de Rafael Barbosa, no Jornal de Notícias de hoje.
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O Ministério Público acusou Rui Pedro Soares, o "golden boy" da PT, e outros dois comparsas menores, Américo Thomati e João Carlos Silva, de corrupção passiva, por terem negociado um contrato de 750 mil euros com um futebolista famoso, em troca do seu apoio à candidatura de José Sócrates nas últimas eleições legislativas.
O jogador cumpriu a sua parte do acordo, segundo os investigadores, quando se dispôs, no último dia de campanha, a tomar o pequeno-almoço com o cabeça-de-lista do PS.
Para usar a terminologia da rapaziada que tão facilmente confunde interesse público com interesse partidário, foi uma coisa um bocado pornográfica.
Os três gestores terão agora de responder pelo que fizeram em tribunal.
Mas há quem escape por entre os pingos de chuva:
em primeiro lugar o PS, principal beneficiário deste esquema de financiamente ilegal e imoral, cujos dirigentes vão assobiando para o lado como se nada tivessem que ver com o assunto;
depois, o próprio futebolista, que pelos vistos nem sequer corre o risco de ter de devolver o prémio de jogo indevidamente recebido.
Uma espécie de síntese do que foi, fora de campo, esse "pesetero" [a alcunha que lhe colocaram os adeptos do Barcelona quando saiu para o Real Madrid] chamado Luís Figo.
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