As estradas...
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
DEMOCRACIA
Há muitos líderes (?!) políticos que tudo fizeram para condicionar o voto dos cidadãos gregos. Ameaças, chantagens, demonizações, ...
Quem diria? No berço da democracia há quem queira duas ou mais democracias. A(s) que derem mais jeito!...
Sacanas!
Quem diria? No berço da democracia há quem queira duas ou mais democracias. A(s) que derem mais jeito!...
Sacanas!
sábado, 24 de janeiro de 2015
O Paulo está zangado!...
E depois há aquela justificação peregrina e falsa de dizer que a opção entre um 14 e 15 pode ser uma “estratégia pedagógica” para “motivar” ou “picar” os alunos.
Ó Rodrigo, pá, vai gozar com outro, porque estamos a falar da nota de final de ano, de final de escolaridade não-superior, da classificação final e definitiva que serve para fazer a média de acesso à Universidade.
Essa treta que dizes só será válida em outros anos e no 1º ou 2º período.
Percebeste ou queres que te faça um desenho?
Porque ou és parvo (e tudo indica que és bem espertalhão) ou disseste aquilo mesmo só para enganar os distraídos.
E assim foi e assim se vão confirmando muitas suspeitas sobre a opacidade do “negócio da Educação” em que uns se lambuzam e os outros definham, uns mantêm financiamentos incólumes à media década e outros sofrem cortes de 20-25%.
Por isso, é impossível existirem relações de confiança nesta área da desgovernação, em que o que está em causa é arrebanhar o dinheiro público, tendo a distinta falta de vergonha de dizer que o fazem em defesa das famílias e dos contribuintes.
(e que venham agora dizer que isto é ad hominem e tal, que é necessário colocar os nomes aos bois desde que não os coloquemos, somos todos Charlie e o raio que os parta…)
(Paulo Guinote, no seu blogue "A Educação do Meu Umbigo")
Eu diria (e digo!) mais:
o crime legal que este governo tem feito na destruição da Escola Pública tem ampla correspondência nos colégios dos amigos políticos, só que o que aqui está em causa é o futuro do país.
Ir para um dito bom curso, seja Medicina ou outro, porque o papá teve dinheiro para pôr o menino num privado e garantiu a nota para lá entrar na faculdade, trás, porventura, ainda um outro crime:
o impedir que os "mais pobres" vejam o acesso ao ensino superior cada vez mais longe!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
Palavras para quê? É um artista português e usa pasta medicinal COUTO
lembram-se deste anúncio?
Rui Moreira chama "artista português" ao secretário de Estado do Turismo
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, atacou, de forma irónica, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, depois de este ter atribuído, numa entrevista ao Jornal 2, da RTP2, o crescimento do turismo no Porto e Norte à estratégia desenvolvida pelo Governo.
Na página oficial que tem no Facebook, Moreira disse-se “estupefacto” com estas declarações e apelidou Mesquita Nunes de “um artista português”. Na página pessoal, o presidente da Câmara do Porto manteve o mesmo tom, partilhando uma foto dele mesmo, com a afirmação irónica: “Este não sou eu. É o Secretario de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.”
Confrontado, no programa de informação da RTP 2, com a ausência do país na Expo de Milão, dedicada ao turismo, Mesquita Nunes explicou que os seus serviços estão a “direccionar os apoios para aquilo que efectivamente tem possibilidade de atrair turistas” e que passa por “desinvestir nos eventos e passar a apostar na captação de bases aéreas”, além de “trazer jornalistas estrangeiros a Portugal”. O governante disse ainda que o crescimento do turismo no Porto e Norte está directamente ligado a esta estratégia, defendendo: “O [turismo] do Porto e Norte estava a estagnar e, de repente, disparou a partir do ano de 2013, depois de termos iniciado esta nossa estratégia”.
