não a afasta … e como sair da sombra dá muito mais trabalho, o mais fácil é aniquilá-la.
E se em Portugal as pessoas fossem escolhidas por mérito e não por “compadrio”, com certeza nunca mais teríamos que ouvir falar de si. É que eu ainda não percebi qual é o seu mérito em Sinais de Fogo. Dominar a técnica da entrevista? Não me parece! Afinal é a sua opinião que prevalece. Se a opinião dos entrevistados for contrária à sua, atropela-os para se tornar mais audível. Para quem criticava a Manuela Moura Guedes, até que aprendeu bem a lição. Para não falar da leviandade com que faz afirmações sem estar devidamente fundamentado, contrariando por completo o código deontológico dos jornalistas…
Este comportamento até é admissível num saloio que vai à bola e encarna a personagem de treinador de bancada, agora numa pessoa com formação académica e suposta formação moral, não é admissível que faça juízos de valor sem o mínimo pudor.
Mas para que não continue a falar sem fundamentação, pois é eticamente incorrecto principalmente para um jornalista, convido-o a fazer uma visita à minha escola. E como já percebi que se preocupa com a educação dos alunos deste país, porque não aceitar fazer uma palestra sobre um tema que domine realmente. Uma prelecção sobre a influência dos livros de Ernest Hemingway – “Fiesta” e “Por Quem os Sinos Dobram” – no seu livro Rio das Flores seria de toda a pertinência. A sério! Sem ressentimentos! Garanto-lhe que os professores, ao contrário do que pensa, são pessoas de uma enorme generosidade, ou não estivessem eles habituados a lidar com os filhos de uma sociedade “enlouquecida”…
Isabel Machado
terça-feira, 18 de maio de 2010
Está tudo explicado, sr. Frasquilho
por Manuel António Pina
Leio no DN online que "dias antes de acusar o ministro Jorge Lacão de negar a realidade da crise como o ministro da Propaganda de Saddam negava a derrota na guerra, Miguel Frasquilho, rosto da bancada do PSD para as questões financeiras, assinou um relatório em que elogia a consolidação das contas públicas do Governo".
O relatório foi escrito para o BES, onde Frasquilho desempenha o pomposo cargo de "general manager" do Espírito Santo Research, e conclui que a situação económico-financeira não "justifica as preocupações dos mercados".
Trata-se de um relatório... só para estrangeiro ver, diz Frasquilho sem corar, justificando-se por todos os dias dizer exactamente o contrário no Parlamento.
Uma notícia do "Sol" pode esclarecer o fenómeno.
Segundo o Instituto de Estudos Infantis da Universidade de Toronto, as crianças mentirosas "têm cérebros mais desenvolvidos, tornando-os mais habilitados para potenciais executivos e líderes", sobretudo para banqueiros.
Aposto com quem quiser que Frasquilho ainda andava de fraldas e já convencia os pais de que lhe doía a barriga para não ir para o infantário.
Leio no DN online que "dias antes de acusar o ministro Jorge Lacão de negar a realidade da crise como o ministro da Propaganda de Saddam negava a derrota na guerra, Miguel Frasquilho, rosto da bancada do PSD para as questões financeiras, assinou um relatório em que elogia a consolidação das contas públicas do Governo".
O relatório foi escrito para o BES, onde Frasquilho desempenha o pomposo cargo de "general manager" do Espírito Santo Research, e conclui que a situação económico-financeira não "justifica as preocupações dos mercados".
Trata-se de um relatório... só para estrangeiro ver, diz Frasquilho sem corar, justificando-se por todos os dias dizer exactamente o contrário no Parlamento.
Uma notícia do "Sol" pode esclarecer o fenómeno.
Segundo o Instituto de Estudos Infantis da Universidade de Toronto, as crianças mentirosas "têm cérebros mais desenvolvidos, tornando-os mais habilitados para potenciais executivos e líderes", sobretudo para banqueiros.
Aposto com quem quiser que Frasquilho ainda andava de fraldas e já convencia os pais de que lhe doía a barriga para não ir para o infantário.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Da última entrevista de Saldanha Sanches...
(organização do texto por Zé da Silva)
D.E. - Quando diz que existe essa corrupção baseia-se em quê?
S.S. - Falo com as pessoas.
Mas uma coisa é saber que há corrupção, outra coisa é provar que há corrupção.
A prova é muito difícil, basta olhar para o Código de Processo Penal.
Por exemplo, se eu levar umas escutas, se for disfarçado com óculos escuros e um bigode e dizer ao fiscal eu quero fazer uma casa em local x; depois o fiscal diz que não pode e eu tiro o dinheiro do bolso e ele aceita o dinheiro e eu gravo isso tudo: não é prova.
Como é que eu provo?
Imagine: você está a fazer obras e o fiscal diz: "Ah Ah! Obras!, Muito bem. Ou me dá x ou isto é tudo embargado"; e você grava essa conversa com o fiscal: não serve de prova.
Vai denunciar o fiscal, arranja um rico sarilho, acaba arguida do Ministério Público.
Experimente!
Eles não podem provar em relação ao fiscal da obra e põe-na a si como arguida.
D.E. - Quando diz que existe essa corrupção baseia-se em quê?
S.S. - Falo com as pessoas.
Mas uma coisa é saber que há corrupção, outra coisa é provar que há corrupção.
A prova é muito difícil, basta olhar para o Código de Processo Penal.
Por exemplo, se eu levar umas escutas, se for disfarçado com óculos escuros e um bigode e dizer ao fiscal eu quero fazer uma casa em local x; depois o fiscal diz que não pode e eu tiro o dinheiro do bolso e ele aceita o dinheiro e eu gravo isso tudo: não é prova.
Como é que eu provo?
Imagine: você está a fazer obras e o fiscal diz: "Ah Ah! Obras!, Muito bem. Ou me dá x ou isto é tudo embargado"; e você grava essa conversa com o fiscal: não serve de prova.
Vai denunciar o fiscal, arranja um rico sarilho, acaba arguida do Ministério Público.
Experimente!
Eles não podem provar em relação ao fiscal da obra e põe-na a si como arguida.
domingo, 16 de maio de 2010
A professora nua...
Fui rapidamente ver que fotografias eram essas que a professora tinha tirado. O nome deste blogue impunha-o. Já não folheava a Playboy há muito tempo. Não mudou desde os meus tempos quase adolescentes.
