Chama-se Pedro Reis, é "gestor e empresário", foge-lhe o pé para a alegoria pirosa ("Se Portugal fosse uma família, o pai seria o défice orçamental... A mãe seria o défice externo" e teriam um "filho balofo", o endividamento, e uma "filha raquítica", a competitividade) e foi escolhido por Passos Coelho para lhe dar "ideias" para o seu "programa de governo".
E tenha medo, leitor, tenha muito medo, porque essas "ideias" lhe dizem respeito.
De facto, fique a saber que ganha mais "10% a 15%" do que devia.
Por isso um futuro "governo do dr. Passos Coelho" deverá, para alimentar a "filha raquítica" da competitividade das empresas, diminuir os impostos que as empresas pagam e baixar em "10% a 15%" os salários que lhe pagam a si e restantes trabalhadores.
E dê-se o leitor por satisfeito, porque nas recentes Jornadas Parlamentares do PSD a "ideia" era levar-lhe, não 10% a 15%, mas 20% do salário.
Depois das "ideias" para acabar com o SNS e com a escola pública e liberalizar os despedimentos, a "ideia", agora, é baixar os salários.
De uma coisa não pode Passos Coelho ser acusado: de não dizer ao que vem.
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