A primeira reacção de Rui Moreira, na sua página oficial, começa com uma gargalhada e a frase: “Acabámos de saber (estupefactos) por um Secretário de Estado, que o crescimento do turismo no Porto não se deve nem à política de promoção que a cidade tem feito nem ao extraordinário trabalho que os portuenses (empresários e cidadãos) têm feito.” O post, ilustrado com fotografias do autarca nas páginas de jornais e revistas internacionais, termina com a afirmação: “Basta olhar para a capa do New York Times, para as centrais da Monocle, para a última página do Libération, para a página 4 do El País para se perceber a presença deste enorme Secretário de Estado e o competente trabalho que o seu Governo tem feito na promoção do Porto. Estão a vê-lo? Reconhecem-no? Chama-se Adolfo Mesquita Nunes... :). Palavras para quê, é um artista português.”
Je suis... tu es... il est...
(Pacheco Pereira - Público de hoje)
Uma semana depois, as autoridades francesas mostraram que “não são Charlie” prendendo um comediante antissemita Dieudonné M’Bala, que entre outras barbaridades escreveu, nesse lugar onde se fazem hoje todas as asneiras, o Facebook, a frase “Je suis Charlie Coulibaly”. Coulibaly foi o terrorista que matou uma mulher polícia e um grupo de frequentadores da loja judaica, antes de ser abatido pela polícia.
A frase pode ser considerada provocatória, odienta, imbecil, e de total mau gosto. Para os judeus, que foram o alvo do terrorista, é insultuosa. Para a maioria das pessoas é inaceitável. Mas alguém me explica qual é a diferença entre essa frase e muitas que se escreveram no Charlie Hebdo, igualmente merecendo os mesmos adjectivos por parte dos seus alvos? Sim, os alvos são diferentes, num lado, na maioria dos casos, cristãos e muçulmanos nas capas do Charlie Hebdo, no caso de Dieudonné, judeus. Mas a estrutura da provocação, e mesmo a sua forma e conteúdo, são idênticos. Uns podem ser melhores na sua arte do que outros, pode-se considerar que Wolinsky, ou Cabu têm qualidades que Dieudonné não tem. Mas não estamos a julgar qualidades ou talentos, nem a ser dúplices em função da nossa simpatia ou antipatia com os alvos, pois não? Porque se é assim – e de facto é assim –, a luta pela liberdade de expressão é muito mais ambígua do que imaginamos nestes momentos muitas vezes artificiais de unanimismo
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Nem mais - Joaquim Letria
Nem Mais!!!...
AI SE PASSOS COELHO FOSSE HONESTO !
Por Joaquim Letria
Se Passos Coelho começasse por congelar as contas dos bandidos do seu partido que afundaram o país, era ......hoje um primeiro ministro que veio para ficar.
Se Passos Coelho congelasse as contas dos off-shore de Sócrates que apenas se conhecem 380 milhões de euros (falta o resto) era hoje considerado um homem de bem.
Se Passos Coelho tivesse despedido no primeiro dia da descoberta das falsas habilitações o seu amigo Relvas, era hoje um homem respeitado.
Se Passos Coelho começasse por tributar os grandes rendimentos dos tubarões, em vez de começar pela classe média baixa, hoje toda a gente lhe fazia um vénia ao passar.
Se Passos Coelho cumprisse o que prometeu, ou pelo menos tivesse explicado aos portugueses porque não o fez, era hoje um Homem com H grande.
Se Passos Coelho, tirasse os subsídios aos políticos quando os roubou aos reformados, era hoje um homem de bem.
Se Passos Coelho tivesse avançado com o processo de Camarate, era hoje um verdadeiro Patriota.
Se Passos coelho reduzisse para valores decimais as fundações e os observatórios, era hoje um homem de palavra.
Se Passos Coelho avançasse com uma Lei anti- corrupção de verdade doa a quem doer, com os tribunais a trabalharem nela dia e noite, era já hoje venerado como um Santo...etc. etc. etc.
MAS NÃO !!!!
PASSOS COELHO É HOJE VISTO COMO UM MENTIROSO, UM ALDRABÃO, UM YES MAN AO SERVIÇO DAS GRANDES EMPRESAS, DA SRA. MERKEL, DE DURÃO BARROSO, DE CAVACO SILVA, MANIPULADO A TORTO E A DIREITO PELO MAIOR VIGARISTA DA HISTÓRIA DAS FALSAS HABILITAÇÕES MIGUEL RELVAS, E UM ROBOT DO ROBOT SEM ALMA E CORAÇÃO, VITOR GASPAR.