A professora bem dotada (podem ver algumas fotos) natural ou artificialmente, lá aparece em poses que eu nem lhes chamo sensuais: está sugestivamente nua ou quase, olhando sobretudo para longe da objectiva. Ouvimos dizer que a pornografia está nos olhos de quem a vê. Neste caso, concordo plenamente.
Pornografia foi ver a Prof.ª Dra. Maria de Lurdes Rodrigues e continuar a ver o engenheiro (o quê?) Sócrates em práticas activas de sado-masoquismo sobre as pessoas que frequentam e trabalham na escola (ainda) pública.
[Descansem os ouvidos pseudo-virgens que me lêem: isto é bom para alimentar conversas, tomar partidos e esquecer que estamos pornográfica e seriamente bem fodidos lixados]
sábado, 15 de maio de 2010
Contador de inverdades
Best of "read my lips"
in
(http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/05/best-of-read-my-lips.html)
Verifiquem, por favor:
- "Não haverá aumento de impostos" 16 de Abril de 2010
- "Fomos o país que melhor resistiu à crise." 22 de Fevereiro de 2010
- "Decidimos aumentar o nosso défice, não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias." 1 de Fevereiro de 2010
- “(...) não haverá aumento de impostos, porque a prioridade deste orçamento e dos próximos tempos será sem dúvida o crescimento económico e o emprego”. 24 de Novembro de 2009
- "Portugal é um dos primeiros países a sair da recessão" 13 de Agosto de 2009
- "Está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice" 25 de Julho de 2009
José Sócrates, primeiro-ministro, contador de inverdades compulsivo.
in
(http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/05/best-of-read-my-lips.html)
Verifiquem, por favor:
- "Não haverá aumento de impostos" 16 de Abril de 2010
- "Fomos o país que melhor resistiu à crise." 22 de Fevereiro de 2010
- "Decidimos aumentar o nosso défice, não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias." 1 de Fevereiro de 2010
- “(...) não haverá aumento de impostos, porque a prioridade deste orçamento e dos próximos tempos será sem dúvida o crescimento económico e o emprego”. 24 de Novembro de 2009
- "Portugal é um dos primeiros países a sair da recessão" 13 de Agosto de 2009
- "Está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no défice" 25 de Julho de 2009
José Sócrates, primeiro-ministro, contador de inverdades compulsivo.
É preciso chamar os bois pelos nomes...
Não vale a pena chamar nomes feios aos credores.
Quem criou esta situação desastrosa - que coloca em causa não apenas a nossa permanência no euro mas também a continuidade na União Europeia - foram os governos de António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates.
Foram quinze anos de despesismo e mau governo e 13 anos de governação socialista desleixada, mentirosa e incompetente.
Ramiro Marques
Quem criou esta situação desastrosa - que coloca em causa não apenas a nossa permanência no euro mas também a continuidade na União Europeia - foram os governos de António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates.
Foram quinze anos de despesismo e mau governo e 13 anos de governação socialista desleixada, mentirosa e incompetente.
Ramiro Marques
Mas foi bom?
Durante 80.000 anos permaneceu a questão: humanos e Neandertais tiveram sexo?
Com a publicação do genoma do Neandertal a resposta é um rotundo "oh, yes".
Mas mais na Europa.
Agora a grande questão em aberto acerca da evolução dos hominídeos é se tiveram prazer.
A análise das características morfológicas dos humanos actuais e de fósseis antigos de homens anatomicamente modernos parece indicar que os Neandertais eram amantes sensíveis que escutavam as suas companheiras desde o momento em que lhe agarravam no cachaço e durante todo o espancamento preliminar.
Já análise de sequências de ADN dá ideia de uma intimidade rotineira e mecânica, isto porque olhar para sequências de ADN é sempre aborrecido: são só quatro letras (A, T, G, C) repetidas quatro mil milhões de vezes. ATGGCCTTAA (...), até quatro mil milhões. Não há chama que aguente.
David Marçal, no Inimigo Público
(mas retirado de De Rerum Natura)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
O abismo espera-nos se...
Dificilmente se vivem tempos como os actuais.
Tanto pela experiência de vida como pela história podem viver-se ou conhecer-se épocas marcantes, qualquer que seja o critério adoptado. Períodos de euforia, de luta, de esperança, de desânimo, de guerra, enfim, os mais variados acontecimentos que o género humano e a natureza são capazes de proporcionar.
Mas dificilmente se terá vivido, considerando o nível de desenvolvimento moral e civilizacional já atingido pela humanidade, um período em que se assista a um saque tão escandaloso do património da maior parte da sociedade por um punhado de especuladores que, dominando o capital financeiro, transformaram a generalidade dos governos em verdadeiros lacaios dos seus interesses, incapazes de um gesto de independência relativamente a esse domínio.
Enquanto os mercados de capitais não forem atacados com a mesma eficácia e com a mesma
convicção com que se ataca um bando de ladrões não voltará a haver tranquilidade no mundo. Cada um tem de fazer a sua parte, tendo sempre presente que não pode contar com os governos nem com qualquer apoio institucional para travar este combate.
[…]
Para que se faça uma ideia: nos últimos anos, a economia mundial cresceu à volta de 4%; o comércio mundial 4,5%; e o movimento de capitais 60%! Como é possível conviver com um sector financeiro que em algumas décadas cresceu várias vezes mais do que a economia real?
É neste contexto que se inserem as novas medidas acordadas em Bruxelas para Portugal e outros países. Através dessas medidas não se trata, como a experiência já demonstrou, de fazer conjunturalmente sacrifícios para garantir a médio prazo o crescimento da economia, o desenvolvimento económico, o fomento do emprego, enfim, aqueles objectivos que justificariam um sacrifício presente para alcançar uma vantagem futura.
Nada disso.
O resultado destes sacrifícios é estagnação económica, mais desemprego, menores salários, mais encargos.
E quem ganha com isso?
Antes de mais vão ganhar todos aqueles que tiverem de pagar menores salários, aqueles para os quais forem transferidos os bens públicos rentáveis e, obviamente, o capital financeiro que, continuando a fazer empréstimos a preços especulativos, duplicará, triplicará, facilmente os lucros e terá por aquela via garantida o reembolso da dívida…que não cessará de crescer.
Por outro lado, a Europa no seu conjunto enfrenta um problema de competitividade tal como o mundo é entendido.
E se neste contexto há questões a curto, médio prazo, incontornáveis, como a questão demográfica, outras há que somente são questões porque o capital organizou a vida das pessoas e das sociedades de tal modo que transforma num problema de competitividade aquilo que à partida não o era.
