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Foi uma peregrinação que durou três dias cheios de acontecimentos, cuja
significação profunda e decisiva para o futuro passou quase despercebida.
Começo pelo contraste complementar entre as declarações fervorosas sobre o
Islão – a não confundir com as organizações que o invocam para matar em nome de
Deus - e o apelo veemente aos dirigentes religiosos e políticos muçulmanos para
que se unam na denúncia clara e pública desses crimes e ameaças.
A Turquia é a fronteira de muitas fronteiras políticas, religiosas e
cristãs. Bergoglio não foi lá dar lições a ninguém. Foi encorajar os que
procuram caminhos de paz no Medio Oriente, intensificar o diálogo
inter-religioso e revigorar a proximidade católica com o mundo cristão da
Ortodoxia.