Proibido dizer mal de Portugal...
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Rankings
(retirado do blogue "A Educação do Meu Umbigo", com sublinhados meus)
Os rankings das escolas e os seus perigosos equívocos
Este texto tem sobretudo um propósito: desconstruir as representações perniciosas da maioria das opiniões pública e publicada que resultam da divulgação dos chamados rankings das escolas. Recordo que estes rankings (reparem que o anglicismo remete-nos logo para uma ideia de competição) têm sido disponibilizados ao público, nos últimos anos, pelo Ministério da Educação e fazem uma seriação hierarquizada das escolas portuguesas a partir da ponderação dos resultados que os seus alunos obtiveram nos exames nacionais do ensino básico (4.º, 6.º e 9.º anos) e secundário (11.º e 12.º anos).
Creio bem que estes rankings inoculam interpretações enganadoras na opinião pública, porquanto são divulgados pelos media de forma redutora e enviesada.
A forma como são noticiados resulta, afinal, da «civilização do espetáculo» em que vivemos (para utilizar o título de um excelente ensaio de Mário Vargas Llosa sobre os descaminhos do jornalismo, da política, da arte e da cultura contemporâneas, editado em 2014), que está formatada para entreter e distrair o público e não para estimular a sua reflexão; está apenas formatada para exibir a aparência e desprezar a essência das coisas.
Em última análise, no mundo atual em que vivemos, contaminado por uma tendência para diabolizar os serviços públicos, é legítimo presumirmos que a forma descontextualizada como são divulgadas estas listas de classificações das escolas pode favorecer ou mesmo obedecer a uma agenda ideológica neoliberal, mais ou menos oculta, que visa descredibilizar o ensino público e fazer a apologia do ensino privado.
Qual é, então, a leitura que a maioria da opinião pública e publicada faz destes rankings? Como várias escolas particulares se encontram no topo destas listas, infere que as escolas particulares oferecem um ensino mais competente do que as escolas públicas, porque permite aos seus alunos a obtenção de classificações médias mais elevadas.
Curiosamente, estas representações optam por ignorar, ostensivamente, que muitas escolas privadas surgem também colocadas nos lugares medianos e até inferiores destas listas.
domingo, 11 de janeiro de 2015
Deus e Charlie
Deus e Charlie
RICARDO GARCIA
11/01/2015 - 17:24 – Público
Sou Charlie por todos os que morreram, que foram agredidos, presos, perseguidos, torturados, vítimas da intolerância.
- O que estás para aqui a fazer? Ainda não foste chamado.
- Eu sou Charlie – disse-lhe.
- Agora toda a gente diz isso…
- É verdade. Com certeza compreenderá porquê.
- Claro. Até eu, que vejo tudo, fiquei chocado. Diz-me uma coisa: tu alguma
vez sentiste-te ameaçado?
- Duas vezes, com uma pistola à cabeça.
- Por aquilo que escreves?
- Não, assaltos.
- E por seres jornalista, alguma vez?
- Para falar a verdade, não realmente.
- Diz-me porque és Charlie?
- Eu sou Charlie por Wolinsky, Cabu, Charb, Tignous, Maris e todos os
outros que foram mortos em Paris, por não abdicarem da liberdade.
- Parece-me bem.
- Também sou Charlie pelos jornalistas que foram mortos em 2014 enquanto
investigavam corruptos, expunham fraudes, denunciavam máfias, cobriam guerras
ou simplesmente exprimiam a sua opinião.
·
Por Zubair Hatami, Anja Niedringhaus e
Nils Horner, que morreram no Afeganistão.
·
Por Sadrul Alam Nipul, que foi
assassinado no Bangladesh.
·
Por Pedro Palma, Santiago Ilídio Andrade
e Marcos Guerra, no Brasil.
·
Por Aung Kyaw Naing, na Brimânia, Camille
Lepage, na República Centro-Africana, e Germain Kennedy Mumbere Muliwavyo, na República
Democrática do Congo.
·
Por Mayada Ashraf, no Egipto, e Facely
Camara, na Guiné-Conacry.
·
Por MVN Shankar e Tarun Kumar Acharya,
na Índia.