Referimo-nos fundamentalmente aos movimentos de capitais, à actividade financeira no seu conjunto, mas também aos produtos agrícolas, pecuários e manufacturados oriundos de países terceiros, nomeadamente emergentes.
Em primeiro lugar, a dificuldade em atacar estas questões resulta de estarmos a lidar com um grande espaço económico livre que não está sujeito a uma direcção política única.
Contrariamente ao que se passa com outro grande mercado – o dos Estados Unidos – onde se podem tomar medidas de natureza política uniformes a partir de um único centro de decisão, na Europa isso não acontece: não há qualquer governo uniforme da economia. O único governo que existe é a ausência de governo.
[…]
Em conclusão, as medidas anunciadas ou a anunciar pelo Governo apenas servem para consolidar o saque acima referido sem que entre elas e o chamado interesse geral haja qualquer coincidência.
Não é que este governo seja particularmente perverso, ou que outro do mesmo quadrante sistémico possa fazer diferente, o que se passa é que este é o lacaio de turno.
Por outro lado, tais medidas e tudo o que lhes está associado demonstram que o voto popular perdeu sentido e de nada vale perante os poderes da finança, como de resto o ministro Santos Silva com a sua conhecida falta de talento e de vergonha já se encarregou de confirmar.
Só que esta conclusão engendra outra. Se de facto o voto nada vale, porque o seu sentido pode ser mudado por via de um poder que o condiciona e desvaloriza, então este problema não pode ser resolvido através do voto. Tem que ser resolvido por outra via!
JM Correia Pinto
in
http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2010/05/novo-saque-vista.html
Tanto pela experiência de vida como pela história podem viver-se ou conhecer-se épocas marcantes, qualquer que seja o critério adoptado. Períodos de euforia, de luta, de esperança, de desânimo, de guerra, enfim, os mais variados acontecimentos que o género humano e a natureza são capazes de proporcionar.
Mas dificilmente se terá vivido, considerando o nível de desenvolvimento moral e civilizacional já atingido pela humanidade, um período em que se assista a um saque tão escandaloso do património da maior parte da sociedade por um punhado de especuladores que, dominando o capital financeiro, transformaram a generalidade dos governos em verdadeiros lacaios dos seus interesses, incapazes de um gesto de independência relativamente a esse domínio.
Enquanto os mercados de capitais não forem atacados com a mesma eficácia e com a mesma
convicção com que se ataca um bando de ladrões não voltará a haver tranquilidade no mundo. Cada um tem de fazer a sua parte, tendo sempre presente que não pode contar com os governos nem com qualquer apoio institucional para travar este combate.
[…]
Para que se faça uma ideia: nos últimos anos, a economia mundial cresceu à volta de 4%; o comércio mundial 4,5%; e o movimento de capitais 60%! Como é possível conviver com um sector financeiro que em algumas décadas cresceu várias vezes mais do que a economia real?
É neste contexto que se inserem as novas medidas acordadas em Bruxelas para Portugal e outros países. Através dessas medidas não se trata, como a experiência já demonstrou, de fazer conjunturalmente sacrifícios para garantir a médio prazo o crescimento da economia, o desenvolvimento económico, o fomento do emprego, enfim, aqueles objectivos que justificariam um sacrifício presente para alcançar uma vantagem futura.
Nada disso.
O resultado destes sacrifícios é estagnação económica, mais desemprego, menores salários, mais encargos.
E quem ganha com isso?
Antes de mais vão ganhar todos aqueles que tiverem de pagar menores salários, aqueles para os quais forem transferidos os bens públicos rentáveis e, obviamente, o capital financeiro que, continuando a fazer empréstimos a preços especulativos, duplicará, triplicará, facilmente os lucros e terá por aquela via garantida o reembolso da dívida…que não cessará de crescer.
Por outro lado, a Europa no seu conjunto enfrenta um problema de competitividade tal como o mundo é entendido.
E se neste contexto há questões a curto, médio prazo, incontornáveis, como a questão demográfica, outras há que somente são questões porque o capital organizou a vida das pessoas e das sociedades de tal modo que transforma num problema de competitividade aquilo que à partida não o era.
Referimo-nos fundamentalmente aos movimentos de capitais, à actividade financeira no seu conjunto, mas também aos produtos agrícolas, pecuários e manufacturados oriundos de países terceiros, nomeadamente emergentes.
Em primeiro lugar, a dificuldade em atacar estas questões resulta de estarmos a lidar com um grande espaço económico livre que não está sujeito a uma direcção política única.
Contrariamente ao que se passa com outro grande mercado – o dos Estados Unidos – onde se podem tomar medidas de natureza política uniformes a partir de um único centro de decisão, na Europa isso não acontece: não há qualquer governo uniforme da economia. O único governo que existe é a ausência de governo.
[…]
Em conclusão, as medidas anunciadas ou a anunciar pelo Governo apenas servem para consolidar o saque acima referido sem que entre elas e o chamado interesse geral haja qualquer coincidência.
Não é que este governo seja particularmente perverso, ou que outro do mesmo quadrante sistémico possa fazer diferente, o que se passa é que este é o lacaio de turno.
Por outro lado, tais medidas e tudo o que lhes está associado demonstram que o voto popular perdeu sentido e de nada vale perante os poderes da finança, como de resto o ministro Santos Silva com a sua conhecida falta de talento e de vergonha já se encarregou de confirmar.
Só que esta conclusão engendra outra. Se de facto o voto nada vale, porque o seu sentido pode ser mudado por via de um poder que o condiciona e desvaloriza, então este problema não pode ser resolvido através do voto. Tem que ser resolvido por outra via!
JM Correia Pinto
in
http://politeiablogspotcom.blogspot.com/2010/05/novo-saque-vista.html
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Tempo de Milagres
Antecedendo a visita do Papa, Portugal tem sido contemplado com uma verdadeira cornucópia de milagres, da desabituada vitória do Benfica no campeonato ao arquivamento (sem julgamento) do processo em que um ex-presidente da Câmara de Lisboa e mais responsáveis camarários eram acusados de ter lesado a autarquia em benefício da notória Bragaparques, propriedade do não menos notório Domingos Névoa, também ele, por sua vez, milagrado pela Relação de Lisboa com a absolvição do crime de tentativa de corrupção de um vereador, apesar de ter sido dada como provada toda a matéria de facto que levara à sua condenação em primeira instância.
