30 Novembro 2012, por Fernando Sobral, Jornal de Negócios
Parece cada vez mais evidente que o modelo que vai na cabeça de Passos não é liberal.
Finge que é.
Mas, na prática, é a utilização do poder do Estado para forçar à criação de um fosso social brutal, onde clientelas reduzidas terão ao seu dispor o Estado para o que é verdadeiramente importante.
Pedro Passos Coelho poderia ser o intérprete principal do filme "O Artista", uma jóia do cinema mudo no século XXI. Até porque, como primeiro-ministro, ele apenas acena e gesticula.
Não esclarece o que lhe vai na cabeça,
não descodifica o que quer para o País,
não exemplifica o que se vai fazer com tantos cortes em troca de cada vez mais impostos.
A entrevista do primeiro-ministro à TVI, nas entrelinhas, foi dolorosa.
O corte dos célebres quatro mil milhões de euros é uma excelente desculpa para colocar a felicidade dos portugueses no congelador e avançar para um modelo de sociedade que representará um golpe profundo com o País que conhecemos.
Não esclarece o que lhe vai na cabeça,
não descodifica o que quer para o País,
não exemplifica o que se vai fazer com tantos cortes em troca de cada vez mais impostos.
A entrevista do primeiro-ministro à TVI, nas entrelinhas, foi dolorosa.
O corte dos célebres quatro mil milhões de euros é uma excelente desculpa para colocar a felicidade dos portugueses no congelador e avançar para um modelo de sociedade que representará um golpe profundo com o País que conhecemos.