terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ah! Lurdes: eras má, mas não enganas ninguém, enquanto este...

(lido no blogue correntes)
Maria de Lurdes Rodrigues, a CEO da FLAD, disse à Agência Lusa, e a propósito da conferência "portugal e o holocausto - aprender com o passado, ensinar para o futuro", "(...)que o holocausto não deve ser matéria curricular(...)".
Quando penso nas causas que nos levaram à bancarrota, nunca me esqueço das nomeações deste género. A ex-ministra foi contemplada com a administração de uma das dez mais influentes organizações portuguesas no mundo depois duma passagem desastrosa pelo Governo e que o mainstream que vive na estratosfera das benesses ilimitadas não se cansa de aplaudir.
Maria de Lurdes Rodrigues tinha tanto de desconhecedora como de atrevida, como se sabe. No artigo que linquei tem algumas pérolas, com destaque para as seguintes afirmações: "(...)"não se deve ceder à tentação de transformar estas questões em matérias curriculares, devem ser tratadas no espaço de desenvolvimento da cidadania ou de projetos, de uma forma muito criativa e interdisciplinar, envolvendo os professores das áreas de Educação Tecnológica, História ou Geografia".(...)"
 
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"Educação Tecnológica" deve ser para verificar a calibração dos canos de gás que enriqueciam a atmosfera das câmaras de extermínio... Vá-se a uma oficina de Educação Tecnologógica e lixe-se, mulher (recuso-me a chamar-te senhora)
 
Zé da Silva

We have kaos in the garden




(vamos "roubando" algumas imagens do blogue com o mesmo nome)

Portasereia


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A ÉPOCA DO TIRO AO ESTADO SOCIAL

A ÉPOCA DO TIRO AO ESTADO SOCIAL

(lido no blogue Atenta Inquietude)

Não acompanho suficientemente de perto a situação noutros países para ter uma perspectiva comparativa, mas existe uma espécie de síndrome em Portugal que afecta a classe política com experiência de poder. Esta síndrome, a que poderemos chamar “sei muito bem o que deveria ser feito, mas quando fui ministro esqueci-me” é patente em muitíssimos ex-governantes oriundos dos partidos que já assumiram responsabilidades de governo.
 
O último exemplo é de Roberto Carneiro que entende hoje que pode ser benéfico "reavaliar as funções do estado na área da educação" embora, claro, ainda é cedo, não adiante muito sobre o quer exactamente dizer "reavaliar as funções do estado". Só faltava a imprescindível opinião de Roberto Carneiro que foi ministro da educação entre 1987 e 1991 e não "reavaliou" as funções do estado nesta área mas agora, os ventos são outros, os interesses também e torna-se necessário "reavaliar" as funções do estado. Parecer-me-ia mais interessante reavaliar as políticas educativas que nas últimas décadas têm sido seguidas.
 

Passos para o abismo




(c) Antero Valério

domingo, 28 de outubro de 2012

Pedimos desculpa

Enganámo-nos no post anterior e disso pedimos desculpa aos leitores. Fomos contactados pelo sr. doutor Miguel Relvas que fez questão de nos enviar uma foto de uma das cadeiras invisiveis que fez:

porreiro


Miguel Relvas, além de ter precisado de fazer apenas quatro das 36 cadeiras da licenciatura da Universidade Lusófona, teve também equivalência a cadeiras que não existiam.

(portanto, deu com o rabo no chão...)

sábado, 27 de outubro de 2012

O Orçamento e a rua


 
(Daniel Oliveira - Expresso - 24 de Outubro)

Está na moda dizer que a rua não pode determinar as escolhas do poder político. Compreendo o temor, mas era bom saber o que é isso da "rua". A ideia de que nós elegemos um Parlamento e, a partir desse momento, tudo o que esteja fora das instituições é indiferente ao poder é, antes de tudo, pouco democrática. A democracia não se resume, nunca se resumiu, ao voto. E o País não entra em hibernação entre eleições. As pessoas reagem a medidas, os governos reagem à reação das pessoas. Há instrumentos institucionais, políticos e sociais para impedir que os poderes eleitos entrem em roda livre. É isso a democracia.