Nada, porém, que se compare ao milagroso sobressalto de consciência que levou 10 ex-ministros das Finanças em peregrinação, de baraço ao pescoço, junto de outro ex-ministro das Finanças, para lhe mostrarem a sua "profunda preocupação" com a "situação do país".
Ao todo, os 10+1 ex-ministros foram responsáveis pela "situação do país" durante 28 dos 36 anos de Democracia. Se foi, e acredito que sim, a visita do Papa que os inspirou ao arrependimento, abençoado seja o Papa.
(Manuel António Pina)
Nada, porém, que se compare ao milagroso sobressalto de consciência que levou 10 ex-ministros das Finanças em peregrinação, de baraço ao pescoço, junto de outro ex-ministro das Finanças, para lhe mostrarem a sua "profunda preocupação" com a "situação do país".
Ao todo, os 10+1 ex-ministros foram responsáveis pela "situação do país" durante 28 dos 36 anos de Democracia. Se foi, e acredito que sim, a visita do Papa que os inspirou ao arrependimento, abençoado seja o Papa.
(Manuel António Pina)
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Quem são os culpados?
Estou farto disto!!!
Afinal quem é o culpado de eu reduzir todas as minhas despesas, começando pela cultura?
Por que é que os engravatados economistas que todos os dias nos entram pela casa dentro através da televisão em vez de dizerem até à saciedade que é preciso apertar o cinto, não começam por dizer: O culpado de estarmos nesta situação é fulano!!!
Encobrimento mútuo?
Estamos como estamos e como nos querem pôr e não há culpados?!
Mais!
Somos nós os que não temos feitio para o carneirismo partidário que somos os culpados disto?!
O que é que nós fizemos para ser acusados, mesmo que não explicitamente, para sermos condenados a pagar as asneiras de uns bastardos de políticos (isto para não dizer "filhos da puta" como nos diz o divertido Alberto - o Pimenta e não o Jardim)?
Somos nós que vamos pagar a crise?! Só nós, porquê?!
Somos nós que ganhamos milhões de euros?! (discursa Alberto Pimenta, discursa!...)
Lavar as mãos como Pilatos
É mais um caso como muitos outros.
É mais um exemplo do calvário em que a escola se tornou para muitos alunos.
Agressões continuadas por alunos mais velhos e impotência da direcção da escola.
Mais um caso para arquivar?
José Carlos, de 11 anos, da Escola EB de Lousada, deu ontem entrada no Hospital de Penafiel com vários hematomas no corpo, na sequência de uma agressão ocorrida dentro da escola.
O menino terá sido agredido por um grupo de vários alunos mais velhos.
O menor garante que há mais de um mês que é vítima de agressões, sempre perpetradas pelos mesmos jovens.
A mãe, Isabel Fernandes, já tinha apresentado queixa na escola, mas o estabelecimento de ensino nada terá feito para travar a violência.
'Disseram-me que não podiam fazer grande coisa.
Não conseguiam controlar os passos de todos dos alunos'.
Fonte: CM de 12/5/2010
É mais um exemplo do calvário em que a escola se tornou para muitos alunos.
Agressões continuadas por alunos mais velhos e impotência da direcção da escola.
Mais um caso para arquivar?
José Carlos, de 11 anos, da Escola EB de Lousada, deu ontem entrada no Hospital de Penafiel com vários hematomas no corpo, na sequência de uma agressão ocorrida dentro da escola.
O menino terá sido agredido por um grupo de vários alunos mais velhos.
O menor garante que há mais de um mês que é vítima de agressões, sempre perpetradas pelos mesmos jovens.
A mãe, Isabel Fernandes, já tinha apresentado queixa na escola, mas o estabelecimento de ensino nada terá feito para travar a violência.
'Disseram-me que não podiam fazer grande coisa.
Não conseguiam controlar os passos de todos dos alunos'.
Fonte: CM de 12/5/2010
Ao que nós chegamos!... Vaca= professora
A professora é uma vaca que dá trabalhos de casa.
Vejam isto.
A falta de respeito pelos professores já chegou às editoras.
É um livro para crianças.
Uma publicação infeliz da editora Civilização.
Nos tempos que vivemos nas nossas escolas isto é a "cereja no topo do bolo"...
Virou moda "bater" nos professores e considerá-los os bodes expiatórios dos males da sociedade.
É inaceitável este tratamento à nossa classe ou a quem quer que seja! O livro tem a função de educar e construir e este, em poucas palavras, deita por terra o nosso trabalho de pais e de educadores.
É com pena que divulgo este caso até porque a Civilização Editora já prestou grandes serviços à Cultura Portuguesa.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
O Costa e o Zé
O Costa e o Zé são duas personagens típicas portuguesas.
Porém, a única característica que têm em comum é a vontade de vencer a qualquer preço.
Quanto ao mais, são só diferenças a distingui-los.
Ora vejamos:
O Costa não se importa de aparecer ao lado das namoradas, mesmo que tenham currículo de Cabaret; o Zé importa-se, ou simplesmente não tem namoradas.
O Costa não faz footing em lado nenhum, talvez por ter vergonha de mostrar as canetas; O Zé, sempre que vai ao estrangeiro, é fotografado , de canetas ao léu, a fazer o footing da praxe.
O Costa , se quer corromper alguém, por exemplo um árbitro, chama-o a casa e corrompe-o; o Zé tem sempre alguém, muito solícito, a fazê-lo por ele.
O Costa expressa o seu pensamento com ironia; O Zé não tem pensamento para poder expressar.
O Costa manda sozinho, em equipa; o Zé manda, em equipa, sozinho.
O Costa não tem curso superior porque aos domingos vai sempre à missa; o Zé, esse, tem um curso superior tirado ao domingo.
O Costa é Costa e não Zé; o Zé é Zé e não Costa.
Cunha Ribeiro (in www.profblog.org)
Porém, a única característica que têm em comum é a vontade de vencer a qualquer preço.
Quanto ao mais, são só diferenças a distingui-los.
Ora vejamos:
O Costa não se importa de aparecer ao lado das namoradas, mesmo que tenham currículo de Cabaret; o Zé importa-se, ou simplesmente não tem namoradas.
O Costa não faz footing em lado nenhum, talvez por ter vergonha de mostrar as canetas; O Zé, sempre que vai ao estrangeiro, é fotografado , de canetas ao léu, a fazer o footing da praxe.
