(Ferreira Fernandes - DN)
O Expresso publicou ontem uma mentira.
Só pode.
Disse que na Assembleia Municipal de Cascais, tendo sido apresentada uma moção para que o cabaz de Natal e o bolo-rei oferecidos habitualmente aos deputados municipais pela autarquia fossem distribuídos este ano por famílias carenciadas, a votação ficou empatada (16-16); e tendo o presidente (em exercício) da Assembleia sido chamado a desempatar, votou pela habitual oferta aos deputados, e não a pobres.
Essa, a notícia do Expresso. Manifestamente falsa.
Primeiro, porque Cascais, com fama de ser de gente bem, é também de gente boa como as de Abrantes e Vouzela.
Segundo, porque a sua Assembleia Municipal é composta pelos mesmos partidos que estão na Assembleia da República, o que confirma a normalidade do município.
Terceiro, porque se fala aqui de autarcas, isto é, dos políticos portugueses que mais próximos estão dos seus eleitores.
Quarto, porque a moção não pedia aos deputados para prescindir de parte dos seus direitos (salário, por exemplo), mas de oferta paga com dinheiro dos munícipes.
E quinto, porque, se a votação 16-16 feita em grupo ainda podia esconder a honra de cada um, a votação do desempate era pessoal, com nome e cara: nenhum político com bom senso (já não falo de sentido de justiça) se permitiria dar aquele voto.
Logo, o Expresso mentiu.
Só pode.
Porque a ser verdade a outra hipótese, a tacanhez de certos políticos assusta.
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Nota:
Do site da Câmara de Cascais: o senhor será:
Dr. António de Magalhães Pires de Lima – Presidente da Assembleia Municipal
Sabem quem é?:
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