domingo, 30 de dezembro de 2012
Há quem fale de barriga cheia...
Pela nossa saúde exigimos trabalho com direitos - resposta ao Secretário de
Estado da Saúde
O secretário de Estado da Saúde considera que os portugueses têm a obrigação
de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS),
prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços.
Antes de mais, que fique
claro que aquilo com que os trabalhadores contribuem é mais do que suficiente
para manter o Serviço Nacional de Saúde. Se essas contribuições são desviadas
para manter as parcerias público-privadas (como os Hospitais do grupo Mello -
CUF), juros da dívida e recapitalização do BPN – isso é outra coisa.
Quanto à
prevenção de doenças, agradecemos ao Sr. Fernando Leal da Costa; tivéssemos nós
dinheiro e saberíamos muito bem tratar da nossa saúde.
Os vegetais e as frutas
seriam variados e biológicos.
Sopa da época todos os dias.
A carne também seria
biológica.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
O PROFESSOR BAPTISTA DA SILVA E O DOUTOR MIGUEL RELVAS
O PROFESSOR BAPTISTA DA SILVA E O DOUTOR MIGUEL RELVAS
Continuo, como já afirmei, sem perceber o
alarido causado pela figura do Senhor Professor Doutor Artur Baptista da Silva,
Funcionário do PNUD, Consultor da ONU,
Professor da Universidade de Milton Wisconsin, etc., etc.
Num País que tem o Senhor Doutor Miguel Relvas
e mais uns engenheiros e doutores com currículos obtidos como prémio de
alpinismo social e aparelhístico ou através de malabarismos manhosos, apenas há
que sublinhar a criatividade, a capacidade empreendedora e a assertividade do
Senhor Professor.
O alarido aparece, creio, não porque o Senhor
Professor Baptista da Silva afirme ser o que não é. O que nos incomoda a todos é
a facilidade com que gente respeitável, conhecedora do mundo e das matérias,
fazedora de opinião se deixou enrolar, essa é que é a questão. Nós perdoamos-lhe
e até lhe achamos "piada", não nos perdoamos a nós próprios por sermos tão
ingénuos e acreditarmos.
Por outro lado, o Senhor Professou anda à
procura de uns minutos de glória e de uns retratos na imprensa que o façam
feliz, a outra gente é mais perigosa, a sua missão é o poder, os vários poderes
com os resultados que todos conhecemos.
Deixem o Senhor Professor Baptista da Silva ser
um prestigiado Consultor da ONU, é inofensivo e fica feliz.
Indignem-se com as outras figuras que nos
assaltam e nos insultam por ser como são, fazendo o que fazem.
O que Eça de Queirós se estará a divertir a
assistir a esta peça do mais fino recorte literário, ético e científico.
(in blogue Atenta Inquietude)
Artur e os outros burlões
(Fernanda Câncio - DN)
Shakespeare, lembrava ontem Rui Pereira no Correio da Manhã, pôs a verdade na boca de um bobo.
Podia também ter escrito que não há fúria na terra como a dos jornalistas gozados.
Com o seu "nós lá na ONU" e o seu discurso ouvido com reverência e sem contraditório, Artur faz alguma diferença de António (Borges) e o seu 'nós lá na Goldman Sachs" ou "nós lá no FMI", o "nós lá na troika" de Abebe (Selassie), ou o "nós lá no BCE" de Vítor (Gaspar)? Num caso é falso e nos outros é verdade, direis. Mas é o lugar de onde se fala que conta, ou o sentido que faz o que se diz, sua verdade e efeito?
Mas há dois anos, quando os media clamavam pelo pedido de resgate para a seguir cantarem loas às "soluções" e ditados da troika, e logo depois, durante a campanha eleitoral, repetirem, sem a questionar, a conversa das "gorduras do Estado", era de quê, factos indesmentíveis, que ninguém queria ouvir, que se tratava?
Onde estavam os jornalistas económicos quando PSD e CDS juravam que, uma vez no poder, bastaria "cortar no supérfluo" e nada de aumentar impostos, nada de fechar centros de saúde, escolas, racionalizar o Estado, tudo isso que o Governo anterior fazia, claro, por pura maldade?
E onde estão agora, que até o Pedro admite ser a generalidade da despesa do Estado com prestações e serviços sociais, os reconhecimentos de terem sido levados ao engano, os mea culpa por não terem feito "o trabalho de casa"?
Onde estão as acusações de burla e os apodos de burlão a quem vendeu a história falsa?