O Costa , se quer corromper alguém, por exemplo um árbitro, chama-o a casa e corrompe-o; o Zé tem sempre alguém, muito solícito, a fazê-lo por ele.
O Costa expressa o seu pensamento com ironia; O Zé não tem pensamento para poder expressar.
O Costa manda sozinho, em equipa; o Zé manda, em equipa, sozinho.
O Costa não tem curso superior porque aos domingos vai sempre à missa; o Zé, esse, tem um curso superior tirado ao domingo.
O Costa é Costa e não Zé; o Zé é Zé e não Costa.
Cunha Ribeiro (in www.profblog.org)
sábado, 8 de maio de 2010
O Ensino na Finlândia...
(texto retirado de ProfBlog)
Depois digam que a culpa dos resultados dos alunos portugueses é apenas dos professores...
Zé da Silva
============================================
Em 2006, os resultados do PISA encheram os finlandeses de orgulho: os alunos finlandeses de 15 anos de idade ficaram em 1º lugar a Ciências e Leitura e em 2º lugar na Matemática. Como explicar esses resultados?
Dica #1: A Finlândia atingiu os 100% de alfabetização há 100 anos.
Dica #2: O número de crianças imigrantes é residual. Mais de 98% das crianças finlandesas que entram na escola primária têm o finlandês como língua materna
Dica #3: A Finlândia tem um taxa de desemprego muito baixa e um nível de pobreza quase nulo.
Dica #4: Existe uma tradição centenária de os pais e as mães lerem livros às crianças desde tenra idade.
Dica #5: Os professores são fruto de uma apertada selecção à entrada da profissão e apenas os melhores alunos universitários conseguem seguir a profissão docente.
Dica #6: São raros os problemas disciplinares nas escolas finlandesas.
Dica #7: As crianças finlandesas não podem entrar para a escola primária antes dos 7 anos de idade.
Dica #8:Existe um professor de apoio em cada sala com o objectivo de ajudar os alunos com dificuldades.
Dica #9: As escolas estão dotadas de pessoal técnico especializado e os docentes não estão sobrecarregados com funções não lectivas.
Dica #10: Existe grande estabilidade curricular nas escolas finlandesas e a interferência do Ministério da Educação na vida das escolas é mínima.
Como em Portugal, não é?...
Depois digam que a culpa dos resultados dos alunos portugueses é apenas dos professores...
Zé da Silva
============================================
Em 2006, os resultados do PISA encheram os finlandeses de orgulho: os alunos finlandeses de 15 anos de idade ficaram em 1º lugar a Ciências e Leitura e em 2º lugar na Matemática. Como explicar esses resultados?
Dica #1: A Finlândia atingiu os 100% de alfabetização há 100 anos.
Dica #2: O número de crianças imigrantes é residual. Mais de 98% das crianças finlandesas que entram na escola primária têm o finlandês como língua materna
Dica #3: A Finlândia tem um taxa de desemprego muito baixa e um nível de pobreza quase nulo.
Dica #4: Existe uma tradição centenária de os pais e as mães lerem livros às crianças desde tenra idade.
Dica #5: Os professores são fruto de uma apertada selecção à entrada da profissão e apenas os melhores alunos universitários conseguem seguir a profissão docente.
Dica #6: São raros os problemas disciplinares nas escolas finlandesas.
Dica #7: As crianças finlandesas não podem entrar para a escola primária antes dos 7 anos de idade.
Dica #8:Existe um professor de apoio em cada sala com o objectivo de ajudar os alunos com dificuldades.
Dica #9: As escolas estão dotadas de pessoal técnico especializado e os docentes não estão sobrecarregados com funções não lectivas.
Dica #10: Existe grande estabilidade curricular nas escolas finlandesas e a interferência do Ministério da Educação na vida das escolas é mínima.
Como em Portugal, não é?...
José Maria Martins ao ataque
Texto publicado na quarta-feira, 24 de Março de 2010,
em http://jose-maria-martins.blogspot.com/2010/03/portugal-um-pais-cheio-de-tiranetes-de.html
Não me consta que José Maria Martins tenha sido incomodado por causa disto.
(arranjo do texto de minha autoria)
===================================================
Portugal - Um país cheio de tiranetes, de crápulas que nas suas aldeias e vilas fazem a lei e subvertem a Democracia
Estava agora a ver a televisão e a ouvir Ricardo Rodrigues, deputado do PS, eleito nos Açores, quando ele dizia que a Comissão da Assembleia da República sobre o negócio da PT/TVI nada mais era que uma forma de enxovalhar o Primeiro Ministro "Um dos mais altos magistrados da Nação".
Pasme-se! José Sócrates um dos mais altos magistrados da Nação!
Da mesma maneira que Ricardo Rodrigues deixou condenar, estupidamente, um amigo meu, um homem bom e muito influente em Ponta Delgada, quando Ricardo Rodrigues era apenas advogado e o irmão dele empregado na Associção Agrícola.
Todos se lembram que Ricardo Rodrigues se demitiu do Governo dos Açores aquando do caso de pedófilia conhecido como Caso Farfalha.
Agora aparece - depois de fazer mais umas tantas ilegalidades, porcarias, no âmbito de um jornal , do PS, que foi à falência em Ponta Delgada! - como o homem forte do PS!!
Veja-se que pessoas o meu ex-partido tem como arautos!.
Onde está Mário Soares? Onde está António Arnault? Onde está Almeida Santos? Onde está Carlos Candal (já morreu)?
Creio que o deputado Ricardo Rodrigues é o maior defensor , no PS, dos casamentos homossexuais ,quando se sabe que não tem filhos... e que nos Açores é tido como membro do grupo Gay!
Portugal está do avessso!
Sócrates deixa estas pessoas tomarem posições de destaque e afundar Portugal.
Onde estão os milhões de euros desviados da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo? Em cujo processo crime Ricardo Rodrigues foi arguido e salvo pelos amigos, contra a posição da Policia Judiciária?
Sei do que falo porque fui advogado desse caso em que Ricardo Rodrigues era arguido, mas alguém se encarregou de o safar...
Se Ricardo Rodrigues me quiser processar que o faça!
Mas temos que saber quem era o procurador gay que o safou!O procurador que tinha um namorado preso na prisão da Boa Nova , em Ponta Delgada!
Uma miséria este Portugal!
Por outro lado, ao longo do país vamos vendo tiranetes que defendem as suas capelinhas, contra o Povo.
Nas freguesias, nos concelhos, há sempre os "regedores" que vão emporcalhando Portugal e sendo responsáveis pela miséria em que vivemos.
