(Ferreira Fernandes - DN)
. Ana Gomes atirou-se a Portas e aos submarinos.
Fosse eu enviesado, aplaudia-a pela retaliação à jornalista que, no domingo, foi rasteira sobre processos a Sócrates.
Fosse eu vesgo do outro lado, atacava Ana Gomes por não ter sido ela a falar de processos a Sócrates.
Mas não sou desse pingue-pongue. Sou dos que sabem que o inglês técnico de José Sócrates e de Passos Coelho estão um para o outro. Isto é, do que gostava mesmo era que ambos falassem, em português, com o estilo de Obama.
Por outro lado, quero deter-me nas palavras de Ana Gomes a comparar Portas a Strauss-Kahn e aos "comportamentos desviantes" deste.
Ela acha que Portas não pode ir para ministro dos Negócios Estrangeiros porque esta pasta é "vulnerável à actuação de serviços secretos estrangeiros e de governos estrangeiros, com chantagens de todo o tipo".
Detenhamo-nos, pois, nos comportamentos pessoais de Portas sujeitos a chantagem.
Portas é bêbado?
O inglês MI-6 não saberia por que chantagear, Churchill foi grande e aviava uma garrafa de uísque por dia.
É gay?
Vejo mal uma embaixada, qualquer embaixada, criticar essa tendência.
Portas diz palavrões em privado?
O BND alemão está habituado a ver os seus líderes insultarem os aliados em público.
É mulherengo?
A CIA não ligaria: Kennedy, Clinton...
Enfim, os hipotéticos comportamentos pessoais de Portas que lhe façam bom proveito.
Já este comportamento público de Ana Gomes incomoda-me muito.
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