Enganámo-nos no post anterior e disso pedimos desculpa aos leitores. Fomos contactados pelo sr. doutor Miguel Relvas que fez questão de nos enviar uma foto de uma das cadeiras invisiveis que fez:
domingo, 28 de outubro de 2012
porreiro

Miguel Relvas, além de ter precisado de fazer apenas quatro das 36 cadeiras da licenciatura da Universidade Lusófona, teve também equivalência a cadeiras que não existiam.
(portanto, deu com o rabo no chão...)
sábado, 27 de outubro de 2012
O Orçamento e a rua
(Daniel Oliveira - Expresso - 24 de Outubro)
Está na moda dizer que a rua não pode determinar
as escolhas do poder político. Compreendo o temor, mas era bom saber o que
é isso da "rua". A ideia de que nós elegemos um Parlamento e, a
partir desse momento, tudo o que esteja fora das instituições é indiferente ao
poder é, antes de tudo, pouco democrática. A democracia não se resume, nunca se
resumiu, ao voto. E o País não entra em hibernação entre eleições. As
pessoas reagem a medidas, os governos reagem à reação das pessoas. Há
instrumentos institucionais, políticos e sociais para impedir que os poderes
eleitos entrem em roda livre. É isso a democracia.
Quando os empresários reagiram à proposta da TSU
alguém considerou que o poder estava "na rua"?
Quando, há uns anos,
uma associação patronal encomendou um estudo sobre o novo aeroporto da Ota e o
governo recuou na sua proposta alguém se indignou com a cedência à
"rua"?
Quando o governo negoceia com os parceiros sociais alguém acha
que está a entregar o seu poder à "rua"?
Ou o nojo à "rua"
é apenas uma posição de classe, que considera que o povoléu não tem de se
envolver nas questões políticas através dos instrumentos que a democracia lhe
garante?
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
«Ganho 70 mil euros por isso cale a boca!»
«Ganho 70 mil euros por isso cale a boca!»
Discussão entre suposto funcionário da Orange para empregada chega
às televisões francesas
A discussão aconteceu na estação de comboios de França e chegou às televisões
pela estação Viroflay depois de um jovem de 15 anos, Valentín Reverdi, ter
filmado o sucedido com o seu telemóvel.
«Não tenho nenhum respeito pelos funcionários franceses. Ganho 70 mil euros e você ganha o salário mínimo. Assim, cale a boca», disse o homem, que afirmou trabalhar na empresa de telecomunicações francesa Orange.
A companhia de comboios confirmou o sucedido e a Orange já garantiu ao «Huffington Post» que vai abrir uma investigação para descobrir o funcionário.
Durante a discussão, que durou vários minutos, o homem humilhou a empregada: «Quando ganhar 70 mil euros como eu, poderá falar. Se não existissem pessoas como eu que pagam 10 mil euros em impostos, você não teria salário. Faria o quê? Viveria na rua».
«Em ganho 70 mil euros e você? Tem um salário de merda», insistiu o homem, até que a mulher responde: «Isto é ridículo. Exijo respeito, afinal sou uma pessoa como você».
«Pelo contrário, sou superior a ti».
Nota do Zé da Silva:
Sendo verdade, penso que ainda não perdemos o direito de lhe apertar o... os...
«Não tenho nenhum respeito pelos funcionários franceses. Ganho 70 mil euros e você ganha o salário mínimo. Assim, cale a boca», disse o homem, que afirmou trabalhar na empresa de telecomunicações francesa Orange.
A companhia de comboios confirmou o sucedido e a Orange já garantiu ao «Huffington Post» que vai abrir uma investigação para descobrir o funcionário.
Durante a discussão, que durou vários minutos, o homem humilhou a empregada: «Quando ganhar 70 mil euros como eu, poderá falar. Se não existissem pessoas como eu que pagam 10 mil euros em impostos, você não teria salário. Faria o quê? Viveria na rua».
«Em ganho 70 mil euros e você? Tem um salário de merda», insistiu o homem, até que a mulher responde: «Isto é ridículo. Exijo respeito, afinal sou uma pessoa como você».