Portugal está nas bocas do Mundo pelas piores razões.
Eu por mim preferia dar um tiro nos cornos de um desses tiranetes a deixar o meu amado, o meu querido, o meu adorado Portugal morrer, o país pelo qual jurei morrer se fosse necessário.
Declaro que se for necessário morrerei por Portugal, de armas na mão, mas há-de haver filhos da puta que vão à minha frente!
Os Povos têm o direito de se revoltar!
Os meus filhos, os teus filhos, os nossos filhos, não podem estar na mão destes biltres.
Os portugueses , se for necessário, devem seguir o exemplo do Povo de Paris, os "sans culottes".que destruíram a Bastilha, que mataram Luis XVI e Maria Antonieta.
Se me quiserem processar, façam-no, porque eu não tolero pedófilos, que não confessam , nem corruptos que destroiem o meu amado Portugal.
Basta, já"!
em http://jose-maria-martins.blogspot.com/2010/03/portugal-um-pais-cheio-de-tiranetes-de.html
Não me consta que José Maria Martins tenha sido incomodado por causa disto.
(arranjo do texto de minha autoria)
===================================================
Portugal - Um país cheio de tiranetes, de crápulas que nas suas aldeias e vilas fazem a lei e subvertem a Democracia
Estava agora a ver a televisão e a ouvir Ricardo Rodrigues, deputado do PS, eleito nos Açores, quando ele dizia que a Comissão da Assembleia da República sobre o negócio da PT/TVI nada mais era que uma forma de enxovalhar o Primeiro Ministro "Um dos mais altos magistrados da Nação".
Pasme-se! José Sócrates um dos mais altos magistrados da Nação!
Eu que conheço muito bem, e até pessoalmente , o deputado Ricardo Rodrigues e dei comigo a pensar: "Para onde vai o meu Portugal?".
É vergonhoso que o PS tenha metido nas listas de deputados Ricardo Rodrigues.
Vergonhoso!
Digo-o no âmbito da minha liberdade de expressão e opinião.
Digo-o como cidadão político.
Digo-o na qualidade de irmão de dois açorianos :Victor Manuel Martins, nascido na Horta, Ilha do Faial, e de Maria Isabel Martins, nascida em Vila do Porto, Ilha de Santa Maria.
Da mesma maneira que Ricardo Rodrigues deixou condenar, estupidamente, um amigo meu, um homem bom e muito influente em Ponta Delgada, quando Ricardo Rodrigues era apenas advogado e o irmão dele empregado na Associção Agrícola.
Todos se lembram que Ricardo Rodrigues se demitiu do Governo dos Açores aquando do caso de pedófilia conhecido como Caso Farfalha.
Agora aparece - depois de fazer mais umas tantas ilegalidades, porcarias, no âmbito de um jornal , do PS, que foi à falência em Ponta Delgada! - como o homem forte do PS!!
Veja-se que pessoas o meu ex-partido tem como arautos!.
Onde está Mário Soares? Onde está António Arnault? Onde está Almeida Santos? Onde está Carlos Candal (já morreu)?
Creio que o deputado Ricardo Rodrigues é o maior defensor , no PS, dos casamentos homossexuais ,quando se sabe que não tem filhos... e que nos Açores é tido como membro do grupo Gay!
Portugal está do avessso!
Sócrates deixa estas pessoas tomarem posições de destaque e afundar Portugal.
Onde estão os milhões de euros desviados da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo? Em cujo processo crime Ricardo Rodrigues foi arguido e salvo pelos amigos, contra a posição da Policia Judiciária?
Sei do que falo porque fui advogado desse caso em que Ricardo Rodrigues era arguido, mas alguém se encarregou de o safar...
Se Ricardo Rodrigues me quiser processar que o faça!
Mas temos que saber quem era o procurador gay que o safou!O procurador que tinha um namorado preso na prisão da Boa Nova , em Ponta Delgada!
Uma miséria este Portugal!
Por outro lado, ao longo do país vamos vendo tiranetes que defendem as suas capelinhas, contra o Povo.
Nas freguesias, nos concelhos, há sempre os "regedores" que vão emporcalhando Portugal e sendo responsáveis pela miséria em que vivemos.
Portugal está nas bocas do Mundo pelas piores razões.
Eu por mim preferia dar um tiro nos cornos de um desses tiranetes a deixar o meu amado, o meu querido, o meu adorado Portugal morrer, o país pelo qual jurei morrer se fosse necessário.
Declaro que se for necessário morrerei por Portugal, de armas na mão, mas há-de haver filhos da puta que vão à minha frente!
Os Povos têm o direito de se revoltar!
Os meus filhos, os teus filhos, os nossos filhos, não podem estar na mão destes biltres.
Os portugueses , se for necessário, devem seguir o exemplo do Povo de Paris, os "sans culottes".que destruíram a Bastilha, que mataram Luis XVI e Maria Antonieta.
Se me quiserem processar, façam-no, porque eu não tolero pedófilos, que não confessam , nem corruptos que destroiem o meu amado Portugal.
Basta, já"!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
M. A. Pina em grande forma
Constâncio de novo
(do JN de hoje)
Vítor Constâncio pode ser acusado de muita coisa, mas não de não ser um fiel representante da deriva ideológica do Partido Socialista em direcção àquilo que poderia classificar-se como uma espécie de neo-liberalismo de fachada social, responsável por Portugal ser hoje, 36 anos depois do 25 de Abril, um dos países da Europa com maiores desigualdades sociais.
O mandato de Constâncio à frente do Banco de Portugal notabilizou-se, por um lado, pela total passividade e impotência reguladora em relação às tropelias da banca e, por outro, pela encarniçada defesa da redução dos salários (dos alheios, entenda-se) como panaceia para a solução de todos os problemas financeiros do país.
Agora, em vésperas de partir para o assento etéreo a que subiu no BCE, não quis deixar os seus créditos por mãos alheias. Para ele, o PEC é brando de mais e medidas adicionais e mais drásticas "têm de ser ponderadas e seria útil e desejável que acontecessem".
José Afonso sintetizou tal discurso em dois versos terríveis de, justamente, "Os eunucos": "Quando os mais são feitos em torresmos/ não matam os tiranos, pedem mais".
(do JN de hoje)
Vítor Constâncio pode ser acusado de muita coisa, mas não de não ser um fiel representante da deriva ideológica do Partido Socialista em direcção àquilo que poderia classificar-se como uma espécie de neo-liberalismo de fachada social, responsável por Portugal ser hoje, 36 anos depois do 25 de Abril, um dos países da Europa com maiores desigualdades sociais.