Mas quem não se recorda de ter sido apresentado como "um técnico brilhante e apolítico", "uma infalível máquina de contas", e a sua austeridade como "o único caminho"? E já não se lembram de como o Pedro era "um homem sério", "sensato", "bem falante" (!), que "não enganava ninguém", e o Álvaro um brilhante académico que trazia do Canadá a saída para todos os problemas?
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Não é piada: roubou o BPN para gastar em meninas
Não minto, veio no jornal.
José Mário Pereira era gerente da
agência do BPN das Amoreiras e prometia juros de 30% a quem investisse
nas suas aplicações financeiras. Como era impossível pagar aqueles juros
de forma legal, o Dr. Pereira sacava dinheiro de outras contas, daquelas contas
de gente rica que nunca são mexidas.
O esquema durou 10 anos, deu um rombo de 10
milhões ao banco e 1 milhão de lucro ao Dr. Pereira.
O jornal (JN) diz que
grande parte desta soma "terá sido gasta na prostituição e em casas de alterne".
Não, o Dr. Pereira não entrou no empreendedorismo da alcova.
Não, o Dr. Pereira
não quis ser empresário do sexo.
O sujeito em apreço limitou-se a gastar um
milhão em serviços sexuais. Um milhão em servicinhos: se não é record do
Guiness, deve andar lá perto.
Entretanto, o Dr. Pereira andou fugido durante
dois anos e lá acabou por ser preso pela PJ no ano passado.
Já foi julgado?
Não. Aquando da revisão das medidas de coação, o Dr. Pereira foi libertado.
Pelo que percebo, o Dr. Pereira está livre. E nós continuamos a pagar o BPN
e, já agora, os magistrados que já deviam ter julgado o Dr. Pereira.
Juntos, BPN e justiça portuguesa, só podiam dar esta comédia.
Tivesse Portugal uma indústria de cinema e estava aqui um argumento pronto para
entrar no forno
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nao-e-piada-roubou-o-bpn-para-gastar-em-meninas=f775958#ixzz2GGOV57jq
O FIGURÃO DO ANO
Artigo de opinião de Carlos Fiolhais, no "Público" de ontem:
Os media escolhem, nesta época, as figuras do ano. Para figura do ano a Time escolheu Barack Obama e, entre nós, o Expresso escolheu Angela Markel e o contribuinte português para figuras respectivamente internacional e nacional. Proponho-me aqui escolher o “figurão do ano” e o escolhido não pode deixar de ser Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
Em Portugal, no ano que ora finda, foram muitos os figurões.
Na cena política, mas também nas cenas académica, empresarial, mediática, autárquica e desportiva, vários foram os personagens que, tentando sobressair, caíram no palco com estrondo.
A escolha foi, porém, fácil, pois nenhum desses insucessos foi tão grande como o de Relvas, que, figurando em todas essas cenas, não houve nenhuma em que não caísse.
Um figurão português precisa de um título de doutor. Sem ele, não passaria de uma figurinha. Ora, Relvas conseguiu, com impressionante facilidade, tal título. Não precisava de uma resma de equivalências, pois já o tratavam por “doutor”, como mostram placas inaugurais inauguradas pelo próprio. Mas pediu-as e deram-lhas com inusitada ligeireza.
Um figurão português precisa de um título de doutor. Sem ele, não passaria de uma figurinha. Ora, Relvas conseguiu, com impressionante facilidade, tal título. Não precisava de uma resma de equivalências, pois já o tratavam por “doutor”, como mostram placas inaugurais inauguradas pelo próprio. Mas pediu-as e deram-lhas com inusitada ligeireza.
O ministro da Educação mandou instaurar um inquérito, mas o caso está longe de estar esclarecido pela universidade em causa. Por que é que uma carreira política comezinha, largamente decorrida na juventude partidária, recheada de negociatas e enriquecida por um cargo num grupo folclórico, foi considerada equivalente a 32 cadeiras?
Como é que o estudo e a avaliação puderam ser equiparadas a disputas partidárias e a jogos de influências?
O reitor que participou na bambochata demitiu-se das funções que ocupava sem nunca ter explicado o seu permissivo papel.
E Relvas, depois de ter declarado que lhe podiam ter dado mais de 32 cadeiras (queixando-se que, em todo o curso, teve de fazer quatro exames!), eclipsou-se por escassas semanas para voltar, retemperado, à ribalta.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
E as crianças, Senhor?
A vingança de um grupo de hackers pelas crianças que não têm prendas este Natal
Por Cláudia Sobral
Vários sites de partidos, do Governo e de um banco em baixo. Conforme prometeram, os SideKingdom12 continuam a atacar. Até à meia-noite
Há semanas tinham prometido vingar todas as crianças que a crise deixou sem prendas esta noite. Chegada a véspera de Natal, os hacktivistas portugueses do SideKingdom12 puseram em marcha a anunciada Operação Natal Feliz.
