sábado, 28 de agosto de 2010

O Luís partiu…

Partilhamos momentos inesquecíveis na juventude.


Fomos cúmplices na descoberta do futuro.


Estarás sempre connosco! Fica em paz!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Até logo

Estarei uns dias sem escrever.

A minha sanidade mental assim o exige...

Até logo

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O "Allgarve" e o Algarve

Opinião de Manuel António Pina. Cáustico, como sempre.

O presidente da Câmara de Loulé está preocupadíssimo com o que se passa nos hospitais do 'Allgarve' (ou 'All-Garve' ou lá como se chama a coisa):

"Como é possível aceitar que um turista alojado num hotel de 500 euros por noite vá para o corredor de um hospital ou de uma enfermaria?".

É, de facto, inaceitável.

Tão inaceitável que surpreende que turistas que pagam "500 euros por noite" não possam pagar para serem assistidos em alguma das seis unidades hospitalares privadas da região (quatro com atendimento permanente) e vão parar a hospitais públicos "tendencialmente gratuitos".

Se o camarário de Loulé se preocupasse mais com o Algarve e menos com o 'Allgarve' talvez o incomodasse o "drama diário" (a expressão é de outro presidente de Câmara, o de Alcoutim) daqueles que, louletanos e algarvios em geral, não ganham num mês o que os tais turistas gastam numa noite de hotel e que não só vão para macas nos corredores como, depois de terem tido alta, muitas vezes ali ficam ao abandono porque "as famílias não têm condições para os acolher e os lares e as unidades de cuidados continuados estão cheios".

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ganhamos de mais

Chama-se Pedro Reis, é "gestor e empresário", foge-lhe o pé para a alegoria pirosa ("Se Portugal fosse uma família, o pai seria o défice orçamental... A mãe seria o défice externo" e teriam um "filho balofo", o endividamento, e uma "filha raquítica", a competitividade) e foi escolhido por Passos Coelho para lhe dar "ideias" para o seu "programa de governo".

E tenha medo, leitor, tenha muito medo, porque essas "ideias" lhe dizem respeito.

De facto, fique a saber que ganha mais "10% a 15%" do que devia.

Por isso um futuro "governo do dr. Passos Coelho" deverá, para alimentar a "filha raquítica" da competitividade das empresas, diminuir os impostos que as empresas pagam e baixar em "10% a 15%" os salários que lhe pagam a si e restantes trabalhadores.

E dê-se o leitor por satisfeito, porque nas recentes Jornadas Parlamentares do PSD a "ideia" era levar-lhe, não 10% a 15%, mas 20% do salário.

Depois das "ideias" para acabar com o SNS e com a escola pública e liberalizar os despedimentos, a "ideia", agora, é baixar os salários.

De uma coisa não pode Passos Coelho ser acusado: de não dizer ao que vem.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Nós, os suecos

A ideia de acabar com os chumbos não é da ministra Isabel Alçada, é de algum eduquês desconhecido que anda pelo Ministério pelo menos desde o tempo de Roberto Carneiro.
E que há-de ser um grande vendedor de ideias pois a generalidade dos ministros aparece com a original ideia de acabar com os chumbos menos de um ano depois de ter tomado posse.

Só os argumentos vão variando. Desta vez é fazer como "na Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca" onde, "em vez de chumbar, os alunos com mais dificuldade têm apoio extra".

É certo que, na Noruega (12 alunos por professor no Básico e 8,2 no Secundário, contra 28 a 30 em Portugal), 40% das escolas básicas "são tão pequenas que crianças de diferentes idades têm aulas juntas" e que, na Suécia, cerca de 60% das escolas do 1.º Ciclo funcionam com menos de 50 alunos.

Por cá, a ministra que quer apoio personalizado para os "alunos com dificuldades" é a mesma que fecha as pequenas escolas de proximidade e manda as crianças de camioneta para mega-escolas anónimas e indiferenciadas nos grandes centros. Mas por algum sítio temos de começar para sermos suecos, não é?

Manuel António Pina (JN de hoje)