«Pelo contrário, sou superior a ti».
Nota do Zé da Silva:
Sendo verdade, penso que ainda não perdemos o direito de lhe apertar o... os...
domingo, 21 de outubro de 2012
Gaspar, amigo, o povo não está contigo!
por NUNO SARAIVA (DN de 20 de Outubro)
Definitivamente, Portugal é um país de ingratos.
O altruísta ministro das Finanças, cujo único propósito na tarefa de destruir a economia portuguesa é retribuir "a dádiva" que o País lhe deu ao investir na sua educação ao longo de décadas, é um mal-amado e um incompreendido.
E vai daí, Vítor Gaspar decidiu que a maneira de corresponder ao esforço nacional na sua sabedoria é com um saque fiscal.
O País, manifestamente, não entende a sua generosidade.
O altruísta ministro das Finanças, cujo único propósito na tarefa de destruir a economia portuguesa é retribuir "a dádiva" que o País lhe deu ao investir na sua educação ao longo de décadas, é um mal-amado e um incompreendido.
E vai daí, Vítor Gaspar decidiu que a maneira de corresponder ao esforço nacional na sua sabedoria é com um saque fiscal.
O País, manifestamente, não entende a sua generosidade.
sábado, 20 de outubro de 2012
Prisioneiros

(por JOÃO MARCELINO - DN de hoje)
1 Passos e Gaspar obedecem à troika, aos objetivos e àquilo que entendem ser
a sua obrigação. A prova está neste Orçamento do Estado. Acreditam que assim
aplacam as fúrias dos mercados e merecerão a simpatia da Europa do Norte na
altura certa, ou seja, naquele momento fatal de incapacidade para cumprir que
inevitavelmente chegará. Sabemo-lo nós - e por maioria de razões o sabem eles
que falharam o controlo das contas este ano.
A oposição faz coro em uníssono porque a verdade é que se demonstrou que esta terapia agrava a doença. Até o FMI já o admite. Com um ajustamento feito à pressa, violento, vem a recessão, o défice aumenta, com ele a dívida nem sequer estagna. E a economia, em consequência de tudo isto, afunda-se, fechando empresas, rebocando os números do desemprego.
Nas ruas desaguam perigosamente cada vez mais descontentes.
Quem elegeu o Governo, porque queria um Estado reformado, mais pequeno, sente-se enganado.
Quem votou noutros partidos, ou nem sequer votou, nunca esperou grande coisa mas estava longe de imaginar a fúria fiscal em curso.
Toda a gente sabe que a vida vai piorar.
O País perdeu independência.
Pela terceira vez desde o 25 de Abril necessitou de ajuda externa. E isso também as pessoas debitam aos dirigentes políticos, sem conseguirem descortinar diferenças entre estes e os outros.
Iremos ver em que ambiente decorrerá a discussão do OE no Parlamento e nos espaços adjacentes.
2 Ainda assim, Paulo Portas entende que tem espaço para fazer política. Ou seja, arranjar um álibi que torne compreensível aos eleitores o facto de ser absolutamente incapaz de cumprir a palavra dada, a propósito de aumento de impostos, naqueles tempos inflamados em que verberava Sócrates ou até num momento mais recente quando escrevia aos militantes do PP mensagens para Portas e Gaspar...
A oposição faz coro em uníssono porque a verdade é que se demonstrou que esta terapia agrava a doença. Até o FMI já o admite. Com um ajustamento feito à pressa, violento, vem a recessão, o défice aumenta, com ele a dívida nem sequer estagna. E a economia, em consequência de tudo isto, afunda-se, fechando empresas, rebocando os números do desemprego.
Nas ruas desaguam perigosamente cada vez mais descontentes.
Quem elegeu o Governo, porque queria um Estado reformado, mais pequeno, sente-se enganado.
Quem votou noutros partidos, ou nem sequer votou, nunca esperou grande coisa mas estava longe de imaginar a fúria fiscal em curso.
Toda a gente sabe que a vida vai piorar.
O País perdeu independência.