·
Por Leyla Yildizhan, Khalid Ali Hamada,
Muthanna Abdel Hussein, Khaled Abdel Thamer e Firas Mohammed Attiyah, no
Iraque.
·
Por Simone Camilli, Sameh al-Aryan, Rami
Rayan e Khaled Reyadh Hamad, em Israel e nos territórios ocupados.
·
Por Muftah Bu Zeid, na Líbia,
·
por Octavio Rojas Hernández e Gregorio
Jiménez de la Cruz, no México.
·
Por Irshad Mastoi, Ghulam Rasool e Shan
Dahar, no Paquistão.
·
Por Pablo Medina Velázquez, Edgar
Pantaleón Fernández Fleitas e Fausto Gabriel Alcaraz Garay, no Paraguai.
·
Por Rubylita Garcia, nas Filipinas.
·
Por Mohamed Isaq, Abdulkadir Ahmed,
Abdirizak Ali Abdi e Yusuf Ahmed Abukar, na Somália.
·
Por Michael Tshele, na África do Sul.
·
Por tantos na Síria: Mahran al-Deeri,
Salem Khalil, Rami Asmi, Yousef el-Dous, Zaher Mtawe'e, Atallah Bajbouj,
Mohammed al-Qasim, Steven Sotloff, James Foley, Mohamed Taani, Ahmed Hasan
Ahmed, Al-Moutaz Bellah Ibrahim, Mouaz Alomar, Bilal Ahmed Bilal, Ali Mustafa,
Omar Abdul Qader e Turad Mohamed al-Zahouri.
·
Por Andrei Stenin, Anatoly Klyan, Igor
Kornelyuk, Andrea Rocchelli e Vyacheslav Veremiy, na Ucrânia.
·
Por Luke Somers, no Iêmen. E por muitos
outros, mais de mil, que morreram nos anos anteriores enquanto contavam a sua
história do mundo.
- Mais alguma coisa?
- Sou Charlie também por todos os outros que morreram, que foram agredidos,
presos, aterrorizados, perseguidos, torturados, vítimas da intolerância em
relação aos seus pensamentos, seus credos, seus escritos, seus desenhos, sua
cor da pele, sua orientação política, seu clube de futebol, seu país, seu
bairro, sua tribo, seu grupo de amigos. E por todos os que foram arrastados
para estes conflitos, matando por instinto ou morrendo como moscas. Sou Charlie
por todos eles, contra o ódio e pela liberdade.
- É tudo?
- Não. Vim aqui para lamentar nunca ter dito nada disto antes.
- Ok, está dito. Agora volta lá para baixo e vai trabalhar
sábado, 10 de janeiro de 2015
Lembrando ALEXANDRE O’ NEILL
«Poema Pouco Original do Medo
O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde
ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase
inocentes
ouvidos não só nas
paredes
mas também no chão
no tecto
no murmúrio dos
esgotos
e talvez até
(cautela!)
ouvidos nos teus
ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de
espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de
penhor
maliciosas casas de
passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente
porcos
heróis
(o medo vai ter
heróis!)
costureiras reais e
irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a
gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter
tudo
tudo
(Penso no que o medo
vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu
caminho
havemos todos de
chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos»
Pois não és!
"Lamento, mas eu não sou Charlie".
Pois não, és um daqueles a quem Alberto Pimenta fez um discurso...
A vingança certa
Miguel Esteves Cardoso (Público de ontem)
excertos
Quando apanharem os assassinos que entraram na redacção do Charlie Hebdo para assassinar aqueles que tinham feito desenhos satíricos sobre Maomé, consola-me saber que não passarão mais de 25 anos na cadeia.
Os fanáticos desprezarão o sistema francês que não só não mata os assassinos como lhes restitui a liberdade após vinte e poucos anos. Todos estarão cá fora antes de fazerem 60 anos, não obstante terem tirado as vidas a (pelo menos) doze pessoas.
Tal como fizeram os noruegueses com o assassino de massas que foi condenado a 21 anos de prisão preventiva os franceses serão igualmente indiferentes à lei de talião.
O "olho por olho, dente por dente" é um castigo estúpido. Não matar assassinos é um castigo inteligente. Os psicopatas assassinos que invocam o Islão para passarem por pessoas religiosas podem achar que a nossa misericórdia é um sinal de fraqueza.