Quando os empresários reagiram à proposta da TSU alguém considerou que o poder estava "na rua"?
Quando, há uns anos, uma associação patronal encomendou um estudo sobre o novo aeroporto da Ota e o governo recuou na sua proposta alguém se indignou com a cedência à "rua"?
Quando o governo negoceia com os parceiros sociais alguém acha que está a entregar o seu poder à "rua"?
Ou o nojo à "rua" é apenas uma posição de classe, que considera que o povoléu não tem de se envolver nas questões políticas através dos instrumentos que a democracia lhe garante?

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

É, não é?


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tempos modernos


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Impostex


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

«Ganho 70 mil euros por isso cale a boca!»

«Ganho 70 mil euros por isso cale a boca!»


Discussão entre suposto funcionário da Orange para empregada chega às televisões francesas A discussão aconteceu na estação de comboios de França e chegou às televisões pela estação Viroflay depois de um jovem de 15 anos, Valentín Reverdi, ter filmado o sucedido com o seu telemóvel.

«Não tenho nenhum respeito pelos funcionários franceses. Ganho 70 mil euros e você ganha o salário mínimo. Assim, cale a boca», disse o homem, que afirmou trabalhar na empresa de telecomunicações francesa Orange.

A companhia de comboios confirmou o sucedido e a Orange já garantiu ao «Huffington Post» que vai abrir uma investigação para descobrir o funcionário.

Durante a discussão, que durou vários minutos, o homem humilhou a empregada: «Quando ganhar 70 mil euros como eu, poderá falar. Se não existissem pessoas como eu que pagam 10 mil euros em impostos, você não teria salário. Faria o quê? Viveria na rua».

«Em ganho 70 mil euros e você? Tem um salário de merda», insistiu o homem, até que a mulher responde: «Isto é ridículo. Exijo respeito, afinal sou uma pessoa como você».

«Pelo contrário, sou superior a ti».


Nota do Zé da Silva:
Sendo verdade, penso que ainda não perdemos o direito de lhe apertar o... os...

O cartoon de Antero Valério


domingo, 21 de outubro de 2012

Gaspar, amigo, o povo não está contigo!

NUNO SARAIVA

por NUNO SARAIVA (DN de 20 de Outubro)



Definitivamente, Portugal é um país de ingratos.

O altruísta ministro das Finanças, cujo único propósito na tarefa de destruir a economia portuguesa é retribuir "a dádiva" que o País lhe deu ao investir na sua educação ao longo de décadas, é um mal-amado e um incompreendido.
 
E vai daí, Vítor Gaspar decidiu que a maneira de corresponder ao esforço nacional na sua sabedoria é com um saque fiscal.

O País, manifestamente, não entende a sua generosidade.



sábado, 20 de outubro de 2012

Prisioneiros

JOÃO MARCELINO

(por JOÃO MARCELINO - DN de hoje)



1 Passos e Gaspar obedecem à troika, aos objetivos e àquilo que entendem ser a sua obrigação. A prova está neste Orçamento do Estado. Acreditam que assim aplacam as fúrias dos mercados e merecerão a simpatia da Europa do Norte na altura certa, ou seja, naquele momento fatal de incapacidade para cumprir que inevitavelmente chegará. Sabemo-lo nós - e por maioria de razões o sabem eles que falharam o controlo das contas este ano.

A oposição faz coro em uníssono porque a verdade é que se demonstrou que esta terapia agrava a doença. Até o FMI já o admite. Com um ajustamento feito à pressa, violento, vem a recessão, o défice aumenta, com ele a dívida nem sequer estagna. E a economia, em consequência de tudo isto, afunda-se, fechando empresas, rebocando os números do desemprego.

Nas ruas desaguam perigosamente cada vez mais descontentes.
Quem elegeu o Governo, porque queria um Estado reformado, mais pequeno, sente-se enganado.
Quem votou noutros partidos, ou nem sequer votou, nunca esperou grande coisa mas estava longe de imaginar a fúria fiscal em curso.

Toda a gente sabe que a vida vai piorar.

O País perdeu independência.

Pela terceira vez desde o 25 de Abril necessitou de ajuda externa. E isso também as pessoas debitam aos dirigentes políticos, sem conseguirem descortinar diferenças entre estes e os outros.

Iremos ver em que ambiente decorrerá a discussão do OE no Parlamento e nos espaços adjacentes.


2 Ainda assim, Paulo Portas entende que tem espaço para fazer política. Ou seja, arranjar um álibi que torne compreensível aos eleitores o facto de ser absolutamente incapaz de cumprir a palavra dada, a propósito de aumento de impostos, naqueles tempos inflamados em que verberava Sócrates ou até num momento mais recente quando escrevia aos militantes do PP mensagens para Portas e Gaspar...


Morreu Manuel António Pina


Não há mais...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A carta

ANDRÉ MACEDO
(André Macedo - DN)

Minha querida Joana, bonita a carta que me enviaste. Obrigado.

Há muito que não recebia cartas, exceto as do fisco e da brigada de trânsito. Multas, dívidas, taxa dos esgotos, o IMI, coisas dessas a que agora passei a ligar mais; coisas que me atrapalham e apanham desprevenido.

Quando pego nos envelopes sei que nunca são boas notícias. Abro-os e fico em sentido.

Passei a estremecer com aquilo que antes só me irritava. Agora até a rouquidão dos canos lá de casa me assusta, o assobiar da máquina de lavar roupa - vai parar, não vai parar? - também me trava a respiração.

Faço contas, orçamentos à la minute, receio sempre o pior. Tens razão: é difícil engolir tantos impostos e desemprego e ficar indiferente. Eu não quero ficar indiferente.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vamos a isso!!!


domingo, 14 de outubro de 2012

dom policarpo


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Falta de castigo - Expresso















Ricos professores ricos


Os professores portugueses vão subir de ricos professores a professores ricos. O governo assim os quer na proposta de orçamento para 2013.

Não podendo ir para os escalões mais altos da sua carreira há muito congelada passarão a integrar os escalões mais altos de IRS É mais uma generosa forma de descompensação forçada. Docentes taxados como ricos têm de ser ricos à força. Pedagogicamente, o que é a melhor riqueza.

Por ora, segundo o relatório da rede Eurydice da Comissão Europeia, divulgado no Dia Mundial do Professor, já estão entre os mais afortunados da Europa ao lado dos espanhóis, gregos e irlandeses. Viram os bolsos dos seus rendimentos aliviados em média 20% entre 2010 e 2012. Coisa pouca.

Eurydice vê mais. Os professores levam 34 anos para chegar ao topo da carreira quando a média europeia fica entre 15 e 25 anos. Somos mais lentos a fazer escalada quando a escalada dos preços é vertiginosa em Portugal. A Eurydice é velhaca. Bem podia estar calada. Só sente na pele quem sabe.

O presidente da República, como referiu no discurso pronunciado no beco onde se comemorou o 5 de Outubro, elogiou os professores que têm um "papel fundamental" e que "tem de ser valorizado". Quer a Educação como a "grande causa republicana do novo milénio".

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

HÁ UMA LINHA QUE SEPARA

 


 

HÁ UMA LINHA QUE SEPARA



Há uma linha que separa
sacrifícios de contenção de despesas,
da transformação da vida de muita gente numa luta pela sobrevivência.
 
Há uma linha que separa
princípios éticos e transparência política, do despudor e arrogância.
 
Há uma linha que separa
a persistência e a necessária definição de um rumo,
da insensata teimosia num caminho de empobrecimento.
 
Há uma linha que separa
a independência e soberania,
da subserviência bacoca dos acríticos que abanam a cabeça à voz de quem consideram o dono.
 
Há uma linha que separa
uma justiça para todos,
de uma justiça para alguns.
 
Há uma linha que separa
a educação como direito,
da educação como privilégio.
 
Há uma linha que separa
coesão social e solidariedade,
da manutenção de mordomias e desigualdades sociais.
 
Há uma linha que separa
uma política para as pessoas,
de uma política para os mercados.
 
Há uma linha que separa
a aceitação e entendimento de dificuldades,
da indignação revoltante.
 
Há uma linha que separa …
 
Zé Morgado
 
 
 
 
(lido no blogue "eterna inquietude"; imagens retiradas algures da internet)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

há ricos ou pobres


sábado, 6 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

5 de Outubro

Foi para termos estes e os outros, também?!

 
Nunca a bandeira se mostrou tão oportuna...
 


quinta-feira, 4 de outubro de 2012