Desde a meia-noite desta segunda-feira, vários sites foram atacados. A lista já inclui o PSD, o PS e o CDS, um site do Governo e até o de um banco, o Santander Totta.
Esta tarde já alguns dos sites tinham voltado ao normal. Era o caso das páginas do Santander ou do PSD. Continuava, no entanto, a ser impossível aceder ao outros, como o do CDS ou o do PSD dos Açores e da Madeira.
Na página do Ministério da Educação publicaram uma mensagem. “Este Natal não perdoaremos. Crianças, aguardem-nos. Políticos portugueses, temam-nos.”
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
E é mentira?
Um homem interrompeu esta manhã, por breves momentos, o debate
quinzenal com o primeiro-ministro, levantando-se na galeria do povo onde estava
e atirando o seu cartão do cidadão para o meio do hemiciclo, depois de o amassar
com a mão.
"Tem a palavra o senhor primeiro-ministro", disse Assunção
Esteves, depois da pergunta do líder parlamentar do PSD, a última do debate
quinzenal de hoje.
"Errado, agora falo eu!", bradou o homem, que se levantou na
galeria e atirou para baixo, para as bancadas dos deputados, o cartão de visita
que é entregue pela segurança da AR a todos os cidadãos que são admitidos no
Parlamento.
"Estão a ver isto aqui? Destruído!", continuou, atirando o seu
cartão do cidadão, que foi cair junto aos deputados do PCP. Nesse momento,
Passos Coelho já usava da palavra.
"A democracia é uma ilusão, está prestes a acabar", disse ainda o
homem, antes de ser retirado pela PSP.
(lido no Expresso Online)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
Esperteza saloia
por Nuno Saraiva (DN)
As últimas semanas têm sido férteis em exemplos de como a esperteza saloia se
tornou prática maior da política nacional.
Veja-se, por exemplo, a decisão de pagar em duodécimos, já a partir de janeiro, os subsídios de férias e de Natal. Todos sabemos que será no primeiro ordenado de 2013 que os trabalhadores vão sentir a primeira "marretada" do "assalto fiscal" em que assenta o Orçamento do Estado para o próximo ano.
Por bondosa que possa parecer, a intenção é, tão-só, através de um efeito ilusório, fazer crer à comunidade que, afinal, o empobrecimento não é tão drástico como parecia à primeira vista.
Com medo da rua e das convulsões sociais que inevitavelmente acontecerão quando as famílias sentirem no bolso a falta de dinheiro, o Governo decide, de forma caridosa, mitigar o esforço desumano a que os contribuintes estão sujeitos distribuindo por doze meses as migalhas do 13.º e do 14.º meses, como se quem trabalha não tivesse direito a estas retribuições. E nem sequer vale a pena lembrar, mais uma vez, o que havia sido dito perentoriamente por Pedro Passos Coelho, nos idos da campanha eleitoral, quando confrontado com a hipótese de acabar com o subsídio de Natal: "Isso é um disparate!"
Mas, mais grave do que esta tentativa de atestado de estupidez passado ao povo em letra de lei, é o verdadeiro propósito, não assumido, de quem toma decisões.
Em outubro de 2011, Miguel Relvas afirmava, com a convicção e sabedoria habituais, que há "muitos países da União Europeia que não têm 13.º e 14.º meses". Passado pouco mais de um ano, eis que o Governo, à socapa e na esperança de que ninguém perceba, se prepara para, com a diluição dos subsídios em 2013, acabar com eles de uma vez. A isto chama-se esperteza saloia !
Veja-se, por exemplo, a decisão de pagar em duodécimos, já a partir de janeiro, os subsídios de férias e de Natal. Todos sabemos que será no primeiro ordenado de 2013 que os trabalhadores vão sentir a primeira "marretada" do "assalto fiscal" em que assenta o Orçamento do Estado para o próximo ano.
Por bondosa que possa parecer, a intenção é, tão-só, através de um efeito ilusório, fazer crer à comunidade que, afinal, o empobrecimento não é tão drástico como parecia à primeira vista.
Com medo da rua e das convulsões sociais que inevitavelmente acontecerão quando as famílias sentirem no bolso a falta de dinheiro, o Governo decide, de forma caridosa, mitigar o esforço desumano a que os contribuintes estão sujeitos distribuindo por doze meses as migalhas do 13.º e do 14.º meses, como se quem trabalha não tivesse direito a estas retribuições. E nem sequer vale a pena lembrar, mais uma vez, o que havia sido dito perentoriamente por Pedro Passos Coelho, nos idos da campanha eleitoral, quando confrontado com a hipótese de acabar com o subsídio de Natal: "Isso é um disparate!"
