(JN)
Queixou-se na TVI24 a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, directora do DIAP, de que há "magistrados, funcionários e polícias pés-descalços e a passar fome".
Um magistrado a meio da carreira aufere 3 600 euros líquidos por mês, mais subsídio de compensação/renda de casa. É certo que, se os magistrados fossem pagos à hora, sobretudo na 1.ª instância, onde frequentemente se trabalha 9 e 10 horas por dia, ganhariam muito mais, mas daí a dizer-se que os há a "passar fome" não só não é crível como, num país em que o salário mínimo (dos privilegiados que têm salário) é de 485 euros, é tão afrontoso como o presidente da República queixar-se de que os seus mais de 10 000 euros de pensões não lhe chegam "para pagar as despesas".
(Artwork-Hipocrisia-da-fome-luísduro)
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