Não é. É uma prova de força. Tal como já não se sacrificam animais, não se matam pessoas. Pelo menos na Europa que, por muitos problemas que tenha, está sempre à frente dos países mais antigos (como a China) ou mais novos (como os E. U. A) que continuam a tolerar as penas de morte.
Com o desprezo dos assassinos e dos intolerantes podemos nós bem. As pessoas que acham que está certo matar pessoas que matam já são desprezíveis. Mas não é preciso matá-las por causa disso.
A vingança certa é ser condescendente com os assassinos. É tirar-lhes a razão. É não termos pena deles. Nunca.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Declaração de interesses
Não gosto de José Sócrates.
Quando foi primeiro-ministro mentiu em questões de educação
e não se coibiu de ter uma ministra da educação má como as cobras, mau-feitio e
coisas do género, embora fosse de longe muito melhor que este Querato, porque
com ela sabíamos com o que contávamos e com este não sabemos (lá explicaremos, mais tarde!...)
Mais Sócrates!
Maria João Marques - Observador
(excertos)
[...] começa a tornar-se difícil manter o faz-de-conta da reação
oficial do PS à prisão do seu antigo líder, a tal da separação entre partido e
caso judicial.
É
Mário Soares que não pára de fazer figuras tristes na sua tentativa de
condicionar a investigação criminal ao seu amigo e já veio exigir (que o senhor
julga que as instituições democráticas lhe respondem) que o Presidente da
República se pronuncie sobre uma investigação em curso.
São Edite Estrela e
Mário Lino – digam lá que não são, pelo menos, semideuses do Olimpo do português
médio – que também exigem que as provas sejam apresentadas ao público.
(Quem
sabe se depois de amanhã vão propor que os julgamentos de elementos ligados ao
PS sejam feitos reunindo aleatoriamente cinquenta pessoas numa praça de uma
cidade de província e a culpa ou a inocência decididas com votação por braço no
ar).
E
– a minha preferida e mais estratosfericamente fabulosa – Vera Jardim defendeu
para Sócrates, no programa da Rádio Renascença Falar Claro (5/1/2015), que a
defesa do ‘direito ao bom nome, à reputação’ poderiam ser feitos ‘mesmo violando
alguns deveres legais, porque os deveres legais cessam também perante outros
direitos das pessoas’.
Como?
É mesmo isso, reiterou o senhor (que aparentemente
não estava com nenhuma crise aguda que lhe diminuísse a capacidade cognitiva):
Sócrates ‘está sobretudo no direito de se defender mesmo que, repito, tivesse
que violar normas, regulamentos, seja o que for, porque aqui o interesse que
está em causa é mais forte’.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Eu também sou Charlie
Estamos todos condenados à morte não natural?
O sentido cristão do dar a outra face ainda faz sentido?
Morrer porque outros têm direitos que a minha própria sociedade lhes deu?
Como lidar com gente que mata só porque o outro é americano ou francês ou sírio ou faz parte de um exército inimigo e está capturado, portanto, indefeso?
Ou porque um jornal faz humor com as suas formas de acreditar e de viver a fé?
Só nós no ocidente é que temos de ser tolerantes e aceitar que as mulheres sejam seres inferiores e que alguém se vista como se estivesse no seu próprio país?!
Isto vai acabar quando?
Assim?
E lembro uma frase que aprendi na Amnistia Internacional:
"Posso não estar de acordo com o que dizes, mas luto para que o possas dizer"
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
E você? Já foi a Évora?
[quando nasci]
O meu pai, que trabalhava como escafrandista em Évora, já não vinha a casa há 2 (dois!) anos!...
[risota geral]
... mas a minha mãe foi a Évora!
(Raul Solnado, A história da minha vida)
E você? Já foi a Évora?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
CRATINICES
É ler a imprensa e reparar como a
Educação desapareceu do radar no que aos balanços dos acontecimentos mais
importantes do ano diz respeito.
Isto num ano em que se sucederam
inépcias diversas e disparates enormes no sector e em que até na avaliação do Expresso,
sempre tão afável com o seu ex-colaborador, a avaliação de Nuno Crato atinge
níveis mínimos históricos, suplantando pela negativa todos os seus colegas de
desgoverno e olhem que anda por lá muita gente inepta.