Mas, mais grave do que esta tentativa de atestado de estupidez passado ao povo em letra de lei, é o verdadeiro propósito, não assumido, de quem toma decisões.
Em outubro de 2011, Miguel Relvas afirmava, com a convicção e sabedoria habituais, que há "muitos países da União Europeia que não têm 13.º e 14.º meses". Passado pouco mais de um ano, eis que o Governo, à socapa e na esperança de que ninguém perceba, se prepara para, com a diluição dos subsídios em 2013, acabar com eles de uma vez. A isto chama-se esperteza saloia !
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Mas as crianças, Senhor!...
Matou e fugiu!
14/12/2012 Por João Paulo (Blogue Aventar)
Hoje é um daqueles dias que não deveria existir. O fim do mundo chegou. Para nós por uns minutos, os do choque. Para a mãe, para o pai, para o irmão chegou de forma definitiva – A menina deles morreu!
Uma aluna do 5º ano, ainda com a manhã triste, tão triste que parecia noite, estava a chegar à escola (o Google Maps mostra a localização). À sua, à nossa escola. Despediu-se da mãe, a caminho do trabalho, colocou o pé na passadeira, depois outro e foi o FIM…
Morreu!
E quem matou, fugiu!
E quem mata assim e foge é um FILHO DA PUTA! E vai ter que viver com uma dor para todo o sempre. O de ser um assassino. Ainda por cima, um cobarde que deixa uma mãe com a filha nos braços, debaixo de uma noite longa que escurecia a manhã, que parecia não querer chegar.
Não sei se a culpa é da localização da passadeira ou da porta da escola, se da localização da própria escola, metida entre dois acessos à A1, perto da ponte da Arrábida.
Mas alguém tem que fazer alguma coisa – as Estradas de Portugal? A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia?
Ninguém pode voltar a ser vítima daquela passadeira
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
O suicidio da Europa
O suicidio da Europa
12/12/2012 Por Nuno Castelo-Branco
Imundície moral hallal a instalar-se por contumácia nas escolas francesas, obrigando os não seguidores da seita a tragarem aquilo que não comem em casa. Na Itália, os maluquinhos do costume exigem a destruição de um fresco do século XV, ao mesmo tempo que conseguem retirar os crucifixos – …“um corpinho espetado em dois paus“ – das salas de aula. Um pateta que na Alemanha se intitula imã de qualquer coisa e nos faz recuar na história, pretendia há uns tempos banir os toques de sinos, as procissões cristãs e … interditar a difusão pública da música de Bach e de outros autores, como Haendel. Na Inglaterra e entre outras bandalheiras, uma curiosa taradice para provocar. Na Suécia, com pezinhos de lá, sorrateiramente e em época de festividades natalícias, os professores recebem directivas que excluem a menção a Jesus. Na Escócia, o Natal é pura e simplesmente omitido, ao mesmo tempo que paródias exóticas vindas das comunidades muçulmanas – há várias e algumas em rija guerra entre si, lembram-se? -, hindus, sikhs e umas tantas chinoiseres, constam nos programazinhos dirigidos pela grotesca nomenklatura da União Europeia.
A estupidez destes nossos carrascos não tem limites. Gostem ou não gostem, o facto de a Europa ter sido até há pouco culturalmente cristã, felizmente possibilitou todas estas liberalidades para com as crenças alheias. A reciprocidade não existe, não valerá a pena virem com estorietas acerca do há muito extinto califado de Córdova. Não acreditam? Ora, se puderem viajem, experimentem e logo verão.
Decididamente, parece que andam a fazer tudo para que os Le Pen europeus cheguem um dia ao poder.
Ah…! Feliz Natal
(lido no blogue Aventar)
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Sound bites de Passos Coelho
por Nuno Faria (http://aoleme.wordpress.com)
Só hoje pude ouvir na
íntegra a última entrevista do
nosso PM Pedro Passos Coelho. Independentemente do que disse há que
reconhecer que está em grande forma física e mental aparecendo com um ar
saudável, enérgico e aguerrido. Defensor convicto das ideias do governo e do
rumo que quer dar ao país. Aguentou-se bem durante uma hora e saiu quase
incólume da entrevista.
Alguns comentários leves aqueles que foram para mim dos principais argumentos
apresentados.