O mandato de Constâncio à frente do Banco de Portugal notabilizou-se, por um lado, pela total passividade e impotência reguladora em relação às tropelias da banca e, por outro, pela encarniçada defesa da redução dos salários (dos alheios, entenda-se) como panaceia para a solução de todos os problemas financeiros do país.
Agora, em vésperas de partir para o assento etéreo a que subiu no BCE, não quis deixar os seus créditos por mãos alheias. Para ele, o PEC é brando de mais e medidas adicionais e mais drásticas "têm de ser ponderadas e seria útil e desejável que acontecessem".
José Afonso sintetizou tal discurso em dois versos terríveis de, justamente, "Os eunucos": "Quando os mais são feitos em torresmos/ não matam os tiranos, pedem mais".
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Manuel António Pina voltou. Ainda bem!
O "incentivo certo"
(JN de hoje;destaques meus)
Tinha regressado do hospital, onde sobrevivera a uma operação e ao programa da manhã do Goucha, e vi o primeiro-ministro (ou seria o Chapeleiro Louco de "Alice"?) explicar na AR a opção "os pobres que paguem a crise" do PEC socialista.
Não descartando a hipótese de estar ainda sob algum carrolliano efeito da anestesia, pareceu-me ouvir o primeiro-ministro dizer que o Governo não faz ideia de quanto poupará com os anunciados cortes no subsídio de desemprego mas que estes se justificam com o louvável propósito de... acabar com o desemprego, já que "há pessoas no desemprego que precisam de ter o incentivo certo para trabalhar" (aplausos ruidosos do Mercado e dos seus profetas, as agências de "rating").
O "incentivo certo" do PS para combater o desemprego já foi a criação de postos de trabalho. Mas não é que os 600 ou 700 mil madraços inscritos nos Centros de Emprego não querem, afinal, trabalhar?
Cortando-lhes o subsídio, sem terem que comer, vê-los-emos finalmente precipitar-se sobre os 150 mil postos de trabalho criados pelo Governo na anterior legislatura e não ocupados por "boys" nem "girls".
(JN de hoje;destaques meus)
Tinha regressado do hospital, onde sobrevivera a uma operação e ao programa da manhã do Goucha, e vi o primeiro-ministro (ou seria o Chapeleiro Louco de "Alice"?) explicar na AR a opção "os pobres que paguem a crise" do PEC socialista.
Não descartando a hipótese de estar ainda sob algum carrolliano efeito da anestesia, pareceu-me ouvir o primeiro-ministro dizer que o Governo não faz ideia de quanto poupará com os anunciados cortes no subsídio de desemprego mas que estes se justificam com o louvável propósito de... acabar com o desemprego, já que "há pessoas no desemprego que precisam de ter o incentivo certo para trabalhar" (aplausos ruidosos do Mercado e dos seus profetas, as agências de "rating").
O "incentivo certo" do PS para combater o desemprego já foi a criação de postos de trabalho. Mas não é que os 600 ou 700 mil madraços inscritos nos Centros de Emprego não querem, afinal, trabalhar?
Cortando-lhes o subsídio, sem terem que comer, vê-los-emos finalmente precipitar-se sobre os 150 mil postos de trabalho criados pelo Governo na anterior legislatura e não ocupados por "boys" nem "girls".
A FRASE DO DIA
Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, citado pelo jornal "Público", sobre as provas de aferição de Matemática dos 4.º e 6º anos, da responsabilidade do Ministério da Educação:
"Seria óptimo se nas provas houvesse perguntas de Matemática".
"Seria óptimo se nas provas houvesse perguntas de Matemática".
E não deviam ser os ricos a pagar a crise?!
“"E o que significa afinal o PEC, mais ajuste menos ajuste, com melhor ou pior embrulho?
Significa, já toda a gente percebeu, que os problemas provocados pelos ricos (alguns deles ricos-vigaristas) vão ser resolvidos pelo sacrifício financeiro de quem nada teve a ver com o assunto".
Pedro Tadeu, "Diário de Notícias", 04-05-2010
Significa, já toda a gente percebeu, que os problemas provocados pelos ricos (alguns deles ricos-vigaristas) vão ser resolvidos pelo sacrifício financeiro de quem nada teve a ver com o assunto".
Pedro Tadeu, "Diário de Notícias", 04-05-2010
O sr. Secretário de Estado da Educação João Trocado da Mata (quem?) falou:
Paulo Guinote faz no seu blogue uma brilhante análise sobre ele e o seu paleio, com destaques da minha autoria:
O secretário de Estado João Trocado da Mata tem sido uma não-existência no ME, reduzido a um papel protocolar de inaugurador e pouco mais.
A sua especialidade – as tecnologias – estão em banho-naria, como se vê pelos Magalhães que a geração de caloiros a que pertence a minha petiza não receberá este ano lectivo.
Mas isso é periférico.
Complicado é colocá–lo a falar de Educação mesmo, porque o desconhecimento é tal que confrange. [...]
Aparentemente o SE Trocado da Mata desconhece que as tais turmas mais pequenas, com menos de 10 alunos correspondem quase sempre a alunas de PCA, que têm essa dimensão exactamente por serem constituídas por alunos com um historial de insucesso e em que uma taxa de transição de 50% é já um enorme êxito.
Se o excelentíssimo SE Trocado da Mata se dignasse descer da neutralidade e aparente clareza dos números para a realidade das condições de funcionamento das turmas, saberia que essas turmas reduzidas o são para trabalhar casos mais complicados ao nível das aprendizagens e do combate ao risco de abandono, permitindo – do outro lado – que as turmas regulares fiquem sem esses casos para gerir.
Por isso mesmo, turmas com 8, 10, 12 alunos são propensas a, comparativamente, maiores taxas de insucesso porque, no limite, estão a funcionar com historiais de 100% de insucesso ou quase.
Lecciono 3 dessas turmas. Há cerca de uma década que trabalho com situações destas e sei como atingir 50% ou mais de sucesso é dificílimo.
Não pela dimensão da turma, mas pelo perfil dos alunos.
O SE Trocado da Mata não sabe isso.
Não me admira.
Tem passado pelas escolas apenas para cortar fitas.
E lê uns gráficos.
