sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Depois do imposto sobre cheeseburger, venha um novo IRS




O PSD, que fez campanha contra a despenalização do aborto dizendo que o que era necessário era apostar na prevenção, acabou com a comparticipação da pílula.

Uma excelente ideia para promover a gravidez adolescente e o aborto. Porque isto de pecar sem conceber é um luxo que o Estado não tem de pagar. E não me venham falar de planeamento familiar. Com este governo não há planeamento nenhum. A pílula e o preservativo são instrumentos da opressão socialista sobre o aparelho reprodutivo. Deixe-se o mercado funcionar e que o melhor espermatozóide fecunde o óvulo.


Depois de começar a circular a interessante proposta de um bastonário com pouco que fazer para se taxar o fast food tive algumas novas ideias. Já percebi o espírito da coisa: o Estado deixa de prestar serviços de saúde e, para compensar, fiscaliza os nossos hábitos privados. Os liberais queixavam-se do "Estado ama-seca". Vamos então criar o "Estado pai tirano". Cobra impostos, não dá nada a ninguém, mas está sempre vigilante à conduta dos cidadãos.
O raciocínio que leva a taxar a gula na mesa deveria ser transposto para a luxúria na cama. Querem brincar? Brinquem. Mas não usem o dinheiro do contribuinte. Não é justo que os castos paguem as maluqueiras dos libertinos.

Para compensar os eventuais efeitos de termos métodos contracetivos mais caros tenho uma proposta que, ainda por cima, pode ajudar combater o défice do Estado. Seguindo o exemplo do imposto sobre o cheeseburger, proponho que se crie um novo IRS (Imposto sobre Relações Sexuais) com vista a promover a abstinência.

Para não me acusarem de conservadorismo, estou disponível para um debate sério e ponderado sobre as vantagens de algumas isenções fiscais. Cunnilingus, fellatio e sexo anal, não podendo resultar em fecundação, não pagam nada. Tenho ou não tenho preocupações sociais?
Sim, o sexo é gratuito. E é por isso é que abusam dele. A partir de agora, quem não tem dinheiro não tem vícios.


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/depois-do-imposto-sobre-cheeseburger-venha-um-novo-irs=f672647#ixzz1XUvRUlqQ

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