Como foi isto possível?
Como é possível que tenha quase
morrido para a opinião pública qualquer polémica numa área tutelada por um
ministro incapaz de dominar uma única área específica do seu ministério e
desastroso do ponto de vista político, ao ponto de ser Poiares Maduro a assumir
parte das suas funções quanto à transferência de competências para as
autarquias ou a precisar do aval de um secretário de Estado qualquer para
aprovar rescisões de professores?
A resposta encontra-se na
quase total rendição de uma classe profissional, cansada e desiludida com
insucessos sucessivos, e na incapacidade de agir de forma consequente dos
seus representantes institucionais, oscilando entre a irrelevância prática e o
desejo de ser parceiros à mesa (FNE) e o ensaio, realização e
auto-avaliação de lutas sempre apresentadas como vencidas, apesar das
sucessivas derrotas (Fenprof). Das organizações micro-corporativas formadas
pelos “dirigentes escolares” restaram umas opiniões individuais e a apatia
colectiva.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Quanto a 2015
Paulo Guinote in A Educação do meu umbigo
Vai ser um ano de mentiras a decuplicar, sendo que os últimos já foram de aldrabice aos terabytes.
A situação vai dizer que salvou o país do abismo e que agora o perigo está afastado se os mantiverem por lá.
É mentira, porque eles ainda querem fazer pior do que já fizeram e nem sequer o escondem entre eles. O CDS faz de corno manso nesta estórinha, aparecendo a dar a entender que se preocupa muito com as famílias e os cidadãos e os aposentados, mas, no fundo, apenas querem garantir a alapagem ao poder e arquivamentos a condizer.
A oposição que se pretende alternativa governamental vai dizer parte do que disse acima, acrescentando que tem um caminho diferente e um destino muito mais aprazível, mas também é mentira porque eles nem conseguem alinhavar três parágrafos coerentes sobre uma forma (concreta) diferente de governar. Entre romarias a Évora e piscadelas aos trânsfugas do Bloco, resta um enorme vazio de verdadeira alternativa, apenas estando em discussão se a porta para o futuro negro vai ser pintada em azul-anil ou azul-cobalto.
A oposição que se pretende alternativa mesmo alternativa (a que sonha ser Syriza ou algo assim, mas não consegue) apresentará propostas muito concretas de fazer diferente, mas sem explorar completamente as consequências dessas suas alternativas, nem como as colocariam em prática se tivessem problemas “institucionais” ou “forças de bloqueio” como aquelas que gostam de ver colocadas aos outros. e nem sempre dão os melhores exemplos nos seus micro-feudos locais onde têm poder para fazer diferente, mas acabam a fazer parecido em termos de clientelas e negociatas afins.
No meio de tudo isto, note-se que não falo em márinhos, porque esses não passam de poltrões armados em fanfarrões, porque quando a coisa aperta, são iguais aos que criticam, mas com muito menos legitimidade porque se ergueram em justicialistas, mas apenas para terem um lugar mais próximo da gamela.
Vai ser um ano de muito falar no passado para encobrir os falhanços do presente, mas também de muita conversa no presente para disfarçar a porcaria do passado. O futuro, todos dirão que será sorridente se forem eles os escolhidos e certamente será sorridente para eles, se forem os escolhidos, pois poderão repartir o bolo e atirar as migalhas aos kapos que manterão os mexilhões na ordem.
A abstenção é um caminho?
Depende do que se faça com ela. Se é para virar as costas a tudo, se é para sublinhar um enorme vazio que precisa ser preenchido. Ainda dentro do sistema, mas a caminho de outra coisa.
Que coisa?
Um regime democrático a sério, de representação transparente e coerência nas palavras e actos (não confundir com o caturrismo televisivo dos medinas ou o narcisismo exacerbado dosgomesferreiras) ,onde os actores políticos não tenham sempre o telefone disponível para quem (nacional ou internacional) lá os colocou, a ver que cargo vem a seguir para garantir a vidinha.
Se isto parece impossível e daqui resulta pouca esperança em qualquer mudança positiva?
Poizé
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