(Biografia do homem em: http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Governo/Perfis/Pages/JoaoJoseTrocadodaMata.aspx )
segunda-feira, 3 de maio de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
O que é ser católico hoje?
Ver este excelente artigo de Anselmo Borges em:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1558309&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1558309&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco
Um país à beira do abismo
Nuno Saraiva (DN de hoje)
[...]
E, passando nós a vida a encher a boca a comparar-nos com Espanha, ao menos que olhemos para o outro lado da fronteira e sigamos os bons exemplos do que por lá se faz.
O Governo de Zapatero anunciou ontem um plano sem precedentes para fazer face à crise financeira, já aprovado pelo Conselho de Ministros.
Madrid quer eliminar 29 empresas públicas e acabar com 32 altos cargos dirigentes de vários ministérios.
A medida visa naturalmente cortar na despesa.
A isto chama-se coragem política.
Em Portugal, nem nos bónus insultuosos dos gestores de empresas participadas pelo Estado conseguimos cortar.
Perante isto, a triste conclusão é só uma: ou arrepiamos caminho ou, seguramente, não vamos longe.
[...]
E, passando nós a vida a encher a boca a comparar-nos com Espanha, ao menos que olhemos para o outro lado da fronteira e sigamos os bons exemplos do que por lá se faz.
O Governo de Zapatero anunciou ontem um plano sem precedentes para fazer face à crise financeira, já aprovado pelo Conselho de Ministros.
Madrid quer eliminar 29 empresas públicas e acabar com 32 altos cargos dirigentes de vários ministérios.
A medida visa naturalmente cortar na despesa.
A isto chama-se coragem política.
Em Portugal, nem nos bónus insultuosos dos gestores de empresas participadas pelo Estado conseguimos cortar.
Perante isto, a triste conclusão é só uma: ou arrepiamos caminho ou, seguramente, não vamos longe.
O primeiro triunfo de um estilo
por JOÃO MARCELINO (DN de hoje)
1 Bastou meia dúzia de dias para que o novo líder do PSD, na sua primeira sondagem como líder da oposição, arrasasse os números que normalmente fazia Manuela Ferreira Leite (MFL).
[...]
, Pedro Passos Coelho (PPC) está a posicionar-se na política com inteligência, responsabilidade e moderação, como uma alternativa de facto ao actual estado do País - que é péssimo.
Sobretudo, traz a vantagem de não querer incomodar-nos com complexos de superioridade ética e moral. Para nos lembrar o que deveria ser o homem e a virtude, vem aí o Papa. E mesmo ele transporta, como se sabe, a cruz das imensas contradições entre o caminho que prega e a realidade dos atalhos em que alguns membros da sua Igreja por vezes caminham…
2 O Barómetro da Marktest para a TSF e Diário Económico é histórico porque dá o PSD pela primeira vez à frente na era Sócrates.
Ora como Passos Coelho não teve tempo para fazer o que quer que fosse, a não ser exercitar o bom senso e o sentido de Estado (coisa não de somenos face ao que havia), este resultado deve corresponder não só ao desenvolvimento da crise económica e social, que não pára de se agravar, como à esperança de ver nascer, enfim, seis anos depois, uma real alternativa à governação socialista.
Um resultado destes, e com números tão relevantes, sendo meramente um primeiro estudo - e outros se seguirão, de outras entidades -, tem de ser visto como uma responsabilidade. O PSD está a iniciar um caminho que pode significar o regresso ao poder.
[...]
Passos Coelho é, por estranho que isso possa parecer, neste momento o dono do jogo.
Depois de ter pacificado o partido em tempo recorde, a última semana correu-lhe muito bem, com a iniciativa da ida a São Bento e depois o encontro formal com alguns dos mais conhecidos economistas portugueses. Projectou de novo uma imagem tranquila, séria, realista, de um homem preocupado com o País e sem pressas de chegar ao poder.
Ou seja, Passos Coelho sabe o que outros políticos às vezes ignoram: em democracia o que dá votos é a fiabilidade e a confiança, não é a agressividade e a crítica a qualquer preço.
Só a revolução entrega o poder aos exaltados. Nesse particular, está a fazer um caminho que parece milimetricamente calculado e, até ver, reconhecido pela opinião pública.
[...]
1 Bastou meia dúzia de dias para que o novo líder do PSD, na sua primeira sondagem como líder da oposição, arrasasse os números que normalmente fazia Manuela Ferreira Leite (MFL).
[...]
, Pedro Passos Coelho (PPC) está a posicionar-se na política com inteligência, responsabilidade e moderação, como uma alternativa de facto ao actual estado do País - que é péssimo.
Sobretudo, traz a vantagem de não querer incomodar-nos com complexos de superioridade ética e moral. Para nos lembrar o que deveria ser o homem e a virtude, vem aí o Papa. E mesmo ele transporta, como se sabe, a cruz das imensas contradições entre o caminho que prega e a realidade dos atalhos em que alguns membros da sua Igreja por vezes caminham…
2 O Barómetro da Marktest para a TSF e Diário Económico é histórico porque dá o PSD pela primeira vez à frente na era Sócrates.
Ora como Passos Coelho não teve tempo para fazer o que quer que fosse, a não ser exercitar o bom senso e o sentido de Estado (coisa não de somenos face ao que havia), este resultado deve corresponder não só ao desenvolvimento da crise económica e social, que não pára de se agravar, como à esperança de ver nascer, enfim, seis anos depois, uma real alternativa à governação socialista.
Um resultado destes, e com números tão relevantes, sendo meramente um primeiro estudo - e outros se seguirão, de outras entidades -, tem de ser visto como uma responsabilidade. O PSD está a iniciar um caminho que pode significar o regresso ao poder.
[...]
Passos Coelho é, por estranho que isso possa parecer, neste momento o dono do jogo.
Depois de ter pacificado o partido em tempo recorde, a última semana correu-lhe muito bem, com a iniciativa da ida a São Bento e depois o encontro formal com alguns dos mais conhecidos economistas portugueses. Projectou de novo uma imagem tranquila, séria, realista, de um homem preocupado com o País e sem pressas de chegar ao poder.
Ou seja, Passos Coelho sabe o que outros políticos às vezes ignoram: em democracia o que dá votos é a fiabilidade e a confiança, não é a agressividade e a crítica a qualquer preço.
Só a revolução entrega o poder aos exaltados. Nesse particular, está a fazer um caminho que parece milimetricamente calculado e, até ver, reconhecido pela opinião pública.
[...]
Subscrever:
Mensagens (Atom)