Pela terceira vez desde o 25 de Abril necessitou de ajuda externa. E isso também as pessoas debitam aos dirigentes políticos, sem conseguirem descortinar diferenças entre estes e os outros.
Iremos ver em que ambiente decorrerá a discussão do OE no Parlamento e nos espaços adjacentes.
2 Ainda assim, Paulo Portas entende que tem espaço para fazer política. Ou seja, arranjar um álibi que torne compreensível aos eleitores o facto de ser absolutamente incapaz de cumprir a palavra dada, a propósito de aumento de impostos, naqueles tempos inflamados em que verberava Sócrates ou até num momento mais recente quando escrevia aos militantes do PP mensagens para Portas e Gaspar...
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
A carta

(André Macedo - DN)
Minha querida Joana, bonita a carta que me enviaste. Obrigado.
Há muito que não recebia cartas, exceto as do fisco e da brigada de trânsito. Multas, dívidas, taxa dos esgotos, o IMI, coisas dessas a que agora passei a ligar mais; coisas que me atrapalham e apanham desprevenido.
Quando pego nos envelopes sei que nunca são boas notícias. Abro-os e fico em sentido.
Passei a estremecer com aquilo que antes só me irritava. Agora até a rouquidão dos canos lá de casa me assusta, o assobiar da máquina de lavar roupa - vai parar, não vai parar? - também me trava a respiração.
Faço contas, orçamentos à la minute, receio sempre o pior. Tens razão: é difícil engolir tantos impostos e desemprego e ficar indiferente. Eu não quero ficar indiferente.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Falta de castigo - Expresso

Ricos professores ricos
Os professores portugueses vão subir de ricos professores a
professores ricos. O governo assim os quer na proposta de orçamento para
2013.
Não podendo ir para os escalões mais altos da sua carreira há
muito congelada passarão a integrar os escalões mais altos de IRS É mais uma
generosa forma de descompensação forçada. Docentes taxados como ricos têm de ser
ricos à força. Pedagogicamente, o que é a melhor riqueza.
Por ora, segundo o relatório da rede Eurydice da Comissão
Europeia, divulgado no Dia Mundial do Professor, já estão entre os mais
afortunados da Europa ao lado dos espanhóis, gregos e irlandeses. Viram os
bolsos dos seus rendimentos aliviados em média 20% entre 2010 e 2012. Coisa
pouca.
Eurydice vê mais. Os professores levam 34 anos para chegar ao
topo da carreira quando a média europeia fica entre 15 e 25 anos. Somos mais
lentos a fazer escalada quando a escalada dos preços é vertiginosa em Portugal.
A Eurydice é velhaca. Bem podia estar calada. Só sente na pele quem sabe.
O presidente da República, como referiu no discurso pronunciado
no beco onde se comemorou o 5 de Outubro, elogiou os professores que têm um
"papel fundamental" e que "tem de ser valorizado". Quer a Educação como a
"grande causa republicana do novo milénio".
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
HÁ UMA LINHA QUE SEPARA
HÁ UMA LINHA QUE SEPARA
Há uma linha que separa
sacrifícios de
contenção de despesas,
da transformação da vida de muita gente numa luta pela
sobrevivência.
Há uma linha que separa
princípios éticos e
transparência política, do despudor e arrogância.
Há uma linha que separa
a persistência e a
necessária definição de um rumo,
da insensata teimosia num caminho de
empobrecimento.
Há uma linha que separa
a independência e
soberania,
da subserviência bacoca dos acríticos que abanam a cabeça à voz de
quem consideram o dono.
Há uma linha que separa
uma justiça para todos,
de uma justiça para alguns.
Há uma linha que separa
a educação como
direito,
da educação como privilégio.
Há uma linha que separa
coesão social e
solidariedade,
da manutenção de mordomias e desigualdades sociais.
Há uma linha que separa
uma política para as
pessoas,
de uma política para os mercados.
Há uma linha que separa
da indignação
revoltante.
Há uma linha que separa …
Zé Morgado
(lido no blogue "eterna inquietude"; imagens retiradas algures da internet)
terça-feira, 9 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
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