Este orçamento é garantia de que continuaremos a executar com sucesso o nosso programa de ajustamento
Esta frase demonstra
claramente qual o seu conceito de sucesso para o estado de uma nação. A
aceitação dos mercados acima do bem-estar social. Pena que muitos cidadãos
portugueses não possam ter assistido a este discurso porque de
momento não conseguem suportar a despesa da luz, água e/ou gás (galeria de
fotografias obrigatória!). Ficariam deveras consolados em saber que o seu
sacrifício nos conduziu a todos a este patamar de sucesso.
Endividámos-nos ao ritmo de 10% da riqueza gerada ao ano e sofremos um duro embate com a realidade em 2011. Parte da riqueza que tinhamos era uma riqueza fictícia.
Se olhar em redor do seu cículo político e empresarial irá reparar que a
maioria das riquezas continuam reais. O que se tornou fictício foi o padrão de
vida de uma classe média e média alta. Que estão bem longe do patamar da
riqueza. Quem decidiu e geriu esses 10% acima das nossas posses aparentemente
continua bem na vida.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A felicidade congelada de Passos Coelho
30 Novembro 2012, por Fernando Sobral, Jornal de Negócios
Parece cada vez mais evidente que o modelo que vai na cabeça de Passos não é liberal.
Finge que é.
Mas, na prática, é a utilização do poder do Estado para forçar à criação de um fosso social brutal, onde clientelas reduzidas terão ao seu dispor o Estado para o que é verdadeiramente importante.
Pedro Passos Coelho poderia ser o intérprete principal do filme "O Artista", uma jóia do cinema mudo no século XXI. Até porque, como primeiro-ministro, ele apenas acena e gesticula.
Não esclarece o que lhe vai na cabeça,
não descodifica o que quer para o País,
não exemplifica o que se vai fazer com tantos cortes em troca de cada vez mais impostos.
A entrevista do primeiro-ministro à TVI, nas entrelinhas, foi dolorosa.
O corte dos célebres quatro mil milhões de euros é uma excelente desculpa para colocar a felicidade dos portugueses no congelador e avançar para um modelo de sociedade que representará um golpe profundo com o País que conhecemos.
Não esclarece o que lhe vai na cabeça,
não descodifica o que quer para o País,
não exemplifica o que se vai fazer com tantos cortes em troca de cada vez mais impostos.
A entrevista do primeiro-ministro à TVI, nas entrelinhas, foi dolorosa.
O corte dos célebres quatro mil milhões de euros é uma excelente desculpa para colocar a felicidade dos portugueses no congelador e avançar para um modelo de sociedade que representará um golpe profundo com o País que conhecemos.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
O Orçamento mais estúpido do mundo
A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.
É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido pelo Governo e pela troika.
É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.
É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.
É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.
É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.
E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.
Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano.
É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes.
É um orçamento contra a economia.
E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.
Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-orcamento-mais-estupido-do-mundo=f769910#ixzz2DVdq1pPp
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Ovos de serpente
Ovos de serpente
12/11/2012 Por Carla Romualdo
in blogue Aventar
Começam por prevenir-nos de que não podemos comer bife todos os dias. Ou que não podemos todos ter acesso aos mesmos tratamentos médicos. São frases que se apresentam como razoáveis, que pretendem apelar ao nosso bom senso e quem as profere garante não pretender ofender os mais pobres e muito menos pôr em causa os direitos dos mais vulneráveis.
E de um ponto de vista estritamente racional e abstracto, imaginando que estamos a falar de células numa folha de cálculo, por exemplo, até podemos dar por nós a concordar. É verdade, não se pode comer bife todos os dias. E para quê desperdiçar um tratamento caro em alguém por quem a ciência pouco mais pode fazer?
Mas o que está a ser dito de forma tácita é que não podemos TODOS ter acesso às mesmas coisas, que elas continuarão disponíveis, sim, mas só para alguns, e a selecção há-de ser feita.
domingo, 11 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Uma telenovela edificante - In memoriam
(JN)
O guião da telenovela Lusoponte, em cena há mais de uma década, foi pioneiro no uso do emocionante "plot" que são as Parcerias Público-Privadas, negócio em que, para efeitos de maquilhagem orçamental, o público corre os riscos e, por sua parte (por isso são "parcerias"), o privado fica com os lucros.
A concessão foi assinada em 1994 pelo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral (PSD), hoje... administrador da Lusoponte, e revista em 2000 pelo ministro das Obras Públicas Jorge Coelho (PS), hoje CEO da Mota-Engil, um dos maiores accionistas da... Lusoponte.
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