sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não há vergonha

 

As últimas vinte e quatro horas têm sido reveladoras. Tenho lido e ouvido as coisas mais incriveis de pessoas que nos últimos anos assobiaram para o ar enquanto o país se enterrava. Ora foram as negociatas com a Ascendi do Dr. Paulo Campos, as PPPs com o Dr. Coelho ou os "pequenos" truques nos ajustes directos à JP Sá Couto ou as empresas de amigos para fazer chips. Nunca, mas nunca, como nos últimos seis anos, Portugal foi tão mal governado e se desbaratou os dinheiros públicos. Não terá sido por acaso que em apenas seis anos o governo socialista duplicou a dívida do estado português. Não foi.


O governo da coligação assumiu Portugal num contexto dramático e nunca seria em quatro meses que se conseguiria dar a volta ao descalabro em que encontrou o país. Aliás, nem em quatro anos será possível. Mas quem tem ouvido certos senhores e senhoras, principalmente aquela trupe de irresponsáveis que fanáticamente aplaudiram tudo o que o governo Sócrates fez (e são muitos, desde destacados militantes, deputados, colunistas, bloggers, ex responsáveis no aparelho de estado) parece que as responsabilidades desta crise é do actual governo. Que está em funções há quatro meses. Como se houvesse soluções miraculosas para salvar Portugal de um momento para o outro. Exceptuando a extrema-esquerda, que está sempre contra tudo e todos, e por isso são coerentes nessa oposição, a restante esquerda (socialista) devia ter vergonha na cara em criticar este governo sem antes fazer um mea culpa das suas responsabilidades nos últimos seis anos. Alguém ouviu algum deles a pedir desculpa pelo estado em que deixaram Portugal? Pois.



publicado por Nuno Gouveia
 
(lido no 31